A História do Cais das Colunas
O cais das Colunas deve o seu nome aos dois pilares erigidos na zona ribeirinha da praça do Comércio. São uma obra do arquiteto Eugénio dos Santos, realizada durante a reconstrução de Lisboa, após o terramoto de 1755. Estes pilares, que encabeçam a escadaria de mármore que desce até ao rio Tejo, são de inspiração maçónica e representam as duas colunas do templo de Salomão (a sabedoria e a devoção). O cais das Colunas funciona assim como a porta fluvial de entrada em Lisboa e à sua frente, em linha reta, fica a estátua equestre de Dom José I. Mais atrás, no mesmo alinhamento, ergue-se o arco triunfal da rua Augusta.
Este cais sempre foi considerado como a porta nobre de Lisboa e, através dele e dos seus degraus de mármore, o Cais das Colunas viu desembarcar vários chefes de estado e outras figuras de destaque (como por exemplo a Rainha Isabel II de Inglaterra).
Um facto pouco conhecido são as inscrições nas colunas. Durante o Estado Novo o então Presidente da República, o general Óscar Carmona, fez a primeira viagem de um chefe de Estado português às colónias (portuguesas). Foram nessa altura realizadas duas viagens a primeira, em Julho de 1938, e a segunda em Junho de 1939. De modo a assinalar as viagens foram inscritas duas mensagens, uma em cada coluna. Na coluna do lado nascente uma mensagem do Presidente da República (Carmona), na do lado poente do Presidente do Conselho (Salazar).
Na coluna do lado nascente pode ler-se: “Aqui embarcou o chefe de estado para a primeira viagem às terras ultramarinas do império: São Tomé e Príncipe e Angola. XI de Julho – XXX de Agosto de MCMXXXVIII com a certeza de que fala pela minha voz Portugal Inteiro.” E assina General Carmona.
Na coluna do lado Poente pode ler-se: “A segunda viagem do chefe do estado às terras ultramarinas do império: Cabo Verde, Moçambique e Angola. XVII de Junho – XII de Setembro de MCMXXXIX a viagem do chefe do estado às terras do império em África está na mesma directriz das nossas preocupações e finalidade, é manifestação do mesmo espírito que pôs de pé o acto colonial.” E assina Salazar.
(retirado de Ezimute, Wikipédia e para mim tanto faz)
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