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Sobretâmega
Situa-se na margem direita do rio Tâmega pertenceu à extinta Vila de Canaveses. Dos benefícios dados por D. Mafalda destaca-se a Igreja Matriz de Santa Maria de Sobretâmega. A construção desta teve como objectivo albergar a imagem de Nossa Senhora a padroeira que segundo a lenda “apareceu no rio, por baixo da ponte. Estava encerrada dentro de uma capelinha de transparente cristal, toda luminosa, muito bonita e toda guarnecida de flores. As imagens da Senhora, essas, retiraram-na d’ali e levaram-na, no meio de geral alegria e grandes festas, para a antiga matriz da freguesia, da invocação de São Pedro, hoje ermida. Esta ficava lá para o alto, em sítio ermo e triste, na encosta desabrida da serra agreste. A Senhora deu em fugir d’ali, e, saudosa da sua antiga morada, vinha entre a folhagem fofa de uma frondosa e corpulenta árvore, sobranceira ao rio. Três vezes é recolhida à igreja, três vezes de lá fugiu. Afinal a Rainha D. Mafalda, informada do milagroso caso, mandou que, no sítio tão predilecto à Senhora, se lhe erguesse um templo e nele se reconhece a milagrosa imagem. E, assim se fêz...”
É um templo românico simples, de planta rectangular, com a capela-mor ligeiramente mais estreita e curta que a nave. Na sua esquerda tem uma torre sineira de aspecto maciço.
Existe nesta freguesia uma série de marcos históricos que representam o seu passado nobiliárquico, entre as quais a Casa da Palmatória, a Capela de S. Sebastião e a casa do Fontainho, que ostenta um brasão interessantíssimo e complexo. Estes edifícios fazem parte integrante da Rua Direita, uma rua que conserva a sua feição de remotíssima antiguidade (calcetada). Esta e a Rua de São Nicolau, durante séculos, estiveram ligadas pela ponte e foram um importantíssimo local de passagem da Vila de Canaveses. No final da rua, já na margem do Tâmega fica a Casa da Ribeira, uma casa senhorial do século XVIII, com capela anexa dedicada a Santa Rita onde se pode admirar o tecto abobadado recoberto de talha dourada e painéis pintados. A casa foi restaurada e posta ao serviço do turismo.
A Casa de Penidos e a Ponte dos Asnos também merecem a nossa atenção. A primeira, por ser uma magnífica construção setecentista que ostenta um brasão de armas nitidamente barroco e a segunda, por representar a arquitectura civil medieval concelhia.
Quando se menciona Sobretâmega mencionam-se as termas com as suas águas minerais, sulfurosas e arsenicais (únicas na Península, só em França e na Áustria existem águas com as mesmas quantidades de arsénio). Mais conhecidas por Caldas de Canaveses foram descobertas pelos romanos e exploradas desde então.
A CACHE:
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