“Barro Branco” é hoje sinônimo da “Academia de Polícia Militar”, instalada desde a década de 1940, na região onde outrora houve um grande sítio de mesmo nome.
A história dessa afamada escola militar remonta aos anos 1910, tendo sido instalada anteriormente em outras regiões da cidade e também batizada com outros nomes, até a adoção do nome atual na década de 1970.
Desde o ano de 1985, a Academia dedica-se exclusivamente à formação de Oficiais, sendo que os que ali se formam obtém a patente de 2º Tenente.
Para alcançar a patente de Coronel, que é o posto máximo da hierarquia da Polícia Militar, o oficial deverá ainda passar pelas patentes de 1º Tenente, Capitão, Major e Tenente-Coronel, sendo promovido gradativamente mediante realização de estudos complementares, cursos de Mestrado e Doutorado, além de outros exames.
Porém, antes de ser a casa da “Academia do Barro Branco”, a região do Barro Branco já era um ponto importante para a cidade de São Paulo, tendo servido de área de pouso para os tropeiros paulistas, antes de cruzarem a “Serra da Cantareira”, quando rumavam em direção ao sertão das Minas Gerais.
No local onde está escondido o cache, encontram-se hoje as ruínas de uma capela dedicada a São Sebastião, construída por volta de 1872, na então “Chácara dos Padres”, antiga propriedade dos Jesuítas.
A última missa ocorreu nesse local em 1950, quando a edificação da capela já encontrava-se em ruínas, e o abandono total persistiu por décadas, até que os moradores da região se mobilizaram pela sua preservação.
Tentou-se salvar o lugar por meio de pedidos ao “Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado” em 1992 e novamente em 2001, porém, em ambas as vezes, o órgão alegou que não havia interesse do estado na preservação da capela.
O “Departamento de Patrimônio Histórico da Prefeitura” estudava o tombamento da capela desde 1985, e finalmente, em 23 agosto de 2001, o “Diário Oficial do Município” publicou a decisão de abrir processo de tombamento da capela.
A ironia reside no fato de que essa decisão serviu para quase nada: a capela havia sido demolida ilegalmente poucos dias antes, em 15 de julho de 2001...
Segundo o órgão municipal, os estudos sobre o tombamento haviam sido concluídos no final do ano 2000, mas com a mudança de prefeito e a demora na indicação dos novos conselheiros do órgão, o andamento processo de tombamento ficou emperrado.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_de_Polícia_Militar_do_Barro_Branco
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,capela-e-tombada-depois-de-demolida,20010824p20498