Skip to content

O Corredor dos Romanos Multi-cache

Hidden : 7/18/2015
Difficulty:
5 out of 5
Terrain:
5 out of 5

Size: Size:   small (small)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


Translation

O Corredor dos Romanos e a Lenda do Rio Ave

Há muitos anos, há mesmo muitos, muitos anos, dezenas ou centenas de anos, chegou à Serra da Agra uma jovem, com um rebanho de cabras, vinda da Galiza. Sem ligar a fronteiras que, naquele tempo, não tinham a importância que hoje lhes damos, por ali andava a cabreira guardando o seu rebanho e admirando a paisagem que seduzia e encantava.

Por encostas e vales a jovem cabreira, bonita e formosa, ia contemplando a beleza local: os mantos verdes da vegetação, o azul transparente do céu, o amarelo cintilante do sol... Nesta Serra do norte de Portugal, com 1200 metros de altitude, na passagem da província do Minho para a de Trás-os-Montes, reinava a paz. Os sons emitidos pelo rebanho, o chilrear das aves e o relinchar dos pequenos cavalos, os garranos, que habitavam a serra, eram uma melodia que sublimava as lindezas da natureza.

Mas um dia instalou-se a confusão. Cães que ladravam, cavalos que galopavam, homens que bradavam, trombetas que tocavam, setas e mais setas que assobiando cortavam o ar. Andavam caçadores pelas redondezas e a linda cabreira foi vista por um cavaleiro, também ele jovem, bonito e encantador. Deslumbrado com a sua formosura, o cavaleiro parou, admirou-a e com um grande sorriso, disse-lhe: 

- Olá linda cabreira! Estou seduzido pela tua beleza. Os teus cabelos são como raios de sol, o teu olhar tem o brilho das estrelas e a tua doçura o reflexo do luar. Ela sentiu o mesmo encanto pelo cavaleiro e, envergonhada, respondeu-lhe: 

- São os vossos olhos que me vêem assim. Senhor! Não mereço tanta admiração e o que me dizeis faz-me corar. 

Vencido pela atracção que por ela sentia, o cavaleiro desceu da montada e deixou a caçada. 

- Ouve, por ti, e só por ti, deixo os meus amigos e fico nesta serra só para te adorar! 

E foi assim que começou, entre eles, uma linda história de amor. O cavaleiro e a cabreira esqueceram-se dos dias. Ali, sozinhos e felizes, sonharam, brincaram e fizeram juras, como se só eles existissem no Mundo. Mas, um dia, o cavaleiro sabendo que tinha trabalhos importantes a fazer e assuntos urgentes a tratar viu-se obrigado a partir. 

- Ouve, minha princesa, eu vou ausentar-me, mas voltarei o mais depressa possível. Já não posso nem quero viver sem ti. 

Suspirando de tristeza, a cabreira apenas confessou: 

- Nem sei sequer quem és, nem tão pouco como te chamas. 

O cavaleiro sorriu e abraçou-a, procurando dar-lhe confiança. 

- Pouco importa, sou o homem de quem tu gostas e que também gosta muito de ti.

Mas digo-te que sou o Conde de uma vila próxima e em breve virei buscar-te para o meu palácio. Espera por mim! 

Como numa jura, ela prometeu: 

- Esperarei até ao fim da minha vida. 

E esperou...

Os dias passaram, uns atrás dos outros, e a cabreira aguardava, impaciente, o seu amado. Recordava os dias felizes vividos com ele e não o vendo chegar ia entristecendo. Então, pensava: 

- Preciso de o encontrar, de o ver, abraçá-lo, brincar e sonhar de novo... nem que para isso tenha de me transformar numa ave para sobrevoar as vilas mais próximas. 

O tempo corria e o cavaleiro não voltava. Cada vez mais triste, quase morta de cansaço a cabreira começou a desesperar. As lágrimas inundaram-lhe os olhos e chorou. Chorou tanto, tanto, que as lágrimas foram formando um rio. As suas águas, que eram a dor e a mágoa da linda cabreira, percorreram as terras das redondezas. Desiludida e cansada de esperar a cabreira decidiu rodear-se das suas lágrimas para sempre e foi então que mais à frente da ponte romana entrou no corredor dos romanos, deu 18 passos para dentro das profundezas, virou à direita, aninhou-se e aí descansou para sempre.

O povo comovido e entristecido com a malfadada história da jovem e linda cabreira, não quis que ela fosse esquecida. Assim passou a chamar-se à serra onde a cabreira e o cavaleiro se conheceram – Serra da Cabreira e ao rio de lágrimas – Rio Ave – Já que ela queria ser ave e voar. 

Um dia, se puderes, visita a Serra da Cabreira e faz o percurso do Ave. Quem sabe... talvez ainda descubras as lágrimas da linda Cabreira.


Para a realização desta cache é necessário ter conhecimentos de técnicas com cordas, uma vez que a mesma se encontra numa gruta subterrânea conhecida como "O Corredor dos Romanos".

Nunca realizem esta cache sozinhos, tenham atenção aos atributos. É necessário o uso de lanternas à prova de água e material de descensão.

Additional Hints (Decrypt)

"Cnerpr hzn nhgb-rfgenqn!"

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)