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Ereira Geo-Project - Breve Passagem #6 Traditional Geocache

Hidden : 4/1/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

E.G.P - Breve Passagem #6



Translation

No coração dos campos do Mondego, entre os 10 e 20 m de altitude, a cerca de 3 Km da sede do concelho (Montemor-o-Velho), situa-se a pitoresca freguesia da Ereira, com uma área de 7,25 Km2. O poeta Afonso Duarte, natural desta povoação, ilustra bem a localização da Ereira: “… a poente, o Mar – o velho avô oceano; a nordeste as velhas muralhas do Castelo cuja sombra vem acompanhar-nos, Mondego abaixo, entre alas de choupos; a nascente, a Costa de Arnes, escalvada, tôda batida dos ventos marítimos onde a tradição coloca as grossas amarras das embarcações de outrora; e a sul – a colina, onde assentaram convento os Frades Crúzios – Almiara”. Mercê da sua localização, o poeta refere que a sua gente “vive meio ano à rede e ao anzol, meio ano a lavoirar”. O foral manuelino concedido a Montemor-o-Velho, a 20 de Agosto de 1516, refere-se, nos seguintes termos, à povoação de Ereira: “… os moradores da Eireira que tiverem boys pagam cada hum de trigo pella velha dous alqueires. E os que boys nan teem pagam de segunda hum alqueire…”

Durante muitos séculos, o Convento de Almiara em Verride foi habitada por Crúzios, frades pertencentes ao convento de Santa Cruz de Coimbra, que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira.

Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência masculina. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia cultivada e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas.

No século XV foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de João de Ruão.

Nenhuma outra habitação foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao século XIX. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos nacionais, entre eles as invasões Francesas e a fuga da família real para o Brasil, ocorreu em 1820 a revolução liberal; embora o liberalismo definitivo só se tenha instaurado em 1834.

Com esta revolução, eliminaram-se situações de privilégio e o monopólio de atividades económicas, libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens religiosas e houve nacionalização dos seus bens, aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as dízimas. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas parcelas de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."

Ereira é freguesia civil, autónoma, desde 31 de Dezembro de 1984, tendo sido desmembrada da freguesia de Verride. No eclesiástico, a comunidade da Ereira também é independente, constituída como Reitoria de Santo António da Ereira. Foi no ano de 2000 que a comunidade cristã da Ereira decidiu solicitar à diocese um novo estatuto clerical. A 25 de Dezembro de 2003, Sua Ex.ª Rev.ma D. Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra, outorga o seguinte decreto. “…Havemos por bem erigir canonicamente a Reitoria de Ereira, sob a protecção de Santo António, cujo território é constituído apenas por este lugar, e com personalidade no foro canónico e civil…” No mesmo dia, o prelado nomeou os padres José Luís Ferreira e António Joaquim Domingues reitores “in solido” da Reitoria da Ereira, com “conselho económico” autónomo, que zela e faz a gestão do património da comunidade cristã desta reitoria.

Capela de Santo António da EreiraActualmente, a Capela de Santo António da Ereira é um edifício bem dimensionado, de uma só nave, arco cruzeiro, altar-mor, sacristia, coro alto sobre o nártex, tecto de madeira em arestas; o frontal é simples, ladeado por pilastras de canto encimadas por pináculo, tendo uma torre sineira quadrangular. O templo tem pia baptismal e no altar-mor encontram-se as esculturas de Santo António e Nossa Senhora de Fátima; existem ainda a Imagem da Trindade e a Imagem de Nossa Senhora do Rosário, muito venerada pela comunidade cristã de Ereira, com festividade em Agosto.

Sem uma data confirmada da sua edificação, pudemos afirmar que no séc. XVI já o templo é mencionado no livro de registo de óbitos da paróquia de S. Martinho de Montemor-o-Velho: “Joana, filha de Simão Rodrigues da Ereira, faleceu aos 15 dias de Agosto de 1577, era de dez ou onze anos, jaz em Santo António da Ereira…”

A 28 de Maio de 1721, o vigário da paróquia de S. Martinho, de Montemor-o-Velho, Joseph Dias de Abreu, nas Informações Paroquiais, refere que “… Há no lugar da Hereira desta freguesia Capela de Santo António de que é administrador o povo daquele lugar, não há notícia de seu princípio”…

Também Pinho Leal escreveu: “Ermida de Santo António – no logar da Ereira (Hereira?). Foi mandada construir pelos moradores da aldeia em 1886, concluindo-se a obra em 1872. É exclusivamente dos seus fundadores.” (Pelo exposto anteriormente, com alusões à existência do templo antes das datas referidas por Pinho Leal, é crível que se trata de uma reconstrução e ampliação da capela e não de uma nova construção).

Interesse: A Casa do Torreão é um exemplar de arquitectura civil quinhentista. Embora de dimensões modestas, e adulterada pelo mau estado de conservação e por construções anexas, edificadas posteriormente, a casa apresenta um modelo renascentista bastante erudito, invulgar na freguesia.
A edificação da casa neste pequeno lugar, situado nos arredores de Montemor-o-Velho, é atribuída ao escultor João de Ruão, que terá sido proprietário da mesma. A presença do mestre normando nesta freguesia é documentada por uma doação dos Cónegos Regrantes de Santa Cruz, feita em Março de 1566, que concedia ao escultor duas geiras de terra próximas da Casa do Torreão, como pagamento de serviços.

Capela de Santo António da Ereira
Este factor, bem como a localização próxima das Pedreiras Velhas, situadas no limite da freguesia de Verride e utilizadas no século XVI para extracção de pedra de ançã utilizada nas obras na cidade de Coimbra, levam alguns autores a considerar a Casa do Torreão como local de residência, oficinas e arrecadação de João de Ruão (DUARTE, Afonso, 1941).

De planta rectangular desenvolvida longitudinalmente, a casa apresenta na fachada principal um alpendre quadrangular, ao qual se acede por escada, com entablamento assente sobre colunas toscanas, e cornija com gárgulas em forma de canhoeiro. O espaço do alpendre é coberto por telhado inspirado nos torreões renascentistas, que com certeza deu a designação a casa. A varanda assenta sobre três mísulas, descarregando uma delas sobre uma coluna. A porta da casa é encimada por cornija, sendo ladeada por dois painéis de azulejos, um representando São Marçal, o outro representando um cavaleiro. As janelas da casa têm moldura de cantaria, em Ançã, sem decoração. No interior, a sala nobre possui janelas conversadeiras.

Os símbolos heráldicos de uma freguesia são os símbolos que identificam e caracterizam a realidade social da freguesia. Em 1936, já Afonso Duarte idealizava a heráldica da “sua” Ereira: “O arado e a vela latina são o nosso Brasão”. O poeta, natural desta povoação, fundamentou os elementos do “seu” brasão, tendo em atenção a vivência social desta comunidade, onde a sua gente “vive meio ano à rede e ao anzol, meio ano a lavoirar”.

Após algum tempo de luta por “símbolo”, eis que, a 28 de Setembro de 2009, a Associação dos Arqueólogos Portugueses emite o parecer da Ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo da Freguesia da Ereira:

“Brasão: escudo de azul, faixa ondada de prata entre barco de ouro vestido de vela latina de prata, em chefe e arado de ouro com lâminas de prata, em campanha.Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “EREIRA – MONTEMOR-O-VELHO”.

Bandeira: amarela. Cordão e borlas de ouro e azul. Haste e lança de ouro.

Sêlo: nos termos da Lei, com a legenda: “Junta de Freguesia de Ereira – Montemor-o-Velho”.

A Cache


Este projecto tem como objectivo dar a conhecer mais um pouco da ilha Ereira assim como alguns dos seus lugares, aproveitem o passeio e apreciem as paisagens que Ereira tem para vos dar.

O projecto é constituido por oito geocaches mais uma bónus, sendo:

#1 - E.G.P - Wellcome to Ereira
#2 - E.G.P - Wellcome to Ereira
#3 - E.G.P - G.D.E
#4 - E.G.P - Uma Paragem para Disfrutar
#5 - E.G.P - Ereira Merece!
#6 - E.G.P - Breve Passagem
#7 - E.G.P - Alminhas
#8 - E.G.P - Vai um Passeio?!
#9 - E.G.P - Bónus Cache

Em algumas GeoCaches deste projecto encontra-se um número que será necessário para construir a coordenada da Bónus Cache.

!Muito Obrigado pela sua Visita!

Com o conhecimento do Presidente da Junta de Freguesia da Ereira, Sr. Vasco Martins, a quem nós agradecemos pela sua disponibilidade e amabilidade.

Nota: Tenham cuidado com alguns dos containers, ao serem retirados pedimos que o façam com cuidado por estes serem frágeis e que os deixem como estavam, pedimos ainda que sejam discretos na sua procura (muggles), a longevidade da cache depende de si!


Não serão aceites logs de "Tour..." sem que identifiquem os restantes membros do grupo, fotos ou logs que exponham o container serão apagados, deixem a surpresa para os restantes.

Tirem fotos as paisagens!!!

Esperemos que gostem, boas caçadas! laugh

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Additional Hints (Decrypt)

Ngeáf.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)