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IGREJA DE NOSSA SENHORA AO PÉ DA CRUZ Traditional Geocache

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bigone1967: Esta cache vai ser ARQUIVADA devido ao excesso de LIXO no GZ, pensando eu que mais tarde ou mais cedo poderiam fazer algum tipo de limpeza isso não aconteceu, sendo que o GZ só poderia ser nestas coordenadas visto a Igreja ao pé da Cruz ser ainda longe, onde existe um GZ de outra cache próximo. Obrigado a todos pelas vossas visitas.
SAUDAÇÕES GEOALENTEJANAS.

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Hidden : 2/16/2015
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


IGREJA DE NOSSA SENHORA AO PÉ DA CRUZ

 

A igreja de Nossa Senhora ao Pé da Cruz, um tesouro da Beja barroca

No século XIII fundou-se em Beja uma célebre confraria de cavaleiros, a mais antiga de Beja, que unia as actividades religiosas às de assistência mútua. Dos respectivos estatutos fazia parte, entre várias obrigações, a de que se um cavaleiro perdesse o cavalo – que constituía o seu bem mais precioso e o garante do seu estatuto social –, os demais confrades se cotizariam para lhe comprar outro.                            

A tradição afirma que a esta confraria sucedeu, no século XV, a Irmandade de Nossa Senhora ao Pé da Cruz, cuja primitiva ermida, já existente em 1499, ocupa o sítio da actual igreja, no limite entre dois bairros populares extra-muros, as Alcaçarias e os Pelames. Esta era uma zona famosa devido à fertilidade das suas hortas, para onde convergiam as águas conduzidas pelos esgotos da época romana. Aqui habitaram diversas famílias judias, ligadas ao comércio e aos ofícios. Aliás, mais tarde, nos séculos XVI e XVII, muitos cristãos-novos vieram a ser membros da Irmandade, o que levou a que o Santo Ofício a vigiasse de perto.                                                                                 

O crescimento da Irmandade de Nossa Senhora ao Pé da Cruz tornou a igreja medieval exígua e levou a que, em meados do século XVII, se decidisse proceder à construção de um novo edifício. A obra seguiu os ditames do “estilo chão”, sendo caracterizada pelas linhas austeras.                                                                                              

Quem a vê por fora tem dificuldade em adivinhar os tesouros que esconde no interior. Entrar no edifício, porém, é um deslumbramento para o olhar. De acordo com o gosto teatral do Barroco, a talha dourada, a escultura, a azulejaria de padrão, a marcenaria e os ferros forjados dão corpo a uma “obra de arte total” em que colaboraram alguns dos melhores mestres portugueses.

 

Um ciclo de telas realizado em 1665-67 pelo pintor Francisco Nunes Varela, responsável pelos cárceres da Inquisição em Évora, fecha o conjunto, numa afirmação clara de fidelidade à ortodoxia da Contra-Reforma. Em fase ulterior procedeu-se ao revestimento pictórico da Sala do Consistório – onde se efectuavam as reuniões dos irmãos –, em que avulta o tecto de “arquitectura”, em perspectiva, com medalhões que representam a padroeira da igreja, o encontro de Cristo com a Samaritana e a Ressurreição de Lázaro. Esta notável obra, de inícios do reinado de D. José I, revela a importância da pintura mural em terras do Alentejo.                                                      

A Irmandade de Nossa Senhora ao Pé da Cruz conservou a sua importância religiosa e social durante o século XIX. Os dois últimos reis de Portugal, D. Carlos e D. Manuel II, foram juízes honorários da confraria, que passou a ostentar o título de Real Irmandade. Com o advento do século XX, porém, esta instituição entrou em decadência, vindo a apagar-se depois dos anos cinquenta. O seu desaparecimento levou ao progressivo abandono da igreja. As obras realizadas pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, na década de 1960, não tiveram continuidade.

 

Praticamente fechada ao público há anos, sem ter quem pudesse vigiá-la, conservá-la e dá-la a conhecer, apesar da classificação como Imóvel de Interesse Público, a igreja transitou rapidamente do esquecimento para a ruína. Aos problemas de segurança veio juntar-se o colapso do tecto pintado da Sala do Consistório, que não resistiu às últimas chuvadas e começou a cair, obrigando a uma intervenção de emergência. Tinha-se já perdido, entretanto, parte deste conjunto pictórico.                                

A Associação Portas do Território, formada pela Câmara Municipal e pela Diocese de Beja, conseguiu aprovar, no âmbito do programa de regeneração urbana da cidade, candidatado ao QREN, um projecto global de restauro e valorização do imóvel, cujas obras irão avançar nos próximos meses.

 

Este projecto visa estabelecer um itinerário que permita dar a conhecer aos visitantes dois grandes santuários marianos da época barroca em Beja: a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, sita em pleno centro da cidade, cuja irmandade manteve uma saudável competição, do ponto de vista devocional e artístico, com a de Nossa Senhora ao Pé da Cruz, erguida num ponto mais afastado. Porém, mais do que rivais, os dois lugares de culto são complementares: no Pé da Cruz evoca-se o mistério da Paixão de Cristo; nos Prazeres, o mistério da Ressurreição. O conhecimento de ambos proporciona uma experiência única de descoberta dos valores estéticos do Barroco português.

 

 

Additional Hints (Decrypt)

Qronvkb qnf qvgnf...!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)