Gandra é um nome comum em Portugal. Vem do nome Gandara que significa terreno estéril, ou pouco produtivo; terreno despovoado mas coberto de plantas agrestes. Em termos de área, Gandra é a quarta maior freguesia do concelho. Dos tempos em que Gandra era apenas uma pequena povoação, ficaram imemoriais tradições. Com todo o seu carácter marcado pela ruralidade, o povo tentava encontrar a alegria das suas vidas no seio dos trabalhos agrícolas. Era aí que davam largas ao seu espírito, conseguiam a libertação e tudo era transformado em festa. O linho, o milho e a vinha, cujos trabalhos eram apesar de tudo violentos e duros, constituíram durante séculos um dos grandes prazeres deste povo. Daí saíram ricas danças e cantares que muito enriqueceram o acervo etnográfico de Portugal. Gandra tem sido alvo de um desenvolvimento indiscutivelmente urbano, a que não é alheia a Cooperativa do Ensino Superior Politécnico Universitário, principal aglutinador de crescimento da freguesia. As construções horizontais, hoje dispersas por todo o lado, são também justificáveis pela proximidade a um dos nós da A4, tornando Gandra numa localização atractiva e extremamente aprazível para habitar. A transformação que a freguesia tem vindo a sofrer foi reconhecida com a sua passagem a vila, em 20 de Junho de 1997.
Área Geográfica: 12,06 km²
População: 5804 Habitantes
Actividades económicas: Indústria de mobiliário
Festas e Romarias: Nossa Senhora da Conceição , Santo Amaro , São Miguel, São Sebastião.
Património: Capela de São Sebastião, Capela de São Mateus, Cruzeiro e Igreja Matriz.
Colectividades: Aliança de Gandra Futebol Clube , Associação Cultural e Recreativa de Vilarinho de Cima , Associação para o Progresso de Gandra, Centro Cultural e Recreativo de Vilarinho de Baixo, Conferência de São Vicente de Paulo, Grupo Desportivo da Igreja, Rancho Folclórico de Gandra
Orago: S. Miguel
Escuto: Campo de Prata
Coroa Mural: De prata de cinco torres.*.
Sistel: Branco, com a legenda a negro: "GANDRA-PAREDES".
Bandeira: Gironada de vermelho e branco. Cordão e borlas de pratas e vermelho. Haste e lança de ouro.
*por elevação a cidade, pela lei 74/2003 de 26 de Agosto, publicada em Diário da República, I série A, nº 196, de 26 de Agosto de 2003.
Roda Dentada: Representa a indústria e o progresso por Gandra.
Milheiros: Representam o sector primário como o preponderante na economia local ao longo de décadas e que muito contribuiu para o desenvolvimento económico de Gandra.
Burelas Ondadas: Representam os vários cursos de água que irrigam os terrenos da cidade, tornando-os bastante férteis, assim como a sua localização, pois Gandra está situada na margem esquerda do Rio Ferreira, afluente da margem direita do Rio Sousa.
Lendas e tradições
A criação da freguesia ocorreu em tempos muito remotos. Durante o início da época medieval, pertenceu à Terra de Sousa, que englobava uma área situada entre os vales do rio Tâmega e Ferreira. Nas Inquirições de 1220, toda esta zona de implantação nobiliárquica, dominada pelos Sousas, aparece dividida em dois territórios: o Termo de Ferreira e o Termo de Aguiar. A prova da precoce fundação de Gandra como Freguesia está no facto de ser citada, já, em documentos do século XII. No "Catálogo dos Bispos do Porto", temos a notícia de que a igreja da Gandra foi fundada por D. Mafalda. A mesma que edificou a de Abragão, em Penafiel, a Ponte de Canaveses, e deixou renda para a barca de passagem gratuita no Douro. Durante a Idade Moderna, Gandra pertenceu ao Concelho de Aguiar de Sousa, e em 1837, com a extinção deste, passou para o de Paredes. Gandra viveu momento alto da sua história aquando das lutas entre liberais e absolutistas, nos anos 30 do século XIX. Tornada conhecida como a Batalha de Ponte Ferreira, decorreu entre Gandra e Campo em 22 de Julho de 1832. Em termos patrimoniais, merece destaque a Igreja Matriz, com torre sineira adossada. No interior, salienta-se o tecto da igreja, adornado com figuras bíblicas, e a talha dourada do retábulo do altar-mor.
source: Junta Freguesia de Gandra