Neste PT irei falar um pouco sobre a historia do Ocreza , consiste em 7 caches e uma Bónus, é um percurso com cerca de 9 km, com subidas e descidas e algumas pedras, não aconselho a realizar este PT de carro devido a partes do estradão com muitas pedras, faz-se bem de BTT, a pé, Jeep ou Moto4, aconselho também, no inverno a terem um pouco de cuidado devido a lama!
O rio Ocreza nasce na vertente Sul da Serra da Gardunha, a Oeste de Castelo Novo, corre para Sul até à freguesia de Caféde, (concelho de Castelo Branco), toma a direcção Sudoeste e desagua na margem direita do rio Tejo, cerca de 2,5 Km a Sudoeste de Gardete (concelho de Vila Velha de Ródão) e cerca de 1,5 Km a Nordeste de S. José das Matas (Concelho de Mação).
A área da bacia hidrográfica do Ocreza insere-se, na sua maioria, na região da Beira Interior Sul e no distrito de Castelo Branco. O rio nasce exactamente no limite dos concelhos do Fundão e de Castelo Branco (carta de Portugal 1:25 000), desenvolve a maior parte do seu curso na área deste último, faz a fronteira entre os concelhos de Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão e, na parte terminal do seu curso, faz a delimitação do concelho de Mação (distrito de Santarém) com o concelho de Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco).
Com um curso de cerca de 80 Km, nasce a cerca de 1160 m de altitude e desagua a 25 m.. Recebe na sua margem direita, as ribeiras de Ramalhoso, Tripeiro, Vale do Grou, Gaviãozinho, Alvito, Fróia, Peral e Pracana, na sua margem esquerda, a ribeira da Líria, entre outras. No rio Ocreza existem as barragens de Salles Viana a cerca de 800m de altitude, a de Santa Águeda (Marateca) com a cota máxima de 385 m e a da Pracana com 114 m.
A fauna existente no percurso deste rio é no geral a mesma que nas restantes áreas da Beira e do país (coelho, lebre, perdiz, saca rabos, gato bravo, texugo, gineta, javali, pardal, pintassilgo, melro, corvo, garça, rouxinol, poupa pintassilgo, patos, mergulhões, algumas rapinas e muitas cegonhas brancas).
A vegetação ribeirinha funciona muitas vezes como corredor ecológico, permitindo a existência de um continuum naturale entre os diversos habitats naturais, bem como a circulação das espécies faunísticas. O mosaico de formações vegetais envolventes ao rio Ocreza inscrevem uma elevada diversidade que resulta da combinação de muitos factores, entre eles, os climáticos, geológicos, pedológicos, topográficos e históricos relacionados com a acção do Homem. Assim, a vegetação que se desenvolve ao longo do rio Ocreza e nas suas encostas adjacentes é característica do andar bioclimático meso-mediterrânico inferior sub-húmido superior, ao qual corresponde um determinado bosque climácico, neste caso, um sobreiral ou um carvalhal-negral. No entanto, este bosques em bom estado de conservação são escassos.
Os granitos, xistos e grauvaques e quartzitos são os principais substratos litológicos que explicam a diversidade de habitats ripícolas e esclerófilos presentes ao longo do rio Ocreza. As áreas mais declivosas e mais recortadas do ponto de vista orográfico encontram-se em substratos de quartzitos, xistos e grauvaques, principalmente desde o troço médio até à foz. A rede hidrográfica é bastante ramificada, ressaltando a elevada meandrização dos cursos de água, num conjunto de vales, geralmente muito encaixados.
Nas áreas em que o rio Ocreza atravessa o substrato granítico predominam os carvalhais de carvalho-negral (Quercus pyrenaica). É também neste substrato que se desenvolvem as principais galerias de amial e um freixial singular em toda a bacia hidrográfica do rio Ocreza, em que o freixo (Fraxinus angustifolia) forma galeria com o carvalho-negral.
As diferentes formações ripícolas arbóreas e arbustivas que alternam ao longo do rio Ocreza constituem habitats naturais de interesse comunitário, presentes na Directiva 92/43/CE também conhecida por Directiva Habitats.
Os amiais (dominados pelo amieiro, Alnus glutinosa) têm enquadramento no Anexo B-I da referida Directiva, no habitat 91EO Florestas de Alnus glutinosa e pertencem à associação Scropulario scorodoniae-Alnetum gultinosae Br.-Bl, P. Silva & Rozeira 1956. Constituem os bosques ripícolas caducifólios dos cursos de água permanente e não suportam um período de secura estival superior a 2 ou 3 meses, requerendo solos com elevada humidade edáfica. Quando não se reúnem as condições ecológicas necessárias ao desenvolvimento dos amiais, as margens do rio Ocreza dão lugar a outras formações ripícolas menos exigentes em humidade como freixiais e salgueirais.
Por sua vez, os freixiais da associação meso e termomediterrânica Ficario ranunculoidis-Fraxinetum angustifoliae Rivas-Martínez & Costa in Rivas-Martínez, Costa, Castroviejo & Valdés Bermejo 1980, constituem uma das formações ripícolas mais comuns ao longo do rio Ocreza. Incluem-se no habitat 91B0 Freixiais termófilos de Fraxinus angustifolia, têm preferência por solos siliciosos e adaptam-se a um curto período de secura estival.
No troço norte do rio Ocreza, em substrato granítico desenvolve-se um freixial com características bastante peculiares, tendo em conta o conjunto das comunidades ripícolas do rio Ocreza. É um freixial que constitui um bosque misto de carvalho-negral e freixo e que se desenvolve em solos profundos com elevada humidade edáfica. Estes bosques mistos de carvalho-negral e freixo são climácicos no andar supramediterrânico, contudo podem atingir o andar mesomediterrânico em condições edafohigrófilas. Pertence à associação Fraxino angustifoliae-Quercetum pyrenaicae Rivas-Martínez 1964 corr. & em. Rivas-Martínez, Fernández-González & A. Molina, distribuindo-se de forma muito residual no vale do rio Ocreza.
As comunidades ripícolas contactam frequentemente com a vegetação das vertentes que, nos granitos, se caracteriza principalmente pelos carvalhais de Quercus pyrenaica e os seus matos subseriais (giestais e urzais).
Os carvalhais de Quercus pyrenaica incluem-se no habitat 9230 Carvalhais galaico-portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica. Estes carvalhais pertencem à associação Arbuto unedonis-Quercetum pyrenaicae Rivas-Martínez, 1987 e são exigentes em humidade, requerendo geralmente uma precipitação superior a 1000 mm/ano.
É possível observar que os carvalhais de Quercus pyrenaica estão confinados às vertentes declivosas e às áreas de afloramentos rochosos graníticos em que é difícil a ocupação agrícola e/ou florestal. Alternam frequentemente em mosaico com giestais em que abundam endemismos Ibéricos com o Cytisus multiflorus e Cytisus striatus.
As orlas destes carvalhais têm especial interesse não só pela sua beleza singular, diversidade floristica, mas também porque nelas se desenvolvem algumas espécies endémicas Ibéricas e com estatuto de protecção. Algumas dessas espécies, de floração primaveril, são o Ornitogalum pyrenaicum, o Asphodelus aestivus, o Asphodelus albus , a Urginia maritima, o Hyacinthoides hispanica (jacinto-dos-campos), a Scilla monophyllos , o Arum italicum (jarro, a Iris lusitanica (o lírio-amarelo tem estatuto de vulnerável e está incluído no Anexo B-V), o Narcissus triandrus subsp. pallidus (este narciso é endemismo Ibérico e está incluído no Anexo B-IV) e o Ruscus aculeatus (a gilbardeira tem estatuto vulnerável e está incluída no Anexo B-V). É de salientar que as espécies incluídas no Anexo B-IV da Directiva 92/43/CE, são espécies de interesse comunitário que exigem uma protecção rigorosa e as que estão incluídas no Anexo B-V são espécies de interesse comunitário cuja colheita pode ser objecto de medidas de gestão).
Lenda da “Ribeira da Ocreza”
Um senhor veio a Castelo Branco fazer compras mas não tinha transporte e veio a pé. Mas ao regressar fez-se de noite e ao passar uma ponte, que é a ponte que atravessa a ribeira da Ocreza, onde tinham dito que morreu lá um soldado.
O homenzinho ía a pensar nessa situação e ficou com receio de atravessar a ponte. De repente avistou lá um senhor, e ficou arrepiado. Ainda pensou em voltar para trás mas era muito longe, e decidiu atravessar a ponte.
Ao aproximar-se do homem que estava em cima da ponte, notou que estava muito desfigurado e disse: “boa noite”. O soldado disse: “quem vai, vai, quem está, está, aqui não de saúdam pessoas que já desapareceram a vários anos”.
O homem arrepiou-se todo mas seguiu caminho. Uns passos mais adiante, olhou para trás e já não viu ninguém.
Cache
Para chegarem esta cache tem de resolverem as seguintes perguntas.
Onde nasce o rio Ocreza ?
A- Castelo Branco N 39° 34.994 W 007° 49.444
B- Coimbra N 39° 34.166 W 007° 48.762
C- Serra da Gardunha N 39° 34.896 W 007° 49.193