A anilhagem de aves com objectivos científicos iniciou-se em 1889 na Dinamarca, quando H. D. Mortensen libertou estorninhos portadores de anilhas metálicas numeradas, onde se encontrava gravado o seu endereço. Desde essa época pioneira, a anilhagem transformou-se rapidamente numa técnica de investigação normalizada, utilizada em todo o mundo. Actualmente é usada uma grande variedade de tamanhos e tipos de anilhas para marcar diferentes espécies, de acordo com o diâmetro e estrutura das patas e com os habitats que as aves frequentam durante o seu ciclo de vida.
Podem ainda utilizar-se anilhas especiais e outros tipos de marca para identificação das aves à distância, sem que seja necessário capturá-las de novo.
Muitas aves são anilhadas no ninho enquanto juvenis não-voadores, sendo porém necessário utilizar diversos tipos de redes ou armadilhas para capturar a maior parte das aves adultas. Contudo, e independentemente do método de captura usado, é fundamental que os anilhadores garantam a segurança das aves que anilham. As aves muito pequenas são quase sempre capturadas em redes japonesas muito finas, sendo essencial uma selecção cuidadosa da dimensão da malha e do tipo de material utilizado na confecção da rede, a fim de reduzir o risco de danificar as penas das aves. As aves maiores, como por exemplo os patos, são geralmente capturadas em armadilhas "encaminhadoras" walk-in traps, que não colocam problemas de segurança importantes.
Após serem retiradas das redes ou das armadilhas, as aves são geralmente colocadas em sacos macios de algodão ou em caixas especiais, onde permanecem sossegadas e secas até serem anilhadas e libertadas.
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