Michael Corleone, o terceiro filho de Vito Corleone. Desde cedo resistiu a envolver-se nos negócios “pouco limpos” da sua família. O pai desejava que seguisse a vida política, era sempre bom ter um infiltrado no lugar certo para “limpar a casa” no final das operações familiares. Contrariando o pai, Michael alista-se na Marinha Americana, no decorrer da II Guerra Mundial recebendo várias condecorações por bravura que o elevaram à categoria de herói nacional. “Todo o poder do mundo não pode alterar o destino” e Michael acabou sendo arrastado para o submundo de que a sua família fazia parte, cometendo o seu primeiro crime, um duplo homicídio que tirou de circulação dois dos inimigos do pai, Virgil “O Turco” Sollozzo e o Capitão McCluskey. Assim, Michael foi o brigado a fugir dos Estados Unidos e exilar-se na bela Sicília. Na Sicília comprou uma belíssima e vasta quinta onde viveu vários anos de calmaria dedicando-se, quase em exclusivo, à viticultura. Michael era feliz longe dos negócios da família, mas o pai adoeceu e o seu sucessor, Vito Corleone foi assassinado, forçando Michel a regressar para junto da família. Michael assume a posição de Don, o chefão da família, tornou-se extremamente frio e calculista. Pois sabia que para voltar para a vida que amava na Sicília tinha de erradicar por completo os inimigos da familia. Conseguiu eliminar todos os Dons, das famílias rivais, bem como traidores e ameaças: Don Barzini, Philip Tattaglia, Moe Greene, Stracci, Cuneo, Sal Tessio e Carlo Rizzi. Assim Michael consolida o seu poder e a supremacia da família Corleone. Aos 59 anos assina um acordo com o Vaticanos, como último passo para legalizar os negócios da sua família e poder viver o resto dos seus dias na sua amada quinta.
Dedica-se por inteiro ao negócio dos vinhos de elevada qualidade, trabalhando com três castas de excelência. Mas como o seu pai sempre lhe ensinou: “em tudo na vida devemos ser os melhores”. Então e resolveu manipular as suas três castas de forma a obter uma única casta exclusiva, que lhe proporcionasse vinhos exclusivos e de grandiosa qualidade. No entanto, não viveu para ver o resultado da sua obra pois morreu em 1997 e a sua casta só atingiu o apogeu em 2012.
Desta casta particular saíram dois vinhos de produção muito limitada. Sendo detentores de um aroma seco e complexo, mas não menos rico. A prova excede as expectativas criadas pelo aroma. De cor dourada, que vai do topázio claro ao âmbar, e aroma floral exótico, com toques de mel, tâmaras e laranja. O tipo de vinhos que não é para os fracos de espirito.
É a Michel Corleone que consagramos esta safra especial de 2015. Dedicando-lhe este vinho, que não podia ter outro nome senão “A Grande Casta – Reserva Especial 2012”. Assim nos curvamos perante o padrinho. Assim homenageamos a nossa grande “famiglia”