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Sempre morei em Alto de pinheiros e o metro próximo de casa era o da Vila Madalena. Um orelhão verde que ficava numa das curvas de uma descida tortuosa. Nesse orelhão havia um graffiti: um burro ou cachorro? Nunca tivemos certeza. Passamos a infância toda debatendo. Cada vez que cruzávamos com aqueles rabiscos a controvérsia renascia: cachorro, burro... e o tempo das viagens de carro de 10 minutos que as crianças julgam longo voava. Os celulares roubaram o lugar do orelhão que se foi, e com ele o burro, A rua segue sendo a do orelhão do burro e cada vez que a cruzo retomo por um instante a leveza do imaginário infantil.
Se você tiver a foto do tal orelhão envie para mim, sinto falta dele e nunca tirei uma foto =(
I lived my entire childhood in Alto de Pinheiros, being Vila Madalena the closest metro station. A public telephone, shaped in a gigantic ear format (orelhão) was placed in a steep curve of this hilly region. On the otter face, a graffiti. Donkey or a dog? We have never figure it out. The debate lasted our whole childhood. Every time we saw those sketches the controversies reemerge, donkey? dog? our travel time between metro and home shrinked, the 10 minutes, a considerable amount of time for kids was no longer a problem with such important matters to care.
Nowadays mobile phones arrived and they stolen the market share from public phones, the orelhão is now gone, and with it, the donkey. We keep refering to the street after the grafitti, the street of the donkey in the public phone (rua do orelhão do burro) , and everytime we drive thru we feel some nostalgy of our childhood memories.