Nasceu em Casével a 24 de Novembro de 1883, terra onde aprendeu as suas primeiras letras, mas veio cedo para Lisboa onde iria trabalhar como empregado num estabelecimento de um tio seu. Mais tarde, torna-se caixeiro-viajante, tendo nessa altura evidenciado a sua rebeldia ao fundar um jornal para a defesa dos empregados do comercio em Angra do Heroísmo, cidade onde também impulsionou o Núcleo da Juventude Anarco-Sindicalista.
Em 1903, em Estremoz, fez uma intensa propaganda republicana e daí começou a colaborar nos jornais de classe da capital, sendo considerado sempre um homem de fé e dedicação sem limites.
Mediante um pequeno capital, emprestado por mão amiga, fundou uma pequena empresa de livraria com Aquilino Ribeiro - A Social Editora - onde foram editados alguns folhetos contra o regime, empresa essa que sucumbiria levando consigo as suas poupanças.
Republicano radical, mas não extremista, sabe-se que era franco-mação (ao contrário de Manuel Buíça de qual não se tinha a certeza), tornando-se conhecido pelo seu forte carácter na loja maçónica a que pertencia
Em 31 de Janeiro de 1908 (na véspera do regicídio) era morador da Rua dos Douradores, nº 20, 2.º andar, em Lisboa. Solteiro e sem filhos, as sua ocupação era dividida entre empregado do comércio, colaborador de jornais e administrador do semanário O Caixeiro.
Na madrugada seguinte, Alfredo Costa reúne-se com Manuel Buíça e outros carbonários na Quinta do Xexé, nos Olivais, onde planeiam o atentado. Pelas 16h do mesmo dia, Alfredo Costa, Fabrício de Lemos e Ximenes, assumem posições debaixo da arcada do Ministério do Reino no Terreiro do Paço, enquanto Manuel Buiça, Domingos Riveiro e José Maria Nunes se posicionam perto da estátua de D. José.
Os seis aguardam a chegada do monarca, misturados com a população que espera o desembarque da família real, acompanhando atentamente a atracagem do navio a vapor, D. Luís, onde seguia a mesma.
Sensivelmente às cinco horas e vinte minutos, Alfredo Costa, depois de Manuel Buíça ter começado a disparar sobre o landau régio, cai sobre a carruagem que passava na sua frente e disfere dois tiros nas costas do Rei. Este estava já morto: a primeira bala do Buíça penetrara-lhe na nuca, a segunda, visando o príncipe, atingira-o no ombro fazendo-o tombar para a direita. A rainha, já de pé, fustiga-o com a única arma de que dispunha: um ramo de flores, gritando “Infames! Infames!” Alfredo Costa volta-se para o príncipe D. Luís Filipe, que se levanta e saca do revólver do bolso do sobretudo, mas é atingido no peito. A bala, de pequeno calibre, não penetra o esterno e o Príncipe desfecha quatro tiros rápidos sobre o atacante, que tomba da carruagem. O Tenente Figueira, a cavalo, volta-se para acometer os regicidas e fere Alfredo Costa a golpes de sabre nas costas e na face.
A Polícia Municipal perante a acometida do Tenente Figueira, ressarciu-se também e rompeu a disparar a torto e a direito sobre os vultos que se lhe afigurou fazerem parte da conjura, dois agentes, quando Alfredo Costa cambaleava, lançaram-lhe a mão, e arrastam-no preso para a Câmara Municipal. À entrada desta é abatido por um tiro que lhe perfura o pulmão e lhe tira a vida.
A Cache:
Esta cache serve para encontrar, ficcionalmente claro, uma das balas disparadas pelo regicida Alfredo Costa, assim como faz referência a toda a vida deste homem natural de Casével. Pede-se MÁXIMA DISCRIÇÃO na procura da dita, para que esta dure por muito tempo.
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