PEIXE-VOADOR
Exocoetus volitans (L.), conhecido popularmente como peixe-voador, coió1 , cajaleó, cajaléu, holandês, pirabebe, santo-antônio, voador-cascudo, voador-de-pedra e voador-de-fundo, é um peixe teleósteo beloniforme da família dos exocoetídeos, geralmente pelágico, de distribuição circuntropical, muito capturado em várias regiões.
A espécie chega a medir até 25 centímetros de comprimento, de corpo alongado, dorso azul-acinzentado, flancos prateados e ventre claro, nadadeiras pélvicas muito curtas, peitorais extremamente desenvolvidas e caudal furcada com lobo inferior maior. As desenvolvidas nadadeiras peitorais lhe permitem dar pequenos voos rentes à superfície da água, para fugir de seus predadores
Esses curiosos animais compreendem cerca de 40 espécies de peixes carnívoros e herbívoros da família Exocoetidae, encontrados apenas em mares de águas mornas. Todos eles têm o corpo fino e crescem pouco, atingindo no máximo 45 centímetros. Ao contrário do que se possa imaginar, esses bichos não voam como as aves, batendo asas para cima e para baixo. O que eles fazem, na verdade, é ganhar impulso para dar grandes saltos. Depois, abrem suas barbatanas para planar, ficando no ar por até 15 segundos. No vôo, o mais comum é que as espécies cubram uma distância de, no máximo, 180 metros. Mas em saltos múltiplos os tipos recordistas conseguem planar por 400 metros. Em geral, os peixes utilizam esse recurso para fugir de seus predadores, principalmente tubarões, atuns e golfinhos. O Brasil não tem os tipos tradicionais de peixes-voadores, mas as águas amazônicas abrigam uma espécie parecida: é o peixe-machadinha, que faz vôos bem mais curtos, de 1,50 metro de distância.
|