Introdução à Localização:
A igreja de São Pedro está localizada em Alverca do Ribatejo, onde São Pedro é padroeiro cidade fundada pelos árabes no final do século IX e seu nome deriva do topónimo "Alborca" que significa terra alagadiça.
Situada em pleno centro histórico de Alverca, na sua zona mais elevada, trata-se de uma igreja de três naves, composta por retábulo, estuque e pinturas do século XVIII enquanto que o conjunto azulejar, seiscentista, com cenas da vida de São Pedro, com destaque para a Libertação de São Pedro pelo Anjo é datado do século XVII.
Não existem registos de quando esta igreja foi construída, no entanto sabe-se que ja existia durante a batalha de Alfarrobeira, em 1449.
A zona histórica de Alverca do Ribatejo está muito alterada em comparação ao que era quando foi construída, consequência do sismo datado de 1 de Novembro de 1755.
Aspetos Geológicos:
No chão da entrada da igreja em calcário podemos observar rudistas radiolários.
Os rudistas são um grupo extinto de lamelibrânquios marinhos, contemporâneos dos dinossauros. Eram organismos bentónicos, habitavam sobre o substrato, cimentados a este ou não., possuíam uma concha da parede espessa, viviam em ambientes marinhos de alta energia, apresentavam forma cónica e estrutura interna compacta, Radiolários, ou de forma geralmente enrolada e estrutura interna alveolar, estes os Caprinídeos.
Os Rudistas eram organismos coloniais, viviam em associações recifais bioedificadas, à semelhança dos biohermes recifais construídos pelos atuais Corais.
Nas escadinhas do adro, junto à igreja de São Pedro, todas as escadas também em calcário podemos observar a presença de fósseis de Turritellas, moluscos da classe dos gastrópodes, que se distribuíram pelos mares Mediterrâneo e do Norte, através do oceano Atlântico.
Estes gastrópodes, bentónicos, de substrato móvel, possuem concha enrolada com forma de cone alongado que podem ter um tamanho até 15 cm, turriculada, estes organismos filtradores viviam em ambientes marinhos com salinidade normal e temperatura variável.
No GZ, nas escadas em calcário existe um degrau que foi remendado posteriormente e colocaram um calcário de lioz (cor-de-rosa), também com inúmeros exemplares de fósseis turritelas.
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