RIBEIRA DE TERGES
A ribeira de Terges, que banha a aldeia de Albernoa,nasce a Noroeste de Castro Verde à cota 210 e termina no rio Guadiana à cota 35. Desenvolve-se ao longo de 75 km descendo para a confluência com a ribeira de Cobres, formando a ribeira de Terges-e-Cobres que desagua no Guadiana, um pouco a montante do Pulo-do-Lobo (geossítio). Corre temporariamente (geralmente de dezembro a finais de maio) possuindo ocasionalmente leito de enchente do tipo torrente aluvial.
A ribeira é muito rica em fauna e flora servindo de suporte biológico a várias
espécies animais, incluindo os peixes e anfíbios que nela habitam.
Os barbos, bogas e pardelhas são abundantes nas suas águas, encontrando-se igualmente alguns exóticos introduzidos como a perca-sol e o achigã.
Quanto à flora, predominantemente mediterrânica, é constituída por arbustos
como o loendro, a murta, o carrasco,o tamariz ou o zambujeiro bravo. As árvores são predominantemente sobreiros e azinheiras, e um ou outro eucalipto ornamental.
A fauna envolvente é imensa.
Mamíferos:
javali, gineta, sacarrabos,
raposa, texugo, ouriço-cacheiro, coelho, lebre;
Anfíbios:
salamandra-de-costelas-salientes, sapo-de-unha-negra, rã-comum,
tritão-pigmeu, sapo-parteiro-ibérico, rã-de-focinho-pontiagudo.
Répteis:
cobra-de-escada, cobra-de-ferradura, cobra-cega, lagartixa-do-mato,
lagarto-ocelado ou sardão; cobra-de-água-viperina.
A avifauna é de imenso valor e enquadra-se na definida para a ZPE de Castro Verde.
A ZPE de Castro Verde integra uma zona nuclear ‘campo branco’, região de peneplanície vocacionada para a agricultura e pecuária extensiva, cujo habitat predominante são áreas agrícolas extensivas. Aqui ocorrem montados de azinho, charnecas dominadas por estevais e olivais tradicionais. É a mais importante área, em Portugal, para a conservação de aves estepárias, com
destaque para a abetarda e para o peneireiro-das-torres. Outras aves que aqui ocorrem em razoável densidade são o rolieiro, o sisão, o cortiçol-de-barriga-preta, a calhandra-real , o alcaravão e o tartaranhão-caçador.
Ocorrem com especial incidência nesta zona a tarambola-dourada , o abibe, a petinha--dos–prados, o milhafre-real, o tartaranhão-cinzento e o esmerilhão.
São ocorrências regulares o abutre-preto, o grifo, a águia-real, a águia-imperial-
-ibérica e águia de Bonelli.
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