O MOURO E O ABISMO
A cache não se encontra nas coordenadas publicadas. As coordenadas publicadas estão próximo do local onde deve sair da estrada para entrar num caminho em terra que o levará ao local de estacionamento (coordenadas na imagem puzzle no final da listing).
Para encontrar a cache deverá RESPEITAR TODAS AS NORMAS DE SEGURANÇA e ir munido de todo o equipamento mencionado nesta listing.
A HISTÓRIA E A LENDA:
“No começo do serro da Cabeça, do lado do mar, existe uma cavidade cercada de pedras, uma espécie da pequena sala, que vai communicar para um grande algueirão, denominado o Abysmo. Esta grande caverna, tem diversas câmaras e differentes ramificações.
Como o próprio nome indica, tem uma enorme profundidade, onde não chega a luz do sol, offerecendo a quem a visita um aspecto medonho e horrível. Se os poetas da Grecia a visitassem, colocariam ali o palácio da morte: aquillo não é apenas uma caverna é um inferno.
É tradição corrente entre os habitantes dos sítios vizinhos que aquella caverna se communica subterraneamente com o castello de Tavira, communicação de que faziam uso os mouros no tempo em que dominavam a província do Algarve.
Junto da caverna têm sido encontrados objetos de uma feição estranha, como machados de pedra polida e outros de origem neolithica, que os habitantes d´aquella freguezia consideram de origem serracena. Estes objetos apparecidos uma ou outra vez têm sido attribuídos ao trabalho manual dos mouros que ficaram encantados depois da expulsão da sua raça.
No mesmo serro e não distante desta caverna, há mais duas, cujas denominações são características - Ladroeira Grande e Ladroeira Pequena. Não será talvez difícil procurar a origem destes nomes, sabendo-se que ali se acolheram em 1833 os malfeitores que assaltavam os pobres moradores dos sítios próximos, servindo aqueles dois antros de verdadeiras cavernas de Caco. (…)'
In D’Athaide Oliveira, Francisco (1898). As Mouras Encantadas e os Encantamentos no Algarve (pp 151, 152). Tavira. Typographia Burocrática
“Como em quase todas as freguesias do Algarve, onde aparecem tais cavernas, em a freguesia de Moncarapacho há a opinião de que os mouros as habitaram em tempo, e que ainda hoje ali se conservam encantados. Para confirmar essa opinião contam-se diversas histórias de indivíduos que foram surpreendidos de noite por aqueles misteriosos seres. As cavernas são para o povo uma espécie de mapa coreográfico dos mouros. Onde encontra uma caverna aí lhe parece ver uma antiga residência mourisca, que ainda hoje conserva como de reféns um triste mouro ou uma formosa moura, mas encantados”.
Sitherc, Kiber (?). Lendas das Cavernas de Moncarapacho
A CACHE:
Conta o povo que foi visto um Mouro a fugir para o cerro da Cabeça, perseguido por populares por pensarem que ele levava um tesouro na mão. O Mouro desapareceu no meio do cerro e o tesouro nunca foi encontrado.
Mais tarde, um habitante da região encontrou um pequeno saco de pano com papéis rasgados dentro, mas não deu qualquer importância aos papéis, até porque não sabia ler, e ficou com o saco para guardar as suas moedas.
Recentemente, uns caminhantes encontraram uns papéis rasgados, com números esquisitos, numa pequena casa em ruinas da região. Deduz-se que sejam os papéis que estavam no saco de pano.
Como não conseguiram decifrar os números decidiram pedir ajuda a um “caçador de tesouros” – a SI, geocacher.
*** Imprima a imagem no final da listing, recorte e una os bocados de papel e decifre o que lá está escrito ***
A procura da cache começa nas coordenadas constantes na imagem. Siga todas as instruções e…
NÃO ESPERE FACILIDADES!
ATENÇÃO – SEGURANÇA/SAFETY:
Não procurar a cache de noite devido aos caminhos de acesso à gruta.
Para encontrar esta cache deverá reunir um grupo de 3 pessoas. Uma das pessoas DEVE ficar do lado de fora da gruta. As outras duas entram na gruta – NUNCA entrar sozinho na gruta.
Recomenda-se que leve uma corda resistente, com cerca de 10 m de comprimento, para atar a uma rocha próxima da entrada e descer à gruta. O primeiro apoio de pé, na descida, encontra-se a pouco mais de 2 metros do topo. A partir daí não é preciso utilizar cordas.
Leve um rolo de fio ou corda fina. Prenda-o no início da gruta e vá desenrolando à medida que avança. O fio servirá de guia para regressar, caso se perca, o que não acontecerá se seguir sempre em frente.
Leve lanternas e pilhas suplentes. Recomenda-se que leve calças compridas e sapatos com sola anti derrapante.
Caminhe dentro da gruta com muito cuidado. Veja onde coloca os pés e evite bater com a cabeça nas paredes (uso de capacete é aconselhado).
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A cache intermédia contem: Instruções para chegar à cache final sem gps. Deve levá-las consigo para se orientar e no final repor de onde as retirou. A cache final contem: Logbook, stashnote, lápis, carimbo da letter (não se esqueça de levar o seu livro de carimbos) e TB (até ao FTF, obviamente).
Por favor deixe tudo exatamente como encontrou e não publique fotografias das caches e containers. Ficamos gratos.
Esperamos que se divirtam!
