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Esta geocache faz parte da série «Aldeias e Capelas de Oliveira de Frades», que pretende dar a conhecer as povoações do concelho e seus recantos.
A pequena aldeia de Paredes de Gravo localiza-se na freguesia de Pinheiro de Lafões. Foi denominada, no passado, por Paredes Secas, denunciando a existência de um castro por perto. A designação de Paredes de Gravo, dizem as gentes mais antigas, deve-se á sua localização junto ao Cabeçinho de Gravo, integrado na Serra do Ladário.
Envolvida numa paisagem que convida ao descanso e a um passeio ao ar livre, a aldeia de Paredes de Gravo comunga com uma natureza que ainda não foi corrompida pela industrialização. É uma terra habitada por gentes simples e hospitaleiras que ainda dedica muito do seu tempo ao labor agrícola. Os mais jovens, em décadas passadas, partiram em busca de um futuro mais promissor. Felizmente, esta situação de migração tem sido colmatada com o desenvolvimento da indústria, que muito tem contribuído para a empregabilidade da população concelhia.
Conduto, estas famílias que se viram obrigadas a abandonar a sua aldeia natal, sempre regressam no período das festividades locais. O dia 8 de setembro é motivo de festa e comemoração para as gentes de Paredes de Gravo. É grande a devoção à Senhora da Graça, medianeira de todas as graças, venerada na pequena capela erguida em sua homenagem.
A capela localiza-se no centro da aldeia e terá sido mandada erigir pelo Abade de Pinheiro, José de Barros, em substituição de uma outra em estado de ruína e demasiado pequena para receber os muitos fiéis que aqui se dirigiam para orar a Nossa Senhora da Graça. Este «novo» espaço de oração, construído em pedra, caiado a branco no interior e exterior, hoje as fachadas exteriores estão desprovidas de pintura, reflete a intensa devoção do povo a Nossa Senhora da Graça. A religiosidade destas gentes locais é também testemunhada no conjunto significativo de Alminhas que proliferam um pouco por toda a aldeia. A capela apresenta-se como um espaço de reduzidas dimensões, mas o portal de acesso ao templo merece especial atenção. É uma estrutura de arquitetura simples, em arco de volta inteira. As atenções vão para o fecho do arco, onde se mostra uma figura antropomórfica, numa espécie de nicho, desprovida de detalhes anatómicos.
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