O Convento de Nossa Senhora da Penha de França de Lisboa, situado junto da Igreja com o mesmo nome era masculino, e pertencia à Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, ou Agostinhos Calçados.
Em 1597 foi edificada uma ermida para albergar a uma imagem de Nossa Senhora da Penha de França feita na sequência de um voto de António Simões efectuado em Alcácer-Quibir, em terrenos cedidos por Afonso de Torres e Magalhães e sua mulher D. Constança de Aguilar, numa elevação denominada Cabeça de Alperce.
Em 1601, a 4 de Janeiro, a primeira doação "in solidum" da igreja e de todos os bens, que possuíam naquele sítio aos Eremitas de Santo Agostinho do Convento de Nossa Senhora da Graça. Frei António Grizante, procurador-geral da Província de Santo Agostinho de Portugal, tomou posse desses bens.
Em 1603, a 6 de Agosto, António Simões ratificou a doação feita aos padres Agostinhos, e foi edificado um eremitério junto da ermida.
Em 1700, o convento albergava 40 religiosos.
Em 1755, em 1 de Novembro, o terramoto fez ruir toda a igreja e Convento.
Em 1757, no mês de Setembro, começou a reedificação do Convento, tendo sido habitado de imediato por parte da comunidade, ficando a outra na barraca feita junto à Igreja interina.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
D. Pedro de Cristo – de nome secular Domingos – nasceu em Coimbra c. 1545.
A 4 de Setembro de 1571 tomou hábito no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra,mosteiro masculino da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, onde muito provavelmente terá estudado com o mestre de capela Francisco de Santa Maria, pois encontram-se algumas características musicais deste mestre na sua obra. Sucedendo-lhe no cargo de mestre de capela em Santa Cruz.
Em 1597 ocupou o mesmo posto noutro mosteiro da Ordem, desta feita em Lisboa: São Vicente de Fora. Como frequentemente acontecia com os religiosos da época, D. Pedro de Cristo era também instrumentista. Através do seu obituário ficamos a saber que também tocava instrumentos de teclado, harpa, flauta e dulçaina.
A sua obra musical (são-lhe atribuídas cerca de 220 obras) sobrevive maioritariamente em manuscritos provenientes do Mosteiro de Santa Cruz, hoje depositados na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Não existe contudo uma noção clara da extensão da sua obra, uma vez que não existiu um cuidado em identificar com clareza o autor da música existente nestes manuscritos.
As obras de Dom Pedro de Cristo conservam todo o elevado sentido espiritual da oração cantada dirigida a Deus, em que a profunda religiosidade e o simbolismo cristão de inspiração humanista se moldam na perfeição formal da polifonia do Renascimento, pelo que pode justamente ser considerado um dos maiores polifonistas do Século XVI.
O responsório O magnum Mysterium utiliza o texto do quarto responsório destas Matinas para o dia de Natal: Ó grande mistério e admirável sacramento admirável, os animais foram os primeiros a ver o Senhor deitado numa manjedoura. Ave Maria cheia de graça o Senhor está convosco. Bendita a Virgem cujo ventre transportou o Cristo Senhor.
Em termos expressivos, o responsório inicia com uma secção misteriosa, em que é preparada a notícia do nascimento do Senhor. Esta aparece em “Sacramentum”, após uma pausa geral. Uma série de frases descendentes, que passam de voz em voz, sugerem-nos o movimento dos animais no presépio, rodeando o menino recém-nascido. As pausas em todas as vozes, surgem como forma de preparar uma afirmação importante em termos textuais: isto acontece antes de passagens como “Sacramentum” ou “jacentem”. A homofonia é também utilizada como recurso em termos de afirmações textuais importantes, contrastando com secções polifónicas. No caso do versiculum, as três vozes (SAB) desenvolvem-se polifonicamente construindo uma espécie de oração à Virgem. Finalmente Reaparecem as quatro vozes homofonicamente no segundo repetendum, com o texto “Beata Virgo cujus viscera meruerunt”, uma afirmação importante no âmbito do responsório, contrastando com a primeira apresentação deste mesmo texto, numa situação de imitação do motivo.
Alguma informação / bibliografia consultada:
1 - Torre do Tombo http://digitarq.arquivos.pt/details?id=1375740
2 - 9 ID http://www.9id.pt/o-magnum-mysterium-de-pedro-de-cristo/
3 - Interpretação de O Magnum Mysterium pelo Ensemble da Sé de Angra http://www.youtube.com/watch?v=k_DKav17a0s
A cache:
A coexistência em Lisboa de D. Pedro de Cristo, com o lançamento da primeira pedra da Ermida que daria origem ao convento e Igreja da Nª Srª da Penha de França, sugerem-me o mote:
Incógnitas:
Alguns dados necessários para resolver este mistério, podem ser encontrados perto das coordenadas iniciais da cache, outros encontram-se na descrição.
Por vezes para poderem confirmar as vossas contas eu dou-vos como dica a soma dos dígitos até à unidade, segundo o exemplo, outras vezes essa soma é necessária para os cálculos finais:
87928 → 8 + 7 + 9 + 2 + 8 = 34 → 3 + 4 = Soma dígitos (87928) = 7
A - Resulta da análise de alguns compassos de uma das vozes na partitura "O Magnum Mysterium" de D. Pedro de Cristo, [A é número primo]
B - Nº transformador EDP, junto da capela fúnebre [Soma dígitos (B) = 3]
C - Soma dígitos [Data Chafariz localizado em frente da Igreja]
D - Data de lançamento da 1ª pedra da Ermida original e D. Pedro Cristo em Lisboa num mosteiro da mesma ordem
E - Data do evento que origina a lápide nas escadas da Igreja [soma dígitos (E) = F ]
G - Não gosto desta letra, logo não a incluo
H - Data da lápide, referida em E [soma dígitos (H) = 6 = I ]
J - Se chegou até aqui parabéns, J resulta da análise da partitura "Parabéns a você" [soma dígitos (J) = 8 ]
A cache não se encontra nas coordenadas publicadas, as coordenadas finais são:
N 38º 43.[2*A - I]
W 009° 0[[B+D+E+H+(F+4)*J+C+F]/1000]
Pelo container com grande capacidade,
e por demonstrar amizade,
um abraço de agradecimento ao Rebocho,
que se fosse uma moça, levava um chocho.
boa caça!
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