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Lobo Traditional Geocache

Hidden : 2/3/2018
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Lobo


A relação do homem com o lobo é secular e marcada pela perseguição, o que justifica a construção de fojos no meio da serra, de paredes convergentes terminando num fosso para onde os lobos eram encaminhados pela população. Este ritual implicava que toda a aldeia e as aldeias vizinhas fizessem parte da batida.
Perseguido desde há séculos, o lobo-ibérico é um sobrevivente. Resistiu às armadilhas, fojos, batidas, armas de fogo, laços e venenos. A sua atracção pelo gado doméstico valeu-lhe o estatuto de inimigo a abater. O conflito entre o homem e o lobo, baseado nos prejuízos e em mitos e crenças falsas, contribuiu de forma significativa para a regressão da espécie e é um dos grandes problemas da sua conservação.




A sua área de distribuição é descontínua. Existem duas populações separadas pelo rio Douro. A norte do rio existem sete núcleos populacionais – Peneda-Gerês; Alvão/Falperra; Padrela /Valpaços; Arga/Paredes de Coura; Cabreira/Barroso; Marão/Baião e Bragança/Montesinho. A Norte, o lobo distribui-se de uma forma contínua, excepto na Terra Quente Transmontana e na faixa litoral ente Viana do Castelo e Porto, onde já se extinguiu. Esta população é relativamente estável e está conectada com a restante população lupina espanhola através da Galiza e Castela-León.

Os núcleos populacionais que podem ser considerados estáveis localizam-se frequentemente nas zonas montanhosas, onde a densidade populacional humana é baixa. Pelo contrário, os que apresentam grande instabilidade estão em zonas mais humanizadas e em áreas marginais de ocorrência de lobo.

No distrito de Bragança o lobo ocupa essencialmente a parte Norte e Leste. A sua área de distribuição vai desde as serras da Coroa, Montesinho e Nogueira até aos planaltos de Miranda do Douro e Mogadouro e grande parte do vale do rio Sabor e áreas adjacentes. Aqui existem dezassete a vinte grupos familiares que contactam entre si e com a população espanhola. Este núcleo é parte integrante de um dos principais redutos ibéricos para a conservação do lobo, Bragança-Zamora, e parece ser o núcleo populacional mais estável do país. A pressão humana sobre a espécie não é muito grande pois o impacto da predação do lobo sobre o gado doméstico é baixo. A presença estável de várias espécies de ungulados selvagens e o tipo de maneio de gado praticado nesta zona fazem com que os prejuízos do lobo sejam relativamente baixos. 

Outro dos núcleos populacionais mais estável habita as serras agrestes do Noroeste de Portugal, na zona fronteiriça com a Galiza, que se incluem na área do Parque Transfronteiriço Gerês – Xures e serras envolventes, Larouco e Cabreira. Aqui existem doze grupos familiares, com um efectivo de 5 a 10 lobos e com reprodução regular. Em determinados anos, há alcateias que, durante o Outono e Inverno, possuem mais de doze lobosNo grupo familiar de Arga, que ocupa as serras de Santa Luzia e de Arga, houve evidência de reprodução regular até 2001. No início da década de 90, na Serra de Santa Luzia, onde há mais de 10 anos não havia qualquer vestígio da existência de lobo, vários garranos foram atacados. Inicialmente, pensou-se que os prejuízos fossem provocados pelos cães vadios, mas, durante o trabalho de campo efectuado no âmbito do projecto LIFE, confirmou-se a ocorrência de lobos na Serra. Os ataques começaram a verificar-se a partir do momento em que se fomentou a criação de garranos em semi-liberdade na zona. A disponibilidade alimentar numa área de serra que não possuía recursos tróficos para o lobo parece explicar a ocorrência mais regular dos lobos vindos da serra de Arga. Mas a sobrevivência deste grupo familiar ficou seriamente comprometida com a construção da AE3, entre Cepões e Fontoura, que a isola completamente . A agravar a situação, este ano Francisco Álvares – apesar de ter duplicado o esforço de monitorização – não detectou qualquer evidência de reprodução nesta alcateia.

A alcateia da Boulhosa, que ocupa as serras a norte de Paredes de Coura, fazia, antes da construção da A3, o contacto entre os núcleos Arga/Paredes de Coura e Peneda/Gerês. É um grupo familiar que cria com alguma irregularidade e onde este ano também não houve evidências de reprodução. Nos últimos oito anos, Francisco Álvares tem vindo a desenvolver um estudo de monitorização do lobo no Noroeste de Portugal, co-financiado pelo PNPG e pelo Grupo Lobo. Os resultados não lhe deixam dúvidas. “ Fora do limites do Parque Nacional da Peneda-Gerês, mas dentro da área da sua influência, o lobo está a regredir.” A alcateia da Serra do Maroiço, concelho de Fafe, desapareceu. Em 1994, poderá ter criado. Desde aí extinguiu-se como reprodutora, não há avistamentos e os prejuízos são muito ocasionais. “Parece ser uma zona onde de vez em quando os lobos passam.” Para complicar, “é uma área onde há cães vadios, o que “mascara” completamente os dados de prejuízos e os dejectos que se possam encontrar.” As alcateias do núcleo de Arga e a da Serra do Maroiço permitiam que houvesse uma zona tampão com o PNPG. Quando estas desaparecerem, as dos Parque começam a ser as limítrofes. E, essa realidade parece não tardar. Francisco Álvares teme pelo futuro do núcleo de Arga. A alcateia da Cruz Vermelha poderá estar numa situação de pré-extinção e as outras podem “não durar mais do que dois ou três anos.”
A par da perseguição directa e do efeito barreira das infra-estruturas, o abandono da agricultura e a diminuição galopante dos rebanhos de ovinos e caprinos e das manadas de vacas explicam o desaparecimento e regressão do lobo nesta zona. As aldeias estão a ficar desertas e a ruralidade destas zonas está-se a perder..



Fonte: Econatura
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Additional Hints (Decrypt)

Onvkb crqen, zvenaqb b sbwb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)