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Chimarrão Traditional Geocache

Hidden : 5/26/2014
Difficulty:
3 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Chimarrao


CHIMARRÃO

ORIGENS

Do espanhol cimarrón, que significa chucro, bruto, bárbaro, vocábulo empregado em quase toda a América Latina, do México ao Prata, designando os animais domesticados que se tornaram selvagens.

"E assim, a palavra chimarrão, foi também empregada pelos colonizadores do Prata, para designar aquela rude e amarga bebida dos nativos, tomada sem nenhum outro ingrediente que lhe suavizasse o gosto." (Elucidário Crioulo, de Antonio Carlos Machado em "História do Chimarrão", de Barbosa Lessa, 57).

Marron em português, além de outros significados, quer dizer clandestino, e cimarrón, em castelhano, tem idêntico significado. Ora, sabe-se que o comércio de mate e o preparo da erva foram em tempos passados proibidos no Paraguai, o que não impedia, entretanto, que clandestinamente continuasse em largo uso naquela então colônia espanhola. ("Vocabulário Sul-Rio-Grandense", Luís Carlos de Morais, 72, em "História do Chimarrão", de Barbosa Lessa, 57).

 

HISTÓRIA

Assunção havia-se transformado na pérola das colônias espanholas na América. O general Irala, que numa conspiração derrubara o segundo adelantado (governador de província) e estendera seus domínios às planuras do Pampa, aos contrafortes dos Andes e até Sierra Encantada-Peru, ao Norte, investiu para o Leste e chegou, em 1554 , às terras de Guaíra, atual Paraná. Ali foi recebido por 300 mil guaranis com alegria e hospitalidade, como narra Barbosa Lessa em seu livro "História do Chimarrão". Além da acolhida, o que chamou a atenção foi que os índios de Guaíra eram mais fortes do que os guaranis de qualquer outra região, mais alegres e dóceis. Entre seus hábitos, havia o uso de uma bebida feita com folhas fragmentadas, tomadas em um pequeno porongo por meio de um canudo de taquara na base um trançado de fibras para impedir que as partículas das folhas fossem ingeridas. Os guaranis chamavam-na de caá-i (água de erva saborosa) e dizem que seu uso fora transmitido por tupã.

Os conquistadores provaram o chimarrão e realmente o acharam saboroso e alguns poucos goles davam uma sensação de bem-estar ao organismo. De volta a Assunção, os soldados de Irala levaram um bom carregamento de erva. Em pouco tempo, o comércio da erva-mate se tornava o mais rendoso da Colônia. O uso do chimarrão se estendeu às margens do Prata, conquistou Buenos Aires, transpôs os Andes, chegou a Potosi, enriquecendo os donos do Paraguai. Assunção dobrou de população e de tamanho. As fortunas se agigantavam.

O chimarrão também fez a riqueza dos jesuítas que se estabeleceram no Guaíra, ao sul do Paranapanema e nos Sete Povos, à margem oriental do Uruguai. Fazendo plantio de ervais, depois de fracassos iniciais para germinar a semente, os jesuítas inventaram a caá-mini, pó grosso de erva- mate, que passou a valer três vezes mais e, com sua exportação, ganharam muito dinheiro, trazendo um período de opulência para os Sete Povos e as Missões.

Os bandeirantes invadiram as Missões do Guaíra em 1638, descobriram também a erva-mate e a levaram para São Vicente. Por sua vez, os tropeiros que vinham de Minas Gerais comprar mulas nos Campos Gerais, voltavam com grandes carregamentos de mate. Assim, o chimarrão se espalhava e todos que o sorviam aprovavam o seu uso.

Quando, em 1813, o ditador paraguaio, Dr. Francia, proibiu as exportações de erva-mate, o Brasil se tornou o único produtor e exportador de chimarrão. Comerciantes paraguaios e espanhóis vieram instalar-se no Paraná, trazendo engenhos de soque. Com a abertura da estrada Serra Graciosa, em 1876, Curitiba se tornou um centro de exportação, transformando a erva-mate em uma das maiores riquezas nacionais. Com a decisão da questão dos limites de Missões, em 1910, o presidente dos Estados Unidos, escolhido como árbitro, julgou o caso a favor da Argentina e lá se foi uma boa parte de nossa região ervateira, a única até hoje daquele país, na província de Misiones. Os argentinos descobriram o segredo que havia sido guardado com os jesuítas de como fazer germinar a semente e plantaram seus ervais que, em pouco tempo, se estendiam em milhares de pés pelo território de Misiones.

O chimarrão também é consumido no Chile e no Uruguai, que apresenta o maior consumo per capita.

Essa imensa riqueza tem 85% de sua área de distribuição geográfica concentrada nos três estados do Sul do Brasil: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde é muito apreciado, fazendo mesmo parte da cultura gaúcha.

 

COMPOSIÇÃO

Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher (no caso do porongo) ou no de uma esfera (no caso da cuieira).
O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há uma pequena peneira do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal.

 

BENEFÍCIOS

Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, C e D, e de sais minerais, como cálcio, manganês e potássio. Combate os radicais livres, auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido.

Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides (cafeína, teofilina, teobromina etc.), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio, manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutose, glucose, sacarose etc.), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose, dextrina, sacarina e gomas.

O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.

Additional Hints (Decrypt)

CG: Cebpher n ebyun n prepn qr 120 pz qr nyghen. Frwn qvfpergb! RAT: Frnepu sbe gur pbex ng 120 pz uvtu. Orjner jvgu zhttyrf!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)