Skip to content

UMA FENDA NA TERRA EarthCache

Hidden : 6/19/2017
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:

UMA FENDA NA TERRA A finalidade desta Earth Cache é mostrar aos seus visitantes uma Fenda na Terra que teve origem num abatimento do Subsolo. Este fenómeno, foi causado pela exploração das Minas da Panasqueira, que à mais de um século tem vindo a extrair o Wolfrâmio das profundidades da serra, deixando-a mais parecida com um "Queijo Suíço"!

A ORIGEM Minas da Panasqueira ou Mina da Panasqueira é o nome genérico para o conjunto de explorações mineiras, entre o Cabeço do Pião (Concelho do Fundão) e a Aldeia da Panasqueira (Concelho da Covilhã), que funcionaram de forma tecnicamente integrada e contínua praticamente desde a sua descoberta. Mais tarde deu-se a sua aglomeração numa só entidade administrativa chamada Couto Mineiro da Panasqueira que teve o seu último auto de demarcação a 9 de março de 1971 e mais tarde na actual Concessão de Exploração C18 (16/12/1992). As instalações mineiras encontram-se actualmente centralizadas na zona da Barroca Grande - Aldeia de S. Francisco de Assis (Covilhã) por onde se faz o acesso á exploração subterrânea actual, a extracção do minério e o processamento do mesmo. As Minas da Panasqueira tomaram o nome do local onde se iniciou a exploração mineira. Nos finais do Sec. XIX a região era coberta de carqueja, giesta e diversas espécies de mato rasteiro, pontuada de pinhos. O terreno pedregoso é muito ingrato para a cultura de qualquer semente ou cereal. Foi no vale da (Panasqueira) que se iniciaram os trabalhos de exploração de minério e se fez a primeira lavaria. O nome desse vale deriva de Panasco, planta umbelífera muito comum na região, nos campos onde se semeou centeio. O povo começou imediatamente a chamar à mina principiante – Minas da Panasqueira. LOCALIZAÇÃO As Minas da Panasqueira localizam-se no Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco entre os maciços de S. Pedro do Açor e da Gardunha. A concessão mineira tem o nome de “Contrato de Exploração C-18” com uma área de 1913 Ha. O ponto mais baixo da concessão mineira situa-se junto ao Rio Zézere à cota 360m e o mais alto no marco geodésico do Chiqueiro à cota 1086m. A paisagem é de plantações extensivas de eucaliptal e pinheiro bravo com pequenos terraços plantados com oliveiras, vinha e algumas árvores de fruto. A mina é a maior empregadora local com cerca de 300 empregos diretos, residindo os trabalhadores maioritariamente nas aldeias e vilas vizinhas; nomeadamente: Barroca Grande, S. Jorge da Beira, Silvares, Unhais-o-Velho ou Dornelas do Zêzere. É uma mina que labora há 120 anos de maneira praticamente ininterrupta, com forte impacto na identidade, história e sociedade actual da Beira Interior. É também uma referência no sector do volfrâmio á escala mundial, não só pela qualidade e volume de produção, duração e capacidade de adaptação da exploração; mas também pela maturidade das soluções técnicas tanto a nível da mina como a nível de processamento do minério. https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/6a7070e7-e8ff-4cd9-bd54-29cbf7000ff7_l.png GEOLOGIA LOCAL O mapa geológico de Portugal à escala de 1:500.000 mostra o contacto entre o Complexo Xisto-Grauváquico do “Grupo das Beiras” e o Complexo Granítico Varisco do Norte de Portugal. O “Grupo das Beiras” é formado por uma densa série de lentículas finas de origem marinha, de pelitos e arenitos, que sofreram depois metamorfismo regional de baixo grau (fácies dos xistos verdes) durante as fases iniciais compressivas da orogenia Varisca. As minas da Panasqueira localizam-se na grande mancha do Complexo Xisto-Grauváquico do Grupo das Beiras, na Zona Centro Ibérica (ZCI). Trata-se de uma região onde predominam formações sedimentares metamorfizadas, mas onde ocorre também um grande número de manifestações eruptivas ácidas e básicas. A idade dos metassedimentos é atribuída ao Câmbrico ou Pré-Câmbrico superior. Há rochas básicas intrusivas que foram identificadas como doleritos e que ocorrem sob a forma de filões de 0,5 a 3m de possança, com orientação predominantemente N-S e inclinação vertical. São de cor cinza escura, grão fino e micro-porfiríticas, encontrando-se alterado no contacto com os filões mineralizados. Apresentam fraturas irregulares e disjunção poliédrica. Mineralogicamente são essencialmente constituídos por labradorite, hornblenda, clorite e piroxena anfibolitizada. Não afetam a mineralização e são intersetadas pelo sistema de filões hidrotermais. Estes diques são posteriores às duas fases de deformação. Na zona Este do Couto Mineiro ocorrem xistos mosqueados com blastos de biotite e clorite, e menos frequentemente de quiastolite e cordierite que correspondem a uma auréola de metamorfismo de contacto, que foi considerada como indicação da presença de uma intrusão de um corpo magmático em profundidade. A FORMAÇÃO A disposição sub-horizontal do campo filoniano foi controlada, quer por fraturação pré-existente, devido à deformação precoce, quer pelo campo de tensões associado ao mecanismo de intrusão granítica. Na fase de ascensão do maciço intrusivo, a pressão de fluidos é suficientemente elevada provocando a abertura de uma rede de fraturas radial em torno do centro eruptivo, intruindo magma granítico residual nas fraturas. Na fase seguinte, quando se igualam a pressão do magma ascendente e a resistência da rocha encaixante à intrusão, ocorre diminuição de pressão de fluidos e consequentemente cisalhamentos, bissetados pela direção radial. Os fluidos greisenizam o interior da cúpula granítica. Por fim o maciço entra em fase de solidificação e por arrefecimento dá-se a contração da zona apical. Esta é a situação da Panasqueira, em que as estruturas radiais, inclinadas, são as precursoras dos filões galo e a reabertura das fraturas sub-horizontais deram lugar aos filões. Considera-se portanto que o cortejo filoniano da Panasqueira pode ser exemplo de um campo filoniano instalado durante a fase de consolidação, em que devido ao arrefecimento do maciço intrusivo, e por propagação dinâmica de fraturas se geram fendas de tração sub-horizontais e reabrem outras já existentes. FALHAS Do ponto de vista estrutural, a região do Couto Mineiro é caracterizada pela ocorrência de um grande número de falhas e fraturas, localmente bem assinaladas, quer no tipo de enchimento que possuem, quer na sua orientação. Há que referenciar as direções dos dois grandes sistemas principais de falhas: as pertencentes ao sistema N-S e as pertencentes ao sistema NE-SW a ENE-WSW. Ao primeiro pertencem os acidentes denominados Falha Principal, Falha 3W, Falha 1W, Falha Fonte das Lameiras e Falha do Vale das Freiras; ao segundo a Falha de Cebola e a Falha 8E. Pensa-se que estas últimas foram iniciadas com movimentos de desligamento, do tipo “strike-slip” durante o episódio Varisco e reativadas durante a Orogenia Alpina. É um complexo de falhas de desligamento esquerdo, que afeta as formações Ordovícicas da Serra do Vidual a SW, e entroncando a NE com o desligamento de Manteigas – Unhais da Serra. A NNW deste acidente não se reconhecem quaisquer afloramentos de filões mineralizados, quer por volframite, quer por cassiterite. INFRAESTRUTURA MINEIRA A exploração mineira tem sido feita desde os inícios por métodos subterrâneos. A excepção foi uma pequena exploração em método misto (glory holles) para estanho no Vale da Ermida nos anos 50. As galerias de extração são horizontais e desde que se fez a junção das duas zonas de exploração históricas principais (Panasqueira e Barroca Grande) com a Galeria Geral da Barroca Grande; esta passou-se a chamar Nível 0. Posteriormente traçou-se o Nível 1 e depois o Nível 2 e o Nível 3. O espaçamento entre estes níveis é de 60m pois anteriormente os sistemas de abertura de chaminés da altura eram complexos e perigosos. Com a aquisição em 1974 de uma Raise Boring o espaçamento entre níveis (Nível 3) passou a ser de 90m. Existe um nível de drenagem da mina (Nível 530), 30m abaixo do Nível 2 por onde em tempos históricos também se fez extração de minério. Toda a drenagem da mina sai por esta galeria. As águas de níveis superiores correm por gravidade enquanto que as águas de cotas inferiores ao nível de drenagem são encaminhadas para uma estação de bombagem instalada abaixo do Nível 3 da mina. Na horizontal as galerias dos vários níveis formam uma malha ortogonal em que as galerias sensivelmente N-S são chamadas de “pannels” e as galerias sensivelmente E-W são chamadas de “drives”. A extração de minério para a superfície fez-se em flanco de encosta para zonas acima do Nível 0 e depois através de vários poços verticais. Com o afastamento das zonas de produção para sudoeste da lavaria, para reduzir a complexidade operacional dos vários poços de extração, aumentar a capacidade e para centralizar a extração com meios modernos mais próximo do novo centro de gravidade das zonas de exploração, instalou-se uma câmara de quebragem subterrânea (cota 530m) e uma tela transportadora inclinada a 17% que transporta o minério britado até várias torvas de armazenamento, à superfície, que alimentam a lavaria e permitem a necessária flexibilidade entre a mina e a lavaria. Este sistema, que entrou em funcionamento no ano de 1981, é ainda o utilizado atualmente. Para extração do minério abaixo do Nível 2 (Nível 3) usa-se um poço vertical instalado no ano de 1996 (Poço Eng. Cláudio dos Reis), que eleva o minério até ao nível 2 (cota 560m). https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/23684102-1f3b-4ea0-9c7c-d59915dddffd_l.jpg CÂMARAS E PILARES A execução de paredes para sustimento do teto era um trabalho totalmente manual e consumia cerca de 60% da mão-de-obra aplicada nos desmontes. A urgência de investigar outro sistema de suporte que permitisse ao mesmo tempo maior mecanização das restantes operações de desmonte fez o método de desmonte evoluir para o de câmaras e pilares. Os pilares iam sucessivamente reduzindo a sua dimensão e para a fase final de desmonte foram testados dois métodos de sustimento: colunas de betão armado formadas por pastilhas sobrepostas e pilhas de madeira empilhadas de diversas formas. As colunas de betão foram abandonadas quase de imediato pelo seu custo e falta de elasticidade que conduzia a roturas bruscas. As pilhas de madeira deram melhores resultados e foram implementadas primeiro em combinação com as paredes de pedra e depois isoladamente. O método de câmaras e pilares permitiu uma mecanização crescente das operações de desmonte com a entrada de máquinas de perfuração, primeiro a ar comprimido e depois eletro-hidráulicas. Permitiu também a entrada de pás carregadoras, primeiro a ar comprimido, depois elétricas e atualmente a diesel. O custo em mão-de-obra e materiais associado às pilhas de madeira para recuperação total do minério levou a que atualmente se deixem pilares residuais com minério (16%) levando a que a recuperação do jazigo seja de 84%. Atualmente todos os trabalhos nos desmontes são mecanizados e a sequência de desmonte procede-se em cinco fases: 1ª Fase – Abertura de galerias de reconhecimento ao longo do filão (inclinados) para se ter uma confirmação do real valor de um filão ou zona do filão assim como a sua geometria exata (recursos medidos). Nesta fase montam-se as infraestruturas como abastecimento elétrico, ar comprimido e ventilação. 2ª Fase – Abertura de galerias de exploração numa malha ortogonal, deixando entre elas pilares quadrados de 11m por 11m. Procede-se assim até à definição completa das zonas exploráveis de um determinado filão. 3ª Fase – Finda a fase 2 e quando os filões que lhe estão acima estão já explorados, corta-se os pilares de 11 por 11m ao meio com uma galeria, que é sempre de 5m de largura, ficando os pilares retangulares e com as dimensões de 11m por 3m. 4ª Fase – os pilares retangulares de 11m por 3m são cortados ao meio por uma nova galeria, ficando os pilares residuais (finais) com a dimensão de 3m por 3m. 5ª Fase – Os pilares de 3m por 3m são instáveis a longo prazo, mas permitem um tempo de geralmente 6 meses em que se pode trabalhar em segurança na última fase de trabalho nos desmontes que é a extração (limpeza) com pequenas excavadoras do material mais fino que acumulado no chão (soleira) tem uma quantidade apreciável de volfrâmio devido à friabilidade da volframite. A 5ª Fase é monitorizada com avaliação visual dos pilares e medição de convergências teto-piso para verificação das condições de segurança dentro do desmonte. Findo o trabalho de limpeza do material da soleira o desmonte é abandonado, vedando-se o seu acesso. https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/c2eefc52-1a80-4446-961f-86ace9dc0600_l.jpg A EARTH CACHE No Concelho de Pampilhosa da Serra, localizado do lado poente das Minas da Panasqueira, não existe exploração mineira, por isso o subsolo mantém-se inalterável. Enquanto que no Concelho da Covilhã, do lado nascente é onde se faz a extração do minério! Quando existem abatimentos causados pela pressão exercida nos pilares a zona de exploração da Mina acaba por abater mas a parte firme do lado poente, mantém-se na sua posição original, criando assim estas fendas na superfície terrestre, que são mais notórias neste ponto da serra! https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/d9172358-cf34-4b4b-b910-8c8d1dae6984_l.png A abordagem à Earth Cache deverá ser feita da seguinte forma: Seguir a estrada das Eólicas até ao parque de estacionamento sugerido, depois continuar o resto do caminho a pé, até chegar à coordenada publicada!  Não existe container físico e para registar esta Earth Cache só terá que responder a algumas perguntas e enviar por mensagem para o meu perfil! (Autorizo desde já que faça o seu registo na hora, mas reservo o direito de eliminar caso não me envie as respostas!) 1 - Quantos milímetros tem a Fenda no ponto de medição na zona amarela da rocha?(ver Spoiler) https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/c8bb00c6-91bb-4c8f-8cac-096fc6d181e2_l.jpg 2 - Quantos metros distanciam o Marco que separa os dois Concelhos do ponto de medição da Fenda? https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/73abf9fb-98d7-42af-91d5-80ba5bda21c5_l.jpg 3 - Partilhem uma foto (mão, pé ou GPS) em cima do Marco que separa os Concelhos.(A foto é opcional!) NOTA IMPORTANTE! Não recomendo fazer esta Earth Cache à noite ou se a serra estiver coberta de neve. A presença de nevoeiro também poderá dificultar a visibilidade. Crianças e animais de estimação não podem circular livremente nesta área, pois correm o risco de cair em alguma fenda! A Earth Cache está localizada numa superfície rochosa e não representa qualquer perigo aos seus visitantes, mas se saírem da zona recomendada, poderão encontrar fendas noutros locais.... por isso tenham muita atenção, circulem somente pelo caminho sugerido! A Fenda está a cerca de 50 metros depois do ponto de estacionamento, na berma esquerda do caminho, quando se sobe! Apreciem a paisagem e preservem a Natureza!!!

Additional Hints (Decrypt)

Graunz ngraçãb baqr cõrz bf céf!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)