O cuco-canoro (Cuculus canorus) é uma ave pertencente à ordem Cuculiformes e à família Cuculidae. O nome "cuco" é onomatopaico e deriva do facto de o canto do macho ser composto por uma sequência de duas notas, que soam como "cu-cu". Em Portugal o canto do cuco faz-se ouvir sobretudo de finais de Março a meados de Junho.
É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente. No fim da Primavera, a fêmea do cuco procura lares adoptivos para os seus ovos. Quando encontra um hospedeiro apropriado, aves cujos ovos se assemelham ao dos cucos, ela espera até que o ninho deixe de estar vigiado. Retira então um dos ovos dos hospedeiros e põe um dos seus no lugar.
Os filhotes do cuco também já apresentam um estratagema de sobrevivência traiçoeiro, aparentemente gravado genéticamente, pois, segundo David Attenborough, apenas ao sairem dos ovos, empurram para fora do ninho os rècem nascidos autênticos de uma ninhada, tomando-lhes o lugar.
O cuco é migrador: reproduz-se na Europa e inverna em África
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