O Moinho da Quintinha é um moinho de 4 velas e 4 pares de varas. Tem 3 pisos, 2 janelas e a particularidade, pouco comum noutras regiões, de ter 2 portas. É um moinho de torre fixa e capelo rotativo com accionamento interior por sarilho. Como os demais moinhos das Cumeadas, tem data de construção anterior a 1813, não sendo possível determinar a data exacta, tendo sido registado apenas em 1871.
Santiago do Cacém chegou a ter 12 moinhos em funcionamento, os quais serviam não só para moagem de cereais, mas também para descasque de arroz.
Nos Anaes do Município, o Padre António de Macedo refere, no ano de 1863, a existência de 35 moinhos de vento e 34 de água em todo o Concelho de Santiago do Cacém.
Muitos moinhos na área do Município encontram-se em ruínas e outros já desapareceram por completo, mas muitos outros foram recuperados, na sua maioria, para habitação de férias e/ou turismo rural.
O moinho da Quintinha trabalhou até 1966 na produção de farinha e descasque de arroz, operado nos últimos anos por José dos Reis (Zé Molêro). Em 1970 foi adquirido pela Câmara Municipal e esteve em vias de se tornar depósito de água para abastecimento à zona alta da cidade. Tal facto não se concretizou e viria a ser recuperado sob orientação do antigo moleiro.
No início da década de 90, do século passado, voltou a ter nova intervenção, agora sob orientação de Manuel dos Reis (Manel Molêro).
Até ao presente continua propriedade Municipal, funciona e é visitável sendo possível observar o funcionamento.
Está inscrito na The International Molinological Society e integra a Rede de Moinhos Portugueses, sendo moinho escola.
Depois que “Manel Molêro” se retirou de serviço foi o actual moleiro, Jorge Fonseca, que assumiu funções.
Não cremos que alguma vez D. Quixote de La Mancha tivesse passado por aqui, mas se isso tivesse acontecido, certamente teria desafiado estes “gigantes”, tal como o fez em Consuegra, juntamente com o seu fiel amigo Sancho Pança.
(Para elaboração desta cache deslocámo-nos ao local três vezes e só depois de oito tentativas conseguimos acertar as coordenadas. Tentámos arranjar esconderijo e nada, tentámos novamente e de novo nada. Já aborrecidos fizemos contas e tirámos a prova dos nove, restou quatro e encontrámos dois locais possíveis.
Oito dias depois, convidámos quatro amigos para ir ao local, mas só um aceitou. Quando chegámos outros dois já lá estavam e então éramos cinco. O Sol já ia alto e pelas cinco horas fomos todos ver o moinho.)
