|
DESCRIÇÂO:
A Fórnea, como o próprio nome indica, é um recuo pronunciado em forma de anfiteatro, de uma zona baixa para dentro de um planalto calcário. À parte da explicação científica, os habitantes locais chamam-lhe, até aos dias de hoje, de Fôrnea devido à sua forma que se assemelha a um forno. A designação de Fórnea advém da explicação científica da formação natural desta depressão.
Porque os solos da Serra de Aire e Candeeiros são ocos e apresentam vácuos, puderam dar origem às diversas grutas da região, mas também a este cenário natural impressionante, uma depressão de milhões de anos rodeada de cursos de água.
No interior da Fórnea encontra-se a Cova da Velha, uma gruta visitável na sua parte inicial, tem uma galeria com cerca de 500 metros de extensão, e que se estende ao longo da falha onde se encontram lagos e sifões.
A gruta da Cova da Velha tem uma nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea em direção à Alcaria.
Inserindo-se no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, para além da beleza inerente à sua forma, a Fórnea, é ainda, enriquecida pela natureza que a envolve.
|
|
BIO-DIVERSIDADE:
FLORA: matos baixos compostos por roselhas, alecrins e pilriteiros. Existem também algumas figueiras, loureiros e medronheiros. Podem, também, ser encontrados exemplares de uma árvore rara em Portugal, a zelha. Em termos de plantas aromáticas, pode encontrar-se o poejo.
FAUNA: pelas suas características, a Fórnea permite a existência de uma grande variedade de habitats, levando a que existam diferentes espécies de fauna:
répteis - cobra-de-escada, cobra-de-ferradura, sardão e lagartixa-do-mato;
aves - peneireiro-de-dorso-malhado, águia-cobreira, águia-de-asa-redonda, cartaxo, tentilhão-comum, toutinegra-real, verdilhão, milheiriça, perdiz, rola, escrevedeira-de-garganta-preta;
mamíferos - raposa, doninha, texugo e ouriço-cacheiro. |
|
Após o Geo-PhotoWalk pela serra dos candeeiros, que organizei em Maio de 2012, constatei com agrado a satisfação da maioria dos participantes. Muitos são os que me têm contactado e influido a criar uma nova edição do PhotoWalk na serra, e por isso decidi criar este evento, numa nova zona da mesma serra dos candeeiros.
O móbil deste evento será principalmente a caminhada pela Fórnea de máquina fotográfica a disparar, mas também o convívio entre os participantes, a troca de dicas e técnicas fotográficas, o exercitar o corpo através da caminhada e o descobrir de um local maravilhoso que é para muitos estranho.
Acredito que, após o rigoroso inverno que temos vivido, o cenário será dislumbrante com as nascentes e cascatas com muita água. Sendo também o início da Primavera a própria vegetação deverá estar a renascer e a florir. |
|
O EVENTO:
Será realizado no dia 13 de Abril de 2014.
Terá início às 9:30 e fim às 10h(em ponto) nas coordenadas publicadas, para agrupamento dos participantes e a assinatura do logbook. Segue-se depois a caminhada pela serra, que terá a duração máxima prevista de 5H(até às 15h portanto).
Para logar o evento não necessita de fazer a caminhada ou trazer máquina fotográfica. Basta aparecer nas coordenadas do evento à hora anunciada (9:30 - 10h) e registar a sua presença no logbook do evento.
Visto tratar-se de um evento para caminhar pela serra, a pontualidade é fundamental. Em todo o caso, o percurso será divulgado antes do evento para que, caso queiram, possam encontrar-nos durante a caminhada e assinar o logbook.
A caminhada será efetuada em percurso circular, e tal como na edição anterior, terá mais que uma possibilidade(extensão), decidida pelos presentes à hora da partida. Na versão mais longa deverá levar cerca de 5H (12km).
Para o evento deverão trazer "farnel" para o almoço que será volante. Não está prevista hora de almoço nem local exato para o mesmo. Será onde e quando cada caminhante entender.
Deverão trazer água/outra bebida, bem como roupa e calçado confortável e aderente. |
|
Alguns pontos de interesse: |
|
Ribeira da Fórnea
Ribeira temporária alimentada pelas exsurgências da vertente da fórnea, com um caudal de água considerável durante o inverno e completamente seca nos meses de verão.
Cascata /cascalheiras
Os depósitos de crioclastos e escombreiras de gravidade são comuns em toda a Fórnea, mas particularmente espectaculares na vertentes SO e NO. São contemporâneos de um clima frio marcados pela atuação do gelo aqui presente durante os períodos frios do quaternário. |
|
Cova da Velha
Nas vertentes da Fórnea, situam-se várias exsurgências temporárias de caudal diminuto.
A mais importante brota de uma cavidade penetrável, a Cova da Velha. Esta nascente vai alimentar o Ribeiro da Fórnea, afluente do rio Alcaide e sub-afluente do rio Lena. O acesso a esta cavidade apresenta alguma dificuldade em termos de piso instável, pelo que se aconselha algum cuidado acrescido.
Conglomerados
No leito do Ribeiro da Fórnea observam-se grandes blocos calcários de cor esbranquiçada com uma estrutura peculiar. Trata-se de um tipo particular de rochas sedimentares, os conglomerados, constituídos por fragmentos de rocha ou clastos, mais ou menos arredondados e ligados entre si por um cimento carbonatado. O arredondamento dos clastos é sinal de transporte geralmente longo.
Nalguns blocos, calcários orgânicos, também denominados recifais, podem observar-se a acumulação de estruturas pouco nítidas de restos de animais marinhos(fósseis).
Podem descarregar AQUI o GPX dos tracks para carregar no GPS. |
As informação e fotos constantes nesta página foram retiradas de vários sitios na Internet. |
|