Skip to content

A casa do guarda - Porto Espinho Traditional Geocache

Hidden : 6/21/2015
Difficulty:
3 out of 5
Terrain:
4 out of 5

Size: Size:   small (small)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


A casa do guarda - Porto de Espinho



O Local

A Serra da Lousã, acidente orográfico mais elevado do estremo Sudoeste da Cordilheira Central, faz parte do Sistema Montanhoso Luso-Castelhano, sendo uma ramificação da Serra da Estrela. Ao longo de toda a Serra da Lousã e por todo o país foram construídas algumas instalações militares que atualmente se encontram abandonadas. As referidas casas foram habitadas por guardas florestais, com as respectivas famílias, durante uma dezena de anos. Os guardas tinham por missão fiscalizar as áreas de baldio que haviam sido florestadas. Na EN-236 que liga Lousã - Castanheira de Pera ou vice versa, o visitante pode encontrar vários exemplares de antigas casas de guarda florestal, esta a 970m de altitude, com alguns anexos, infraestrutura que atualmente pertence ao estado e á identidade camarária, portanto pública.




As casas florestais parecem ter sido esquecidas pelo tempo.

As existentes, encontram-se votadas ao total abandono, reflexo do que acontece no resto do país.
Estas casas eram, e são ainda hoje de uma construção interessante e dada a sua localização, deveria ser pensado um aproveitamento para elas, isto, antes de as deixar ao total abandono e à vontade voraz de inúmeros energúmenos que existem por todo o lado apenas para destruir. A maioria destas, encontram-se vandalizadas, sem janelas, portas nem telhado. Algumas até foram queimadas. Felizmente, existem algumas que foram restauradas para diversos fins, principalmente, para o turismo, só que são muito poucas e até ao momento não existe nenhuma no concelho.

Acrescentando ainda que esta é uma das poucas casas existentes na Serra da Lousã que ainda se pode encontrar em boas condições de construção, com uma área em redor ainda considerável. A casa "fronteiriça", nome assim designado pela localização geográfica entre dois distritos, Coimbra e Leiria, além da tranquilidade ainda poderás encontrar uma fonte com uma mina bem interessante e um tanque mesmo no inicio do ponto de acesso à casa.


Espécies Autóctones

Portugal terá sido em tempos remotos quase totalmente coberto por vegetação florestal, dominada por espécies do género Quercus, tal como a fig. 1 o poderá representar. Os povos que viveram na região que se encontra delimitada pelas fronteiras actuais de Portugal, anteriormente à constituição da nossa nacionalidade, terão contribuído grandemente para que reste apenas poucos vestígios dessa vegetação original, em locais mais recônditos.
Tal como na história de muitos outros países, o facto da floresta ser de tal maneira dominante não permitia que houvesse área suficiente para satisfazer as exigências alimentares locais. A forma como o Homem nesses tempos encarava a floresta não deixava espaço para contemplações, sendo o objectivo instalar as culturas agrícolas, os pastos e afastar os perigos da floresta, não deixando de aproveitar os seus recursos, à medida que a ia abatendo.

Ao longo da evolução dos povos as necessidades em produtos florestais e agrícolas foram também aumentando, o mesmo acontecendo na nação portuguesa, onde após a sua constituição, e ao longo dos séculos de ocupação, a área arborizada foi diminuindo a pouco e pouco.

Entre nós, a situação agravou-se com o empenhamento do país na navegação marítima, à qual corresponderam grandes e crescentes exigências em material lenhoso para a construção naval.

Desde cedo alguns dos nossos monarcas tomaram consciência de alguns dos problemas ligados à floresta e à sua exploração, e começaram-se a tomar medidas para a defesa e ampliação da floresta nacional. O Rei D. Diniz é, no entanto, o mais famoso de entre os nossos monarcas, nas medidas tomadas para com a floresta.

A D. Diniz é impropriamente atribuído o mérito de ter criado o Pinhal de Leiria. Na altura o pinhal já existiria, mas seria composto apenas por Pinheiro-manso, e D. Diniz terá tomado medidas para ampliar este pinhal, tendo tal acção sido realizada com a implementação de Pinheiro-bravo. Para tal o Pinheiro-bravo foi importado de França, pois na altura praticamente já não existiria no país (apesar de ser uma espécie espontânea, como determinadas provas arqueológicas o demonstram).

No entanto, outras medidas importantes para a floresta foram tomadas, também na 1ª Dinastia, sob a regência de outros Soberanos. Destaca-se a criação do lugar de Monteiro-mor, que tinha como função defender os “Montes”.


Inicialmente, o Monteiro-mor dedicava-se essencialmente à defesa das Coutadas Reais e da sua fauna cinegética, que tinha ainda de manter abundante e diversificada, para satisfazer os membros da Corte durante as caçadas. Isto permitiu que muitas espécies de fauna subsistissem no país até aos dias de hoje ou pelo menos até ao fim das delimitações e proibições das Coutadas, para além de ter permitido a manutenção da arborização, em grande parte, dessas zonas.
A criação do Monteiro-mor deu origem a uma nova profissão, que mais tarde, com a evolução académica, se transformou no Engenheiro Silvicultor (engenheiro do cultivo silvestre) e que nas últimas duas décadas passou a ser denominado por Engenheiro Florestal.

A cinegética, as sementeiras de pinhais e defesa das matas contra roubos e fogos, passaram a ser problemas dos Monarcas da 1ª Dinastia, sendo remetido para os Monteiro-mor a gestão de tais problemas.

Quando se chega ao reinado de D. João V a desarborização do país é a mais acentuada de sempre, com a expansão das culturas de cereal e das vinhas, quando as necessidades em madeira não são sentidas devido à importação de material lenhoso do Brasil, quando os fogos se acentuam para a promoção de pastagens ou para obtenção de carvão para a indústria. A situação da floresta portuguesa vive o seu pior período com este monarca e, apesar de lhe ser atribuída a criação do pinhal dos Medos (a Mata dos Medos), só no reinado seguinte foram tomadas medidas concretas para se inverter esta situação.




É sob a governação do Marquês de Pombal, que também possuía o alto critério para este sector de interesses públicos, que se tomam medidas para inverter a calamitosa situação. Em 1751, o Pinhal de Leiria é transferido do Conselho Real para a Inspecção de Marinha e criam-se os postos de Guarda-mor e de Superintendente. A partir daqui os responsáveis pela indústria naval, os principais afectados pela falta de madeira, ocupam-se da gestão dos recursos florestais. A exploração da madeira e as preocupações para com os povoamentos de árvores passaram a ser o principal objecto de actuação de quem ocupa os novos cargos criados. Houve a subdivisão de funções, ficando os Monteiros-mor remetidos às funções referentes aos cuidados para com a fauna cinegética, nas Coutadas Reais.

Mais tarde, na altura da Rainha D. Maria I, torna-se imperioso acabar com o poder e abusos que permitiam tais cargos de “Oficiais” da floresta, que nem sequer formação definida tinham. Em 1783 o cargo de Guarda-mor é extinto, prevalecendo o de Superintendente, mas oito anos mais tarde todos os postos de Oficiais e subordinados (Guardas menores, Couteiros) são extintos, ficando à responsabilidade do Corregedor de Leiria, agora Juiz Conservador dos pinhais da região, a criação de novos cargos. De facto, desde os tempos do Monteiro-mor que estes Oficiais pertenciam ao grupo das pessoas com mais poder no país, podendo matar quem pretendesse utilizar, sem autorização, os recursos silvestres nas zonas defendidas pelos Soberanos.

Pouco depois, José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido no Brasil, formado em Direito e Filosofia pela Universidade de Coimbra e especializado em História Natural e Metalurgia, vai intervir no sector florestal, dando origem à figura do florestal dos tempos modernos. Após a sua especialização no estrangeiro durante 10 anos, principalmente na Alemanha, regressa a Portugal, em 1800, para ocupar os cargos de Professor de Metalurgia na Universidade de Coimbra e de Intendente Geral das Minas e Metais. Apesar dos seus cargos iniciais, os conhecimentos florestais adquiridos, devido ao facto de ter acompanhado as lições do Conde de Burgsdorff, Monteiro-mor de Brandeburgo, acabaram por torná-lo no primeiro técnico florestal diplomado a trabalhar em Portugal. Com Andrada e Silva a intervenção na floresta passará a ser fundamentada e apoiada em medidas técnicas e científicas.

Em 1803 ocupa o cargo de Administrador das Ferrarias, sendo-lhe atribuídas tarefas de Silvicultura, essenciais ao funcionamento dos estabelecimentos industriais de Ferrarias. Na mesma ocasião é criado o cargo de Guarda-mor dos Bosques e Matos, que Andrada e Silva ocupa, e que deveria, a partir daí, ser sempre ocupado por pessoa zelosa na actividade e com conhecimentos na matéria. É encarregue da “plantação de pinhais nas parais do mar”, e em 1805 iniciam-se os primeiros trabalhos de fixação de dunas, com a implementação de tais pinhais de protecção, que visavam impedir o avanço das areias sobre as terras agrícolas. Estes trabalhos foram coordenados pelo Cabo de Guardas do Pinhal de Leiria, sob orientação de Andrada e Silva.

Andrada e Silva publica, entretanto, o primeiro livro português de Silvicultura, denominado “Memória sobre a necessidade e utilidade do plantio de novos bosques em Portugal”. O livro descreve uma floresta portuguesa destroçada, e em acelerado retrocesso, apesar das muitas Ordenações e Regimentos para a realização de sementeiras e plantações, e para a defesa e conservação da floresta e seus usos. Pelos seus escritos, Portugal nesta altura nem teria 10% do território arborizado, proporção que também ocorreria no território francês. Os alertas para a situação do sector e para as importâncias das florestas começam, então, a generalizar-se noutras memórias, elaboradas por outros autores. Em 1819, Andrada e Silva, acaba por regressar ao Brasil, onde abraça uma afamada carreira política.

Por esta altura acaba por haver a extinção das Coutadas e, com esta medida, a extinção do cargo de Monteiro-mor e seus subordinados. Em 1824 surge um novo regulamento para a denominada Administração Geral das Matas, que se mantém na dependência da Repartição da Marinha, mas que fica com as Matas da Real Coroa a seu cargo. Principalmente devido ao contributo reconhecido de Andrada e Silva, previa-se que o cargo de Administrador Geral deveria ser sempre ocupado por pessoa que possuísse estudos em Ciências Naturais e conhecimentos práticos de bosques e arvoredos. Este regulamento passa a exigir preparação cientifica e técnica para ocupação do cargo, apesar de ainda não corresponder à necessidade de existência de um Ensino Superior Florestal diferenciado em Portugal.

Sem Andrada e Silva, o Governo convida o engenheiro alemão Frederico Luis Guilherme Varnhagen a ser o primeiro Administrador Geral.Em 1836, Varnhagen publica o “Manual de instruções práticas sobre sementeira, cultura e corte de pinheiros, e conservação da madeira dos mesmos; indicando-se os methodos mais proprios para o clima de Portugal”, que representa uma competente e notável obra de Silvicultura, e clarifica um pouco a situação catastrófica da floresta portuguesa da altura. Tal como Andrada e Silva, Varnhagen referiu que a área arborizada deveria no seu todo ocupar apenas 10% do território do país, mas estaria presente de forma muito dispersa em cerca de 15% da área nacional.

O livro de Varnhagen junta-se a outra grande contribuição para o progresso da Silvicultura portuguesa. Em 1828, Félix de Avelar Brotero, professor de Botânica e Agricultura na Universidade de Coimbra, publicara a sua “História Natural dos Pinheiros, Larices e Abetos”, divulgando importantes conhecimentos científicos e técnicos e reclamando por uma Administração Geral, idêntica à de outros países, com Regulamentos adequados às províncias nacionais e munida de Administradores e técnicos entendidos na matéria.

A cache



Esta cache é composta por 1 único ponto físico de obrigatória passagem.

• O container pode colocar à prova a destreza física do visitante, encontrando-se ainda assim acessível. Este contem logbook, stashnote, material de escrita e itens para troca e ainda um brinde para o FTF.
Preservem o container mas acima de tudo preservem a natureza e o espaço.

• Deixem tudo como encontraram ou então um pouco melhor.

• Não se preocupem só em fazer a cache, apreciem o local e tirem fotos para mais tarde poderem colocar no log sem comprometer o local onde esta escondido o contentor.

• Alguma questão anormal, deixem a vossa write ou enviem mensagem ☆

Flag Counter

Additional Hints (Decrypt)

Cbe rager b sbtneéh aãb gr qrovdhrf, cebphen-zr rager gnovdhrf .....:::::Fcbvyre:::::.....

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)