PEDUNCULADO
O maciço granítico/sienítico da serra de Sintra é abundante em formas típicas de intemperismo diferencial em rochas ígneas plutónicas e exibe um variado portfolio que dá testemunho destes fenómenos, sendo observáveis caos de blocos, diaclasamento, disjunção esferoidal, arenização, depósitos de vertentes do tipo Talus e até um bloco pedunculado, com a sua peculiar forma, mais fina na base do que no topo, assemelhando-se a um cogumelo
A Earth Cache:
O pedúnculo é observável na Estrada da Serra ou estrada nacional N9-1 constituindo este exemplar, quiçá, o único existente no núcleo do PNSC.
No percurso irás deparar-te com imensos exemplares de erosão diferencial, nomeadamente caos de blocos, alguns empilhados em excedíveis e pitorescos matacões de granitoides. Se vieres no sentido Este – Oeste, chegado ao local, imediatamente após a curva da estrada, logo verificas, destacada, a peculiar geometria do pedúnculo.
Procura responder às questões abaixo via mail do meu perfil para validação do teu log e espero que aprecies a E.C., o peculiar fenómeno erosivo aí exposto e a paisagem envolvente:
P1: observando o entalhe formado na base do bloco peduncular e utilizando os pontos cardeais, qual te parece ter sido a face mais exposta aos agentes de intemperismo?
P2: Qual a altura do pedúnculo?
P3: A base da coluna está erodida uniformemente?
P3: Na teoria Geológica o intemperismo assume três tipos, consoante os seus agentes: intemperismo físico, intemperismo químico (ambos aqui abordados) e intemperismo biológico.
Este último manifesta-se no restrito local do GZ? Justifica!
Como se formam?
Os blocos pedunculados formam-se pela atuação da erosão química e da erosão eólica:
Num primeiro momento a água é o agente responsável pelo intemperismo físico: ocorre o desbaste da rocha ao nível do solo, seja por efeitos da água da chuva que remove o solo que cobre a rocha, ou pela presença de águas subterrâneas que se acumulam, promovendo a erosão acelerada da base do rochedo por intemperismo químico (hidrólise, oxidação e alterações dos níveis de acidez).
Num segundo momento pelos efeitos da erosão eólica. A força do vento ou dito de outra forma, a sua energia cinética promove o desgaste da rocha exposta arrancando e arrastando pequenos detritos. Também promove o impacto de partículas arrastadas pelo vento contra a rocha o que intensifica ainda mais os efeitos do intemperismo. Como a quantidade de detritos arrastados é bastante mais concentrada junto do solo, o resultado é o desgaste diferencial (acelerado) da base do rochedo ou do seu troço inferior, o que culmina por dar origem a blocos penduculados.