A mineração em Aljustrel é anterior à chegada dos romanos, mas é durante este Império que a actividade mineira atingiu aqui um grande incremento, denominado-se a povoação Vipasca.
Podemos imaginar o que era Vipasca, com milhares de mineiros, sobretudo escravos mas também homens livres, os muitos artesãos de todo o tipo, os comerciantes e outros cidadãos, os mestre-escola e os soldados, mais os agricultores que produziam para alimentar toda esta gente. Era certamente um fervilhar de actividade que apenas podemos imaginar.
Desta época restam-nos algumas estruturas e galerias de mina, bem como outros vestígios da vida material depositados no Museu Municipal.
A Mina só voltaria a ter esta azáfama no séc. XIX com a industrialização. Neste período dominam as máquinas, as grandes movimentações de minério e escória. Esta actividade prolonga-se por todo o séc. XX, dando origem a grande parte do património industrial que pode ser observado no percurso pela zona mineira e visto no núcleo museológico da Central de Compressores. São deste período também as histórias e as poesias, as memórias das greves e do cheiro a enxofre, as histórias da vida difícil e dos folguedos, das lutas e das alegrias.
O símbolo por excelência da mina é o malacate, a sentinela de ferros cruzados, que zela pela mina. Porque são os elementos dominantes na paisagem e porque são eles que possibilitam a entrada nas entranhas da Terra.
A vila de Aljustrel é esta ilha de indústria no meio da planície alentejana das searas e das azinheiras.
Fonte:
http://www.mun-aljustrel.pt/menu/115/mineiro.aspx
http://www.museualjustrel.com/
http://www.jf-aljustrel.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=50:minas&catid=30:historia&Itemid=54
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