Domino a infiltração que me perturba, (...)
há fuga de água, há ar a mais, é preciso calafetar (...)
Tento consertar os canos (...)
Não há canalizador que me valha,
estão todos ocupados com serviços importantes, urgentes até
e eu que me arranje, (...)
canos apodrecidos pelo tempo
onde sempre correu água turva (...)
Que chatice ! Que é que eu vou fazer,
quem é que me vem consertar o raio do cano?
Está roto e não há quem o remende,
quem o troque por outro asseptico
e novo para durar uma eternidade
como se os canos não se gastassem (...)
Extrato de um poema de António Ferra