As Sete Fontes remontam à época da invasão romana da península Ibérica, nomeadamente da fundação de "Bracara Augusta", como testemunham algumas escavações arqueológicas.
O atual sistema foi construído por ordem do então Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, no século XVIII.
Ao assumir o cargo, como uma das suas primeiras medidas, D. José de Bragança logo no dia 21 de agosto de 1703 foi "pedir esclarecimentos à Câmara do estado dos muros da cidade e sobre o estado do fornecimento da água".[1] À época já haviam sido descobertos vários mananciais de água potável no atual lugar das Sete Fontes e em Montariol.
A exemplo do seu irmão, João V de Portugal, que mandara construir em Lisboa o Aqueduto das Águas Livres, D. José determinou que, em Braga, a partir daqueles lugares, se iniciassem as obras de Engenharia Hidráulica necessárias para trazer a água até à cidade.
A obra abasteceu Braga até 1913, quando a água do rio Cávado chegou até aos reservatórios de Guadalupe.
Em 1934 o caudal do antigo sistema foi estimado em 500 000 litros por dia.
Ainda hoje existem casas onde a água das Sete Fontes chega, numa forma de antigo Direito chamada "penas de água" (medida do diâmetro da torneira).
A maioria das fontes, fontanários e chafarizes da cidade ainda são abastecidas por este sistema.
Em 2014 foram feitas obras de restauro no complexo. A obra, orçada em 55 mil euros - com 85 por cento de financiamento pelo Feder -, consistiu na limpeza e reposição dos rebocos conforme o aspecto original, preservando a integridade do Complexo das Sete Fontes e a integração harmónica entre a parte construída ou o natural paisagístico que a envolve. Efectuou-se ainda a reposição de um brasão em pedra sobre uma das mães de água e substituíram-se diversas portas exteriores.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde de 25 de maio de 2011.
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