Famosa estrada do não menos famoso Agroal…
Uma vez que sou desta zona e, passando por aqui quase todos os dias da semana, não poderia deixar de esconder uns tesourinhos por aqui.
Porquê este local especifico?
A ideia é simples…procurar esconder uma cache com alguma pedagogia à mistura, sendo o tema “segurança rodoviária”.
Estas três curvas consecutivas têm já um historial acumulado de despistes, uns menos graves, outros com consequências mais graves; sendo as mais perigosas as primeiras que se encontram. Ou seja, a primeira no sentido Tomar-Agroal, a descer, ou a primeira no sentido Agroal-Tomar, a subir.
Eu próprio já fui lá surpreendido por uma pirueta ou duas, felizmente sem consequências.
Existem diversos fatores que podem explicar o porquê destas saídas de estrada ou despistes, sejam eles velocidade excessiva, distração, pneus em mau estado, falha mecânica, etc… Mas, estes por si só, podem causar acidentes em locais aleatórios. Chegamos então a este local especifico… quando analisamos a configuração da via, percebemos o fator que conjugado com os acima referidos, transforma uma viagem tranquila numa dança perigosa. Constatamos que a inclinação da superfície das curvas é para o lado de fora, o lado para onde a força centrífuga “puxa”, e deveria ser para o interior para contrariar este efeito; e também, que o próprio pavimento não oferece aderência adequada por ser muito liso. Posto isto, basta as primeiras gotas de chuva e temos patinagem artística.
Com vista a evitar o maior número de surpresas desagradáveis possível, deixo umas quantas orientações e dicas retiradas de sites de escolas de condução e fabricantes de pneus.
Boa condução para todos.
Antes da curva…
Para controlar uma curva com as condições máximas de aderência, motricidade e segurança, recomenda-se vivamente antecipar e travar antes da curva.
Na curva…
Evitar de travar na curva porque a transferênciade carga desloca-se para a parte dianteira do veículo, o que leva a uma diminuição na aderência do eixo traseiro, aumentando o risco de derrapagem.
À saída da curva…
À saída da curva, basta acelerares quando as rodas dianteiras estiverem direitas. Para que o poder de aceleração seja proporcional ao ângulo do volante, é necessário acelerar de forma progressiva à saída da curva.
Como Evitar a Derrapagem
“As derrapagens iniciam-se com os movimentos bruscos da direção, dos travões e das acelerações do motor. Este perigo agrava-se quando a velocidade for exagerada. Se todas as ações da condução forem suaves, o perigo de derrapar é mínimo.”
“Sempre que em circunstâncias especiais reduzam excessivamente a aderência dos pneus ao pavimento, a condução exige algumas precauções especiais para evitar a derrapagens, entre as quais se recomenda que o condutor:
- Movimente o volante da direcção com maior suavidade possível.
- Não acelere nem desacelere com brusquidão.
- Quando pretender parar o veículo, em vez de fazer uma travagem forte e contínua, faça uma série de pequenas e suaves travagens para evitar o bloqueio das rodas (actualmente os veículos estão equipados com ABS que evita este perigoso efeito).
- Utilize velocidades de menor andamento, de modo a reduzir ao mínimo o uso dos travões.
Depois de reduzir de velocidade na caixa de velocidades, não solte o pedal da embraiagem repentinamente”
“Como Corrigir a Derrapagem
Não existem soluções infalíveis que permitam corrigir o efeito produzido por uma derrapagem, mas os condutores com mais experiência concordam que, por vezes é possível conseguir a sua neutralização se, nesse momento, forem cumpridas algumas regras, nomeadamente:
- Deixar de travar (embora exista sempre tendência para fazê-lo).
- Não desembraiar (para que o motor prenda as rodas).
- Rodar o volante para o mesmo lado que desliza a retaguarda do veículo.
- Logo que o veículo comece a normalizar a sua trajectória, rodar o volante suavemente no sentido oposto para evitar uma segunda derrapagem em sentido contrário.”