Skip to content

Castelo de Faria [Franqueira - Barcelos] Traditional Geocache

Hidden : 7/29/2005
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:

A Cache esta localizada nas ruinas do Castelo de Faria no Monte da Franqueira em Barcelos

Transposto o Cávado pela ponte de Barcelos, ergue-se a meia dúzia de quilómetros daquela cidade o monte da Franqueira, em cujo cimo se vêem as ruínas dum dos castelos nortenhos que assistiram ao nascer de Portugal e lhe ampararam o berço, defendendo-o de alheias arremetidas. Seu nome foi e é castelo de Faria. Numa zona alta, como geralmente todos os outros castelos, duma das divisões territoriais chamadas terras, pelas quais, no decurso dos mais remotos séculos da vida nacional, se repartia em parcelas maiores ou menores, consoante as conveniências militares, o território português – o castelo de Faria partilhava com o seu distrito esta denominação. As dimensões da terra de Faria – balizada a norte e sul pelos cursos do Cávado e do Ave, e estendendo-se para Leste desde a orla marítima até à terra de Vermoim, a mais de dez quilómetros, e à terra de Bagunte a uns vinte quilómetros – já algo mostram da importância que se ligava ao seu castelo, importância, que também lhe advinha de estar colocado sobranceiramente às principais estradas da região, e entre eles, como principal, a estrada que, vindo de Barcelos, corria a entroncar com a via litorânea decorrente do Porto de Viana. A importância de funções correspondem muito naturalmente, pelas ruínas que dele ainda penduram: em volta do sítio onde certamente se erguia a torre de menagem, hoje apenas visível pelos restos da muralha principal, os da barbacã, e ainda os dum terceiro muro que decerto já não fazia parte da edificação casteleja propriamente dita. Ilustre é a história deste castelo, embora só conhecida num bem escasso número dos sucessos que em nível mais ou menos alto a devem ter constituído. Já um documento de Janeiro de 1128 (e não 1126 como uma das suas versões erradamente insere) mostra achar-se então ali Afonso Henriques, sendo crível relacionar-se essa presença com a mutação política que, na sequência duma serie de eventos, logo culminou, como é sabido, no recontro de S. Mamede, em que foram vencidas as Forças militares da condessa D. Teresa pelas daquele seu jovem filho e ele assumiu o governo de toda a terra portuguesa. Situou-se, porém, já no declinar do século XIV o episódio militar e humano que verdadeiramente esmalta, com os feitos duma acrisolada devoção patriótica, os anais do castelo de Faria, episódio a que o cronista Fernão Lopes deu calorosa animação num, palpitante texto em que se inspiraram artistas e escritores, entre os quais Herculano, que lhe consagrou algumas das mais belas páginas das suas Lendas e narrativas. Ocorreu o sucesso nos começos de 1373, por ocasião da segunda guerra de D. Fernando com o rei de Castela. Enquanto este, tendo invadido Portugal, se encaminhava: de Viseu, para Santarém, e Lisboa, entraram pela fronteira do Minho forças militares da Galiza, que vieram assolando a região, até que nas vizinhanças de Barcelos lhes saíram ao encontro forças militares do Porto e de Guimarães, vindo juntar-se-lhe uma guarnição do castelo de Faria, o seu alcaide, Nuno Gonçalves. o qual, no desastroso desfecho do recontro, ficou, como outros, prisioneiro. Temendo porém que, a troco de conseguir-Ihe libertação, seu filho, a quem deixara confiada a guarda do castelo, condescendesse em franqueá-lo aos inimigos, logo concebeu um ardiloso meio de prevenir essa possível fraqueza sentimental, convencendo-os de que, se o levassem à fala com ele, lhe aconselharia a rendição, quando bem outro era o seu intento. Conduzido ao sopé da muralha, dali chamou o filho e, lhe ordenou a mais estrénua resistência, dirigindo-lhe um animoso apelo, ao qual, interceptando a heróica decisão, o cronista deu, nas seguintes palavras, uma imorredoura vida: «Filha, bem sabes como esse castelo me foi dado por el-Rei D. Fernando, que o tivesse ele tivesse por ele, e lhe fiz por ele menagem. E, por minha desventura, eu saí dele, cuidando de o servir, e estou agora preso em poder de seus inimigos, os quais me trazem aqui para te mandar que lho entregues; e porque isto é cousa que eu fazer não devo guardando minha lealdade, te mando, sob pena de minha benção, que o não faças, pois para te aperceber disto me fiz aqui trazer; e por tormentos nem morte que me vejas dar, não o entregues a outrem senão a el-Rei meu senhor, ou a quem ele o mandar entregar. Vendo-se logrados, os que custodiavam o glorioso alcaide logo o crivaram de mortais golpes, ante o angustiado olhar do filho; mas lançando-se depois ao assalto do castelo, todas as suas investidas foram repelidas, defrontando-as, em reforço da resistência das fortes muralhas, a estimulante amargura dum coração filial cruelmente dilacerado e a firmeza de ânimo dos seus valorosos companheiros de armas. O nome de Nuno Gonçalves não mais se apagou nas páginas da história nacional e a sua memória ilumina com o mais vivo brilho os fastos do patriotismo português; porém a altaneira edificação que presenciou o seu devotado sacrifício, essa veio a ser, na evolução dos tempos, militarmente inútil, e ficou mesmo entregue aos desaires da velhice, agravados por uma desrespeitosa ignorância. Grande parte das suas pedras, propositadamente arrancadas, serviram à construção do modesto convento da Franqueira, erguido ali perto, no sopé do monte; outras se desprenderam dos envelhecidos restos de suas torres e muralhas tombando pelas encostas. Porém em nossos dias, um grupo de devotados barcelenses vela pelo pouco que ainda se conserva de pé, tornando objectivo de patriótica peregrinação esse local, onde algumas quase informes ruínas estão pedindo que ali comovidamente meditem as almas portuguesas, em lembrança dum sublime testemunho de amor à Pátria, sobre o qual rolaram cinco séculos, mas não se derramou o esquecimento. Junto ao castelo também se podem encontrar as ruínas de um povoado castrejo. Várias intervenções foram efectuadas no local mas o seu estado de conservação não é o melhor. Os arredores deste local são escolhidos por muitos praticantes de BTT uma vez que existem muitos trilhos disponíveis para o efeito.

Additional Hints (Decrypt)

n pnpur rfgn rager crqenf ahz zheb an onfr qr hzn neiber

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)