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ANTÓNIO RIBEIRO - Decano dos geólogos portugueses Traditional Geocache

Hidden : 11/30/2014
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


António Ribeiro: “Vivo na fronteira entre o caos e a ordem!”

Decano dos geólogos portugueses continua em grande forma

2011-08-30
Por Susana Lage (texto e fotos)

Filho de peixe sabe nadar. É o caso de António Ribeiro. Filho de um geógrafo português chamado Orlando Ribeiro, enveredou pela ciência para se tornar numa das mais importantes referências nacionais dedicada ao ensino e à investigação.
 

A Geologia Estrutural é provavelmente a área científica em que é mais conhecido, uma vez que introduziu estes estudos em Portugal. Também foram muito importantes os seus trabalhos sobre a neotectónica da região da falha de Ferrel, Peniche, que contribuiu para o abandono da construção de uma central nuclear naquela zona, e também na região de Sayago, Espanha, perto da fronteira com Trás-os-Montes, um factor determinante para o abandono da construção de uma central nuclear. São ainda conhecidas as suas contribuições para a interpretação da sismicidade em território nacional e na margem Atlântica de Portugal.

Trabalho de campo

António Ribeiro nasceu a 19 de Julho de 1939, em Lisboa. Com seis anos já sabia que queria ser cientista. A certeza e o gosto cresceram das idas ao campo com o pai para fazer investigação. “Ele deu-me uma grande cultura”, conta. Mas ao contrário do pai, sempre se interessou mais pela parte da geografia física do que pela parte da geografia humana.

Uma das suas melhores recordações de infância foi um dia que passou com o pai, deveria ter 15 anos. “Fomos de camioneta até Santana, perto de Sesimbra e depois fizemos a costa toda a pé até à Caparica, era Maio, estava calor e como o meu pai era claro de pele ficou todo queimado mas só de um lado da cara”, descreve a rir. “Lembrei-me de uma cena das ‘Minas de Salomão’, de Rider Haggard, em que ele está a fazer a barba e só consegue fazer metade”, lembra. E acrescenta: “Foi um dia extraordinário. Uma conjunção entre o bem-estar interior e exterior e a harmonia com a natureza”.

Investigar para educar
 
Licenciado em Ciências Geológicas pela Faculdade de Ciências de Lisboa, tirou um doutoramento na Universidade de Montpellier, em Paris, e um pós-doutoramento na Universidade de Leeds, em Inglaterra.

Quando voltou para Portugal, em 1978, foi para a Faculdade de Ciências de Lisboa onde foi Professor Catedrático até à sua aposentação em 2002. Neste tempo colaborou sempre com os Serviços Geológicos de Portugal a fazer investigação. “Ainda hoje colaboro com os Serviços”, afirma. Actualmente também continua a colaborar no ensino pós-graduado.

No seu dia-a-dia chega às 07h00 à Escola Politécnica onde fica até às 17h00 a fazer investigação. Uma vez por semana vai à Faculdade de Ciências dar aulas de mestrado. Por vezes, ainda faz investigação no campo com colegas de várias universidades. E é também convidado para dar palestras.

O caos e a ordem

Divorciado, pai de uma socióloga e de uma designer, é também avó de três netos. Por isso mostra-se sensível às questões sociais e ao desenvolvimento do país. “Anima-me ver que a curiosidade que tenho existe nos jovens tanto ou mais do que no meu tempo. E desanima-me que as saídas profissionais sejam cada vez mais difíceis”, afirma. “Estamos a deixar uma herança terrível para os mais novos”, acrescenta.

De personalidade forte e interventiva, mas algo reservado e modesto, diz que não tem virtudes mas que preza muito a tolerância. “Se houvesse mais tolerância no mundo, se calhar não tínhamos os problemas que temos”, afirma. Mais acrescenta: “Se formos tolerantes podemos ser mais coerentes connosco próprios”.
 
O seu maior defeito confessa prontamente ser a desorganização. “Procuro viver na fronteira entre o caos e a ordem”, afirma entre risos, olhando em volta as pilhas de papéis e livros que forram o chão, as paredes e os tampos das mesas no seu escritório. “Acho que sou um bocado anárquico demais”, completa.

A propósito do caos, um professor francês com quem trabalhou em Paris disse-lhe algo que o marcou para sempre: “Há que ser disciplinado nas coisas pequenas, para poder ser indisciplinado nas coisas grandes”, cita. E revela: “Tenho pena de não ser um pouco mais disciplinado nas coisas pequenas”.

Beatles e cinema


Desde os tempos em que se licenciou que gosta de música clássica e dos Beatles. Actualmente também ouve música moderna. “Só não gosto de música pimba, confesso”, sublinha.

O cinema é uma das actividades de lazer preferidas. “Vou muito ao cinema, normalmente ao King ou ao Monumental”, conta. E, de facto, está em cima das novidades. O último filme que assistiu foi o ‘Super 8’ de Steven Spielberg. “Vale a pena, gostei bastante”, diz com entusiasmo. “É uma mistura de ficção científica, estilo E.T., com o cinema independente”, descreve.

Gosta de ler livros científicos, mas também de romances e literatura moderna. No entanto, diz que tem pouco tempo para o divertimento. “Ao contrário do que as pessoas pensam, estar reformado significa ser mais solicitado que antes”, afirma. “Acabo por ter o tempo todo ocupado”, acrescenta.
 
Homenageado em 2005
No dia 5 de Novembro de 2005, António Ribeiro foi homeagem pela Sociedade Geológica de Portugal a que se associa o Laboratório de Tectonofísica e Tectónica Experimental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa noticiou o.

Por iniciativa do Presidente da República, Jorge Sampaio, foi atribuído ao homenageado o título honorífico de Comendador de Sant’Iago da Espada.


Editar no estrangeiro

Tem vários trabalhos científicos publicados, nas várias áreas da geologia, que contribuíram para o avanço do conhecimento geológico de Portugal, da Península Ibérica e da Europa. Entre elas, o livro azul sobe a ‘Geologia de Portugal’ de que foi o principal coordenador. A edição está esgotada, mas uma reedição deverá sair ainda este ano.

O livro que mais gostou de fazer, que rapidamente resgata de uma das pilhas caóticas de papel para mostrar, foi o ‘Soft Plate Tectonics’. “Esse deu-me um prazer especial”, comenta.

Nos projectos para o futuro inclui a vontade de editar mais um livro no estrangeiro. “Apesar de ser cada vez mais difícil, porque o mercado é mais exigente, e ainda bem, se houver essa oportunidade não vou recusar”, afirma

Additional Hints (Decrypt)

PNEHZN

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)