Em Alcobaça, a quatro quilómetros da localidade de Maiorga, encontra-se o Mosteiro de Santa Maria de Cós (N 39º 36,141 W 008º 57,374), também conhecido por Convento de Cós.
As suas origens remontam ao séc. XII, época em que o Mosteiro de Alcobaça adquire propriedades em Cós. Seria pela mão do Abade de Alcobaça, D. Fernando, que o convento inicial seria construído, destinando-se a acolher as viúvas que queriam levar uma vida religiosa.
Durante os dois séculos seguintes o Mosteiro fica sob protecção régia, nos reinados de D. Dinis, D. Pedro I e D. Fernando. Épocas em que o Mosteiro se foi deteriorando, não sofrendo qualquer intervenção. Mas, em 1519, a abadessa alerta para o estado de decadência do edifício e consegue que se realizem obras, nomeadamente muros, paredes estruturais e coberturas. Crê-se que foi nesta altura que foi também construído o portal manuelino, que dava acesso ao coro das freiras. Este coro tem as paredes forradas de azulejos do fim do séc. XVII e é coberto, à semelhança do corpo da igreja, por um tecto de caixotões pintados, formando uma ampla abóbada de berço de tons escuros, que contrasta com o azul brilhante dos azulejos.
Entre os anos de 1560 a 1562, o Abade, Cardeal-Infante D.Henrique, promove novas obras. São então construídos o dormitório, o claustro e a igreja, onde hoje está a Capela de Nossa Senhora do Carmo. Cerca de cem anos depois é construído o novo claustro e o retábulo da capela-mor. Este esplendoroso retábulo barroco, de talha dourada, tem uma imagem de Nossa Senhora no topo e, na tribuna, em baixo, a Sagrada Família, ladeada, entre colunas salomónicas, pelas imagens de S. Bernardo e S. Bento.
Em 1776, o Abade D. Manuel de Mendonça, ordenou a construção do novo dormitório, com quatro celas em dois andares, bem como a casa para residência dos padres. A partir desta data o Mosteiro não iria receber mais obras, com a excepção do sino, e iniciava a sua decadência.
Em 1834 o Mosteiro é encerrado e as instalações conventuais vendidas, passando a igreja a estar ao serviço da paróquia. A proximidade do ribeiro e a deterioração do convento, levaram a sucessivas inundações e à degradação dos objectos no seu interior. O espaço foi mais tarde reabilitado e pode hoje ser visitado.
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