Esta foi a primeira geocache da zona da Cabeça Gorda, freguesia de Beja, criada pelo Kortez em 1 de Abril de 2011 com o código GC2R22Z. Faz parte de um conjunto de geocaches que darão a conhecer a flora na zona da Cabeça Gorda.
A oliveira (Olea europaea L.) é uma árvore que pertence à família Oleaceae. É uma árvore baixa, de tronco retorcido, porte médio, muito resistente, com raízes que atingem os 6 metros, sendo conhecidas cerca de 400 espécies. Tem crescimento lento e normalmente só entra em produção a partir do quinto ano. É nativa da parte oriental do Mar Mediterrâneo.
A transformação e melhoria das características da oliveira foi conseguida pelo Homem, ao longo dos tempos, até se obter a árvore a que chamamos hoje a oliveira cultivada.
Qualquer trabalho com a oliveira é feito com cuidado e dedicação. A limpeza é feita de três em três anos, por peritos, homens sabedores do ofício, pois assim se garante a quantidade do fruto nos próximos anos.
São geralmente estrumadas de três em três anos ou adubadas de dois em dois. Porém, se no mesmo terreno é feita qualquer outra cultura, a oliveira é estrumada todos os anos. A lavoura é feita não muito funda para não ofender as raízes.
Do seu fruto, a azeitona, o Homem, no final do período neolítico, aprendeu a extrair o azeite. Este óleo era utilizado como unguento, combustível ou na alimentação.
Por todas estas utilidades, a oliveira tornou-se uma árvore venerada por diversos povos.
Uma breve nota sobre a longevidade das oliveiras: estima-se que algumas das oliveiras que existem no mundo possam ter mais de 2000 de idade.
ORIGEM
Na Grécia antiga já se falava das oliveiras: conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, a deusa Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia.
Do outro lado do Mediterrâneo, os italianos contam que Rómulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma, viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.
O facto concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados em Itália e no Norte de África, em pinturas nas rochas das montanhas do Sahara Central, com idade de seis mil a sete mil anos.
Múmias da XX Dinastia do Egipto (entre o quinto e o segundo milénio a.C.) foram encontradas vestidas com mortalhas trançadas de oliveira. Em Creta, registos foram encontrados em relevos e relíquias da época minóica (2.500 a.C.).
Os exemplares mais antigos que se conhecem na Europa (e possivelmente no mundo) encontram-se em Portugal: uma oliveira no Algarve, perto da cidade de Tavira, tem mais de 2000 anos e julga-se que foram os fenícios que a terão trazido da Mesopotâmia. As outras, vindas do Alqueva, remontam a 300 anos a.C.
A oliveira, dada a sua rusticidade, encontra-se muitas vezes em terrenos onde nenhuma outra planta resistiria. Mas quando a oliveira é tratada como uma verdadeira cultura as produções aumentam em quantidade e qualidade.
Em média, uma oliveira dá 20 Kg de azeitonas, sendo necessárias cerca de 5 a 6 Kg para produzir 1 L de azeite.
O maior olival do mundo é o da empresa Sovena, produtora de azeite do grupo português Mello. São 9.700 hectares com a recente aquisição de 5200 hectares do grupo espanhol SOS. A sede do grupo é em Ferreira do Alentejo (perto de Beja, no Baixo Alentejo).
A maior parte dos seus olivais são de produção intensiva, com 200 a 300 oliveiras por hectare.
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