O topónimo Sá parece ter tem origem germânica. Designava uma habitação especial, reservada a servos na Idade Média pré-nacional.
Já se encontram referências à paróquia de Sá antes do século XIII. Um amplo terreiro com carvalhas e oliveiras, muito velhas, uma casa de milagres e um cruzeiro de 1613 abonam da antiguidade da devoção. O seu povoamento é muito remoto, o que se revela não só na sua rica toponímia, antiga e moderna, e na existência de um castro num dos seus cumes eminentes, mas também na vizinhança com a povoação que herdou a tradição do Foro Limicorum, a velha Ponte, ainda proeminente - embora decaída -, no século XIII, como cabeça do julgado medieval ou terra em que Sá se incluía. Em 1620, D. Afonso III cedeu a sua meia de padroado nesta igreja à Sé de Tui (da qual, por certo, já era a outra metade), recebendo em troca, metade da da Areosa (cerca do Átrio ou Viana do Castelo), ou ermida de Sanfins, que o bispo de Tui trazia honrada, talvez indevidamente.
O pároco da freguesia em 1758, na sua memória, escreve o seguinte a respeito de antiguidades locais: 'Há sim tradição antiga que nesta freguesia de Santa Maria de Sá, no lugar de Louredo, esteve antigamente situada a cidade antiga de Britónia, que foi destruída e arrasada pelo bárbaro Almansor; e desta verdade dão testemunho alguns sinais, porque dizem os lavradores que todas as vezes que neste sítio (que consta hoje de vinhas) cavam alto, aparecem muitos e vários tijolos de vários termos, sinais que indicam o referido; e se estendia esta cidade pela grande parte da freguesia de Bertiandos, contígua e imediata a esta, donde se presume tomara o nome.'
Ali consta também que 'no dito lugar de Louredo estivera o mosteiro máximo de frades beneditinos.'
Perto fica a Casa de Sá, um casarão do último quartel do século XVIII, sem notas especiais - três pisos e capela num dos extremos da frontaria -, que foi o solar dos Araújos e Azevedos e lugar de nascimento do conde da Barca (ministro de D. João VI). No portal brasonado começa uma longa alameda, que vai até à moradia.
Do alto de Santo Ovídio observam-se lindas paisagens. Ali o santo tem afluência devota no dia do Espírito Santo, quando lhe levam, como promessa, telhas roubadas.
Merece atenção especial nesta freguesia a Quinta da Carcoveira.
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