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Monumento ao Cante Alentejano Traditional Geocache

Hidden : 12/26/2018
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Monumento ao Cante Alentejano

Esta escultura é, antes de mais, uma homenagem ao cante alentejano. Mas mais do que uma homenagem ao cante, é uma homenagem às mulheres e homens que nunca deixaram que ele se deixasse de ouvir. Que o perpetuaram através das suas vozes, em grupos organizados, ou informalmente, encostados a balcões de tabernas, depois da ceifa, depois da vinda da mina, ou enquanto deitavam a semente à terra. Quando uma mulher, um homem, canta no Alentejo, não canta sozinho. Esta é a terra onde ninguém canta as suas amarguras, as suas angústias, mas também as suas alegrias e desejos sem que outra voz se junte, para, em conjunto, as cantar também. Esta escultura, em pedra, pretende, assim, mostrar essa aglomeração, esse juntar natural, espontâneo, de todos em torno de algo maior: a mesma identidade, que a todos toca e une. Aqui juntam-se mineiros com camponeses, juntam-se anónimos com ceifeiras. Porque no Alentejo, quando alguém canta, não canta sozinho. E em Aljustrel, desde o cante que ecoa do fundo da mina ao cante que celebra o campo, também não. Pretendeu, contudo, esta escultura também homenagear os grupos corais do concelho que, ao longo de décadas, têm cantado Aljustrel, aqui, ali e mais além. No centro da peça, em reconhecimento ao grupo coral alentejano mais antigo em atividade, com origem em Aljustrel, sobressai o capacete que identifica os mineiros, que foi colocado nesta posição em reconhecimento do gesto simbólico que este grupo pratica quando ecoa “O Hino dos Mineiros”. No topo sobressai o chapéu dos grupos corais que provêm do campo, dos homens da terra, da agricultura. E também o lenço que é representativo do cante das mulheres, simbolizando todos os grupos corais femininos. Esta escultura não pretendeu identificar ninguém em específico, mas sim todos em conjunto. Sendo que o elemento unificador é a voz, a melodia da pronúncia, o amor ao cante, que sobressai nas faces esculpidas, propositadamente talhadas com um traço mais rústico, tal como acontece em outros elementos da escultura, para lembrar que, seja nas modas mais doces ou nas mais sofridas, este é o cante que conta a história de quem o canta. Que é a história de mineiros, de camponeses, de trabalhadores rurais, de quem passa ou passou horas no fundo da mina, de quem passou horas no campo, de sol a sol. Que é a história do Alentejo e do seu povo. Que muitas vezes foi e é dura, sofrida, mas também vencedora, superadora e inspiradora. Por fim uma faixa, em ferro forjado, gravada com duas frases emblemáticas de duas modas, uma identificativa de Aljustrel e outra do Alentejo, surge como agradecimento aos que continuam a cantar, mas também em memória dos que já o fizeram antes e que souberam passar, de geração em geração, esta matriz cultural. Porque o cante é de quem o canta.

João Daniel (Escultor)

 

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Additional Hints (Decrypt)

U2B

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)