Esta espécie originária do Brasil e Argentina é considerada semi-caduca, mas na nossa latitude ela comporta-se realmente como caduca. A particularidade de florescer após a queda da folha faz com que a sua espectacular floração seja notada com maior intensidade nos nossos jardins. Esta árvore tem vindo a ser cada vez mais utilizada de forma isolada, surgindo nos últimos anos como árvore de arruamento mas de forma menos expressiva. As suas características morfológicas, forma, textura, volume e cor adquirem valor ornamental em todas as suas partes constituintes, não havendo um aspecto mais relevante do que outro. O seu tronco, de forma comum enquanto jovem vai engrossando na base com a passagem do tempo, acabando por adquirir uma forma garrafal. A cor esverdeada do tronco permite-lhe ampliar a sua capacidade fotossintética, desenvolvendo-se mais facilmente em situações de pouca luminosidade, como seja, em situações de sob-coberto, para além de conseguir crescer mesmo quando se encontra sem folhas. Para além destas características, o tronco desenvolve espinhos de considerável dimensão que podem ir caindo de baixo para cima ao longo dos anos. Mesmo assim, muitas árvores conservam os espinhos até à idade adulta. Esta árvore pode atingir os vinte metros de altura, mas em Portugal é normalmente mais baixa. As folhas compostas, digitadas são igualmente interessantes e ornamentais, mas verdadeiramente interessante é a sua flor, de cor rosa intenso, grandes, com 5 pétalas rosadas com pintas vermelhas e bordas brancas.
Há uma variedade menos comum, com flores brancas. O fruto, igualmente invulgar, constitui-se por cápsulas verdes que, quando maduras, rebentam, expondo as sementes envoltas em fibras finas e brancas que auxiliam na sua dispersão aérea. A esta fibra chama-se paina, ou sumaúma, que pode ser utilizada no enchimento de travesseiros. No entanto as espécies mais utilizadas para esta finalidade são efectivamente a Ceiba pentandra, na América do sul ou a Ceiba indica na região asiática, pertencentes ao mesmo género mas de espécies distintas. O valor ornamental da Chorisia não fica por aqui, porque para além do seu exotismo, é ainda de fácil propagação e de crescimento muito rápido, nos primeiros 10 anos, abrandando depois a sua taxa de crescimento. A sumaúma prefere solos ricos e bem drenados, mas necessita de rega no período estival. Pode ser plantada em zonas de sombra que o seu crescimento não será afectado pela falta de luz, embora produza menos flores.