A Cal e sua transformação na Ilha Terceira, teve um período alto nos séculos XIX e XX, altura onde era utilizar para diversos fins, principalmente no que à construção cívil diz respeito.
Era usado na preparação de massas mas, sobretudo para pintar como casas (caiar como era comum dizer-se), este processo da utilização da cal para cair como casas, passava por várias fases até estar em condições para ser empregue. Este método sofreu uma evolução e transformação ao longo dos tempos com a introdução do cunho pessoal dos profissionais de então os chamados caiadores, que utilizavam algumas fórmulas de preparação da cal que eram mantidas em segredo.
As fórmulas mais adequadas aos dias de hoje, consistia em juntar água deixando-a ferver, adicionando depois sebo, ou sabão azul e branco e o chamado azul diluído que servia para colocar a cal mais branca ou mais azul, estas foram algumas das variáveis utilizadas mas outras mais elaboradas certamente existiriam.
Os pincéis de então eram confeccionados por feno (Festuca Patrea) apanhado nas rochas basálticas. Posteriormente era amarrado a um cabo de madeira cortado e batido na extremidade até as pontas ficarem finas e prontas para a sua utilização.
Desta feita, existiam então os chamados fornos de transformação de cal, como é o caso deste situado na Silveira onde se pode ainda vislumbrar os seus vestígios.
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