Gruta do Pico da Cruz EarthCache

Cavidades Vulcânicas

As cavidades vulcânicas, não sendo fenómenos geológicos muito comuns, encontram-se em locais do globo onde o magma ascende à superfície, como por exemplo nos Açores, Canárias, Islândia, Itália, Estados Unidos, Japão, Quénia e Coreia.
O arquipélago dos Açores, dada a sua natureza vulcânica e a presença de escoadas lávicas basálticas, apresenta um diversificado património espeleológico.
Podem considerar-se dois tipos principais de cavidades vulcânicas: as grutas ou tubos lávicos e os algares vulcânicos.
Os tubos lávicos resultam do arrefecimento das zonas da escoada lávica em contacto com o ar e as formações envolventes (laterais e em profundidade), formando-se uma crosta mais ou menos endurecida, debaixo da qual continua a escorrer lava ainda quente e fluida. Posteriormente, devido a uma diminuição nas emissões a partir da boca eruptiva, há um abaixamento do nível de lava no interior do tubo, com a formação de um vazio sob a crosta superficial já solidificada. Quando a erupção vulcânica termina, fica formada a gruta ou tubo lávico, podendo, mais tarde, ocorrer abatimentos do tecto, com a formação de skylights ou clarabóias. Com o decorrer do tempo ocorre, ainda, a colonização dos campos lávicos por plantas, em especial junto às aberturas da gruta.

Esquema geral da formação dos tubos lávicos

Os algares vulcânicos são, na sua maioria, antigas condutas ou chaminés vulcânicas, mais ou menos verticais, que se esvaziaram na sequência do aparecimento de uma nova boca eruptiva, a cota mais baixa, ou da diminuição nas emissões a partir de profundidade, originando uma drenagem lateral e/ou em profundidade do magma e o esvaziamento parcial das condutas de alimentação do vulcão. No final da erupção, com o arrefecimento e solidificação das condutas, podem ocorrer colapsos das paredes do algar, com incremento das suas dimensões e formação de depósitos de gravidade (e.g. derrocadas) no chão do algar. À semelhança dos tubos lávicos, é frequente a colonização por plantas da abertura do algar e das escoadas lávicas recentes.

A Gruta do Pico da Cruz está localizada na Freguesia do Pico da Pedra, no Concelho da Ribeira Grande, encontrando-se a sua entrada a cerca de 270m de altitude em relação ao nível médio das águas do mar. A cavidade apresenta uma orientação preferencial E-W e diz respeito a um túnel lávico que se ramifica em dois sectores, ambos interrompidos no final por cones de dejecção. Ocupa uma área estimada de 306,40m2 e tem um desnível máximo em relação à cota de entrada de +17,00m. O seu desenvolvimento total é de 141,00m.

Para efectuares o log nesta Earthcache tens de responder às seguintes questões:

1 – Durante o percurso pela gruta,

A) Encontras estalactites lávicas? Se sim qual a sua cor;

B) Encontras balcões ou bancadas? Se sim, diz se a corrente lávica era ascendente ou descente

2 –A gruta possui dois cones de dejecção, classifica o material que os compõe, sendo o da direita designado por D e o da esquerda por E;

3 – Na galeria que te dá acesso ao cone de dejecção da esquerda, classifica a rocha que é composto o chão quanto à sua textura, granulometria e a sua porosidade.

Envia as tuas respostas para o email disponível no meu perfil.

ATENÇÃO, levar capacete, lanterna e luvas.