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CELTIS AUSTRALIS
O nome científico da árvore que conhecemos por lódão-bastardo, ginginha-do-rei, agreira, lodoeiro, lódão ou nicreiro é Celtis australis. Esta árvore é caducifólia/caduca (numa certa estação do ano perde as suas folhas). Pode chegar a ter 30 metros de altura máxima, variando esta entre os 15 e os 30 metros. Tem geralmente o tronco direito, grosso, com a casca cinzenta, quase lisa, sem estrias ou fendas marcadas. A copa do lódão é redonda, com muitos ramos erectos e raminhos finos pubescentes (ramo provido de pêlos muito finos, semelhantes a uma lanugem) ligeiramente pendentes.
As folhas são de forma oval lanceolada, dentadas, com 5 a 15 centímetros de comprimento e 5 centímetros de largura. A face superior é verde escura e áspera e a face inferior verde acinzentado, com pilosidade nas nervuras.
 As flores, sem pétalas, são hermafroditas ou masculinas, de cor amarela esverdeada e pequenas. A floração ocorre entre Março e Maio.
 O fruto é uma drupa carnuda, lisa, esférica, glabro (desprovido de pêlos), mas rodeado de pêlos na base. É comestível e doce, com cerca de 1 centímetro de diâmetro. Começa por ser verde, passando a amarelo ou avermelhado e depois a roxo escuro ou quase negro quando maduro. A maturação ocorre entre Setembro e Outubro e o fruto permanece na árvore até ao inverno. Cada fruto tem apenas uma semente (caroço) acastanhada.
Encontra-se sobretudo em linhas de água, margens de ribeiras e rios, uma vez prefere os solos ricos e húmidos. Contudo é pouco exigente quanto ao solo, resistindo em solos secos, calcários ou siliciosos Resiste a Verões longos e secos e ao vento. De crescimento lento, vive 200 anos em média, podendo atingir os 600 anos. É muito usada como árvore ornamental em parques urbanos, jardins e ruas por causa da sua tolerância à poluição.
 Na Península Ibérica encontra-se sobretudo no centro e sul de Portugal, em toda a costa mediterrânica, no oeste da Andaluzia e na Estremadura espanhola. Embora menos abundante, também se encontra em Castela-Mancha, Aragão, nas várzeas do sudeste da Comunidade autónoma de Madrid, nas vertentes meridionais da Serra de Gredos e no Parque Natural de Arribes do Douro.
A sua madeira é usada para inúmeros fins, como carpinataria, mobiliário, pavimentos, portas, artigos desportivos, carroçarias, etc. As raízes eram usadas para fabricar cachimbos. A casca tem uma essência que era usada como corante amarelo de seda.
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