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Xisto arte Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   large (large)

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Geocache Description:


Xisto arte

Xisto é a designação genérica para vários tipos de rochas metamórficas, isto é, que sofreram alterações na sua composição e estrutura após serem consolidadas. Tendo como características a divisão em lâminas ou folhas, o seu grão muito fino e a fácil esfoliação, o xisto, em Portugal, predomina em regiões.

O xisto é extremamente utilizado como revestimento. Através da sua versatilidade e beleza ímpares (seja em cores, tamanhos ou texturas), os revestimentos em xisto caracterizam-se por serem polidos, brilhantes e muito sofisticados. De resto, graças à sua própria natureza, permitem um trabalho mais facilitado e um corte através de uma divisão paralela.

XISTOS ARGILOSOS

 

Os xistos argilosos são rochas essencialmente argilosas, por vezes silto-argilosas, compactas, que, por compressão, adquiriram fissilidade (1) e xistosidade (2) bem marcadas. Correspondem aos shales dos autores anglo-saxónicos. São, no geral, rochas paleozóicas e pré-câmbricas representadas, entre nós, no Maciço Antigo. Contêm, quase sempre, quartzo na fracção silte, mais abundante nos xistos de granularidade mais grosseira e mais reduzida nos de granularidade mais fina.

 

Equivalente ao xisto argiloso, o termo popular piçarra (3) não é utilizado no nosso vocabulário geológico-geográfico, tendo como expressão espanhola o termo pizarra, este, sim, também em uso na terminologia científica no país vizinho. Os espanhóis distinguem as pizarras dos esquistos, nome este que dão às rochas metamórficas com xistosidade, no sentido estrutural do termo, correspondentes aos schists dos autores de língua inglesa. Os nossos irmãos brasileiros resolveram a ambiguidade do termo xisto (que reservam para as rochas metamórficas) criando o termo folhelho para o nosso xisto argiloso. Nós resolvemos esta questão, chamando xistos argilosos às rochas que ainda mantêm características dos pelitos de que derivaram (por diagénese ou por metamorfismo de muitíssimo baixo grau) e xistos luzentes ou filádios às que exibem grau de metamorfismo mais acentuado, próprio da epizona (4).

 

No que se refere ao território nacional, todos os xistos argilosos, desde os do Complexo Xisto-Grauváquico (Pré-câmbrico e Câmbrico) aos mais modernos do Culm da Zona Sul-Portuguesa (Devónico superior e Carbónico) e do Westefaliano da Bacia Dúrico-Beirã, são já, na realidade, rochas metamórficas, ainda que, como se disse, de muitíssimo baixo grau (anquimetanorfismo), em consequência da orogenia hercínica que os afectou há cerca de três centenas de milhões de anos. Com efeito, quaisquer destes xistos sofreram, no mínimo, pressões e temperaturas, por definição, superiores às do domínio da diagénese, como o indicam os seus minerais argilosos (ilite, clorite) transformados de outros anteriores do domínio sedimentar. À semelhança dos grauvaques, com os quais estão associados em sequências do tipo fliche, também os xistos argilosos são considerados rochas metassedimentares. Nestas sequências há passagem gradual dos xistos aos grauvaques e vice-versa. A diferença entre eles é essencialmente textural; os xistos são pelíticos e os grauvaques são areníticos. Tal afinidade é evidente em termos das respectivas composições químicas, muito semelhantes entre si.

 

Os xistos argilosos, de tonalidades variadas, entre negras, cinzentas, esbranquiçadas, avermelhadas, esverdeadas, arroxeadas (conhecido por xisto borra de vinho), amareladas e acastanhadas, têm sido utilizados, sobretudo no passado, em construções simples, paredes e muros, em lajedos na cobertura de casas, como no Piódão e, mais raramente em cantaria (com um belo exemplo na Igreja de Monsaraz, no Alentejo).

 

 

O avanço das tecnologias de construção foi relegando estes materiais, substituindo-os pela telha, pelo tijolo e pelo betão. Porém, está-se hoje a assistir a um novo virar de atenção para estes materiais, na sequência de uma outra atitude, mais cultural, por parte dos projectistas.

 

Com origem nestes xistos, existe um material destinado à construção civil, comercializado sob o nome de leca, obtido por transformações deste tipo de rocha num produto expandido, tornado vesicular por efeito de calor intenso, constituindo corpos esferoidais do tamanho de bagos de uva, de grande leveza e resistência, usado como inerte nas argamassas.

 

A lousa ou ardósia de que temos jazidas bem conhecidas no Ordovícico de Valongo, Arouca e Foz Coa, pode considerar-se como um tipo particular de xisto argiloso. Lousa ou loisa é, entre nós, um termo antigo, oriundo do latim lausia.

 

 

 

Os romanos chamavam-lhe lapides lausiae que significa pedra de lousa. O termo ardósia é mais tardio, tendo-nos chegado, vindo do francês ardoise. De cor geralmente negra, azulada, esverdeada ou arroxeada, de brilho acetinado, e ta pedra abre-se em lâminas muito finas e planas, fissilidade que a torna particularmente usada na feitura de placas destinadas a lajeamento e à cobertura de casas em substituição das telhas. A minha geração ainda escreveu as primeiras letras na “pedra” ou ardósia, um rectângulo de lousa com moldura em madeira, na qual se escrevia com um “lápis” da mesma rocha. Recorde-se que o termo latino lápis significa pedra.

 

O uso desta rocha sofreu quebra com a introdução de outros materiais sintéticos. É o caso dos tradicionais quadros de ardósia da sala de aula, nas escolas, ou dos tampos das bancadas dos laboratórios, hoje substituídos por materiais produzidos artificialmente. Presentemente, em Canelas, nas proximidades de Arouca, a exploração da lousa tem permitido encontrar magníficos exemplares de trilobites, de uma população de formas gigantes (até 1 m de comprimento) muito particular desta zona e deste nível estratigráfico (Lanvirniano, andar do Ordovícico, com 480 milhões de anos).

 

 

No final do século passado e início do século XX, no retorno dos navios que nos traziam a da hulha de Inglaterra, Portugal exportava quantidades apreciáveis de lousa para a cobertura dos telhados. A designação, então corrente, de “soletos”, dada a essas placas com funções de telhas deve ser entendida como uma corruptela do termo inglês slate, que quer dizer ardósia.

 

 

(1) - Fissilidade – Aptidão de uma rocha para se deixar fender em folhas delgadas, segundo planos paralelos.

 

(2) - Xistosidade – Estrutura planar penetrativa adquirida pelas rochas argilosas sob o efeito de uma compressão tectónica não necessariamente coincidente com o plano de estratificação. O mesmo que clivagem xistosa ou xistenta.

 

(3) - Piçarra - O topónimo Piçarras, no Baixo Alentejo, na região de Castro Verde, alude a este significado desta palavra como sinónimo de xisto argiloso. Note-se, contudo, que em certas regiões do país, piçarra é terra areenta com pedras.

 

(4) - Epizona – É a mais elevada das três zonas da crosta afectadas por metamorfismo regional (epizona, mesozona e catazona), com pressões e temperaturas mais baixas.

 

 

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Additional Hints (Decrypt)

Aãb é cerpvfb sbeçne cnen b ybtobbx rapbagene

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)