#PT GOLFINHOS DO SADO
Na faixa costeira da região de Setúbal podemos frequentemente observar exemplares do roaz-corvineiro (Tursiops truncatus), considerado um dos ex-libris faunísticos da região.
A área compreendida entre a Costa Atlântica (Galé e Arrábida) e o Estuário do Sado é habitada por uma das três únicas comunidades daqueles mamíferos residentes no espaço marítimo europeu.
Grupos destes sociáveis animais, chamados “roazes”, supostamente, a partir do costume de roerem as malhas que os pescadores deitam ao mar, procuram diariamente a maré favorável para se deslocarem até à área estuarina, dirigindo-se às zonas de esteiros e de sapais, na procura de alimento, principalmente de chocos, robalos e tainhas, num consumo que pode atingir até dez quilos por dia.
Como explicam Stefan Harzen e Barbara J. Brunnick, “o roaz-corvineiro é o mais estudado e mais conhecido dos cetáceos, devido, essencialmente, à faculdade de rápida adaptação à vida em cativeiro e à sua distribuição cosmopolita”.
O roaz-corvineiro apresenta, geralmente, um corpo longo e robusto, com um pequeno nariz pronunciado. A barbatana dorsal é triangular e não muito grande, sensivelmente com 35 centímetros de altura. Os lobos da cauda podem medir de 65 a 80 centímetros, de ponta a ponta.
A cor cinzenta pode ser em tons mais claros ou mais escuros, com sombras esbatidas nas partes laterais, e a barriga é branca, verificando-se, por vezes, ser cor-de-rosa.
A dentição do roaz apresenta, em ambos os maxilares, entre 40 a 48 dentes cónicos e afiados. Os roazes-corvineiros adultos podem pesar 350 quilos e atingir quatro metros de comprimento.
Estima-se que vivem 50 anos ou mais, com as fêmeas a registarem uma longevidade maior do que os machos.
Dado que em Setúbal se encontra o mais importante habitat natural para a conservação do roaz-corvineiro, está preenchido um dos requisitos exigidos pela UNESCO para que a Baía de Setúbal beneficie de importantes mais-valias, principalmente na projeção da cidade a nível internacional.
Fonte: CMS
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