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MPT#16 Espécies De Animais Selvagens Traditional Geocache

Hidden : 2/13/2015
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Neste PT irei falar um pouco sobre algumas espécies de animais selvagens da zona, consiste em 28 caches , é um percurso com cerca de 6km, com subidas e descidas e algumas pedras, não aconselho a realizar este PT de carro devido a partes do estradão com muitas pedras, faz-se bem de BTT, a pé, Jeep ou Moto4, aconselho também, no inverno a terem um pouco de cuidado devido a lama


Saca-rabos

Nome comum: Saca-rabos

 

Nome científico: Herpestes ichneumon

 

 

 

 

 

 

Provavelmente introduzido na Península Ibérica pelos árabes, o Sacarrabos é um carnívoro diurno de médio porte, comum na metade sul do País. É conhecido pela sua capacidade de capturar cobras e pela sua forma peculiar de deslocação em grupo.

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS

 

O Saca-rabos, Herpestes ichneumon, é um carnívoro de médio porte castanho-acinzentado que, juntamente com a Gineta, representam a família Viverridae no nosso país. Os viverrídeos são animais que, embora possam parecer felídeos, se encontram genéticamente mais próximos das hienas. A maioria das espécies possui glândulas que segregam substâncias de odor fétido. Também conhecido por mangusto, manguço ou escalavardo, tem um corpo alongado e de aspecto fusiforme, o focinho é pontiagudo, as patas são curtas e a cauda vai-se afunilando até à sua extremidade onde se encontra um pincel de pelos mais escuros. Tem uma altura no garrote de aproximadamente 20 cm, pesa cerca de 8 Kg, e tem um comprimento total de cerca de 90 cm, podendo a cauda chegar aos 50 cm. Na cabeça distinguem-se umas orelhas curtas e arredondadas e uns olhos côr de âmbar que têm a particularidade de exibir uma pupila horizontal, caso quase único entre mamíferos e que revela hábitos diurnos. O pêlo é cinzento-acastanhado escuro com as pontas negras. Não existe um dimorfismo sexual evidente entre machos e fêmeas embora os primeiros sejam um pouco maiores.

 

 

 

 

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA

 

Esta espécie, que se pensa que tenha sido introduzida na Península Ibérica pelos árabes, tem origem etiópica e está presente na maior parte do continente africano e na Ásia Menor. Foi também recentemente introduzida numa ilha jugoslava. Na Península Ibérica está distribuida principalmente a SW. No nosso país é relativamente abundante no sul e o a norte já chega pelo menos à Serra da Estrela. Depois de um período em que deve ter sofrido uma regressão na primeira metade do século XX (a 'campanha do trigo' que devastou muito matagal mediterrânico), a espécie parece estar agora em alguma expansão provavelmente devido a 3 factores: o abandono de terras agrícolas e o ressurgimento de alguns matagais; a quase ausência dos seus predadores como o Lince-ibérico; por ter actividade principalmente diurna não compete directamente com outros predadores pelos mesmos recursos.

 

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO

 

Não ameaçada. É uma espécie cinegética de caça menor (Lei da Caça: D-L nº 251/92 de 12 de Novembro) que pode ser caçada a salto (entre Out-Dez) ou de batida (entre Jan-Fev). Pode ainda ser abatido no controlo de predadores (artigos 94-97 da Lei da Caça, cap. XI).

 

 

HABITAT

 

É um típico habitante dos matagais mediterrânicos, com subcoberto bastante denso (o seu focinho pontiagudo facilita-lhe a deslocação neste tipo de habitat) e, em geral, nas proximidades de linhas de água. Em Portugal, o saca-rabos habita preferencialmente as zonas de florestas, como montados, pinhais e eucaliptais, sempre com mato rasteiro. Contudo também se podem avistar em terrenos cultivados e terrenos agrícolas.

Geralmente como toca utiliza luras abandonadas de coelhos que alarga com as fortes garras que possui nos cinco dedos. Os saca-rabos vivem em pequenos grupos familiares ou aos pares, mas por vezes são também avistados isoladamente. São diurnos, ao contrário das ginetas, descansando durante o dia em tocas escavadas por eles ou aproveitadas de outros animais. As lutas entre mangustos (o saca-rabos é um mangusto) e cobras são lendárias, e em muitos países eram utilizados como animais de estimação, que eliminavam as serpentes que se introduziam nas casas.

 

 

 

 

 

 

 

ALIMENTAÇÃO

 

O sacarrabos tem reflexos bastante rápidos o que lhe permite capturar ofídeos (cobras), inclusivé as espécies venenosas. No entanto, as suas principais presas são os pequenos mamíferos, nomeadamente os roedores e, sempre que disponíveis, também os lagomorfos (coelhos e lebres). Por ter hábitos diurnos, os répteis são também uma parte importante do seu espectro alimentar que inclui ainda insectos, anfibios, aves e matéria vegetal com valor energético. Como muitos outros animais, os saca-rabos são oportunistas, e se encontram uma fonte de alimento alternativa à disposição, como ovos, insectos, ou mesmo crustáceos e peixes, não a desperdiçam. Também aproveitam animais mortos na estrada, sendo por vezes eles próprios vítimas de atropelamento.

 

 

REPRODUÇÃO

 

A época do cio é bastante variável, pouco conhecida e provávelmente ocorre ao longo de todo o ano. No Sul da Península Ibérica registaram-se partos em Fevereiro, e entre Maio e Setembro. A gestação dura entre 72 e 88 dias. Têm apenas uma ninhada por ano, composta por 2 a 4 crias, as quais pesam cerca de 70 g, e apresentam pelagem por todo o corpo excepto no abdómen; apenas abrem os olhos 7 dias após o nascimento. As crias ficam com a mãe até ao nascimento da ninhada seguinte, chegando a formar grupos de 7-9 indivíduos. Permanecem com a progenitora cerca de um ano, período este em que também o macho participa nos cuidados parentais. Com 3 meses acompanham a fêmea na caça. Atingem a maturidade sexual no segundo ano de vida. Os machos são poligâmicos podendo fecundar várias fêmeas.

 

 

 

 

 

 

 

FACTORES DE REGRESSÃO

 

A regressão do saca-rabos está associada, em grande parte, à destruição do seu habitat. Também a caça ilegal de que é alvo (veneno, armadilhas, etc.) contribui para a redução do número destes animais. A mixomatose pode ser outra causa do declínio desta espécie, ao provocar uma drástica diminuição de uma das suas presas favoritas, o coelho.

 

MOVIMENTOS

 

As áreas vitais do sacarrabos variam entre 0,5 e 5 Km2. A defesa efectiva dos territórios restringe-se ao espaço em redor dos seus abrigos.

 

 

CURIOSIDADES

 

As crias seguem a mãe em fila-indiana, cada uma com o focinho por baixo da cauda da que a precede, daí o nome sacarrabos (esta maneira peculiar de se deslocarem até levou ao equívoco de lhes chamarem cobra peluda). Também quando caçam em grupo, os sacarrabos apresentam a particularidade de rodearem a presa deixando-lhe poucas hipóteses de escapar.

 

 

LOCAIS FAVORÁVEIS DE OBSERVAÇÃO

 

O facto de ter hábitos diurnos e de ser relativamente abundante no sul do país torna a sua observação mais fácil que a dos outros carnívoros já apresentados (lince, raposa, geneta). Um passeio ao longo de uma linha de água será sempre uma boa ideia seguindo as indicações das fichas anteriores.

 

 

 

O saca-rabos é uma espécie cinegética em Portugal, podendo ser caçado no período de caça que lhe é destinado pelos processos de salto, espera ou em batida. Esta espécie ocupa um lugar no ecossistema agro-cinegético, embora o seu número possa ter que ser controlado, pois contribuem para o equilíbrio ecológico.

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