Pêra Rocha do Oeste
Em 1836, com origem numa árvore obtida por semente ocasional, foi identificada uma pereira diferente, na propriedade de Pedro António Rocha, situada no concelho de Sintra, cujos frutos eram de uma qualidade invulgar. Essa pêra passou a ter a denominação de “Pera Rocha do Oeste”. No Brasil ela é conhecida como pêra-portuguesa.
Entende-se por "Pêra Rocha do Oeste " o fruto da cultivar derivada do PyrusCommunis L., a pêra Rocha obtida de forma particular na região do Oeste.
Características da Pêra Rocha do Oeste – DOP – as regras de instalação dos pomares, as práticas culturais, as condições a observar na colheita, transporte, calibragem e acondicionamento, constam no respectivo Caderno de Especificações. Os pomares são conduzidos segundo modelos actualizados.
A densidade do pomar em regadio é de 888 a 1250 árvores, com um compasso de 4 a 4, 5 x 2 a 2, 5 m; em sequeiro é de 4 a 5 x 3 a 4 m, com uma densidade de 500 a 833 árvores. As características referentes à qualidade, à classificação, ao calibre, às tolerâncias e à apresentação das Pêras devem obedecer ao disposto no anexo III, do Regulamento (CEE) n.º 920 / 89, da Comissão, de 10 de Abril.
Características Organolépticas:
Côr - epiderme amarelo clara, por vezes com uma mancha ténuemente rosada do lado do sol. Pontuações evidentes da côr da carepa. Esta apresenta-se unida na base, dispersando-se irregularmente por toda a superfície, tendendo a concentrar-se na fossa apical, qualquer que seja o formato da Pêra Rocha do Oeste. Forma - variável, sendo predominantes as formas redonda ovada, redonda piriforme e piriforme ovada. Fossa basilar inexistente, excepto na forma oblonga piriforme ovalada em que se nota frequentemente, embora pouco pronunciada. Fossa apical muito pouco pronunciada com a coroa clara, de superfície lisa e roseta divergente.
Cheiro e Sabôr - polpa de côr branca, macia fundente, granulosa, doce, não ácida, muito sucosa e de perfume ligeiramente acentuado.
É reconhecida como Denominação de Origem Protegida, a denominação tradicional e consagrada pelo uso " Pêra Rocha do Oeste".
O uso da denominação de origem "Pêra Rocha do Oeste " fica reservado aos produtos que obedeçam às características fixadas no respectivo Caderno de Especificações, às pêras de categorias extra, I e II, aos produtores expressamente autorizados pelo A grupamento - ANP - Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha , se comprometam a respeitar todas as disposições constantes do Caderno de Especificações e se submetam a controlo a realizar pelo O rganismo P rivado de C ontrolo e C ertificação ( OPC ) reconhecido, CODIMACO - Controlo e Certificação de Produtos Agro - Alimentares. Apresentação Comercial - a Pêra Rocha do Oeste deve apresentar-se pré embalada e rotulada, inteira, sã, limpa, isenta de parasitas, isenta de humidade exterior anormal, isenta de cheiros e ou sabôr estranhos, devendo apresentar um desenvolvimento suficiente para lhe permitir prosseguir o processo de maturação e suportar o transporte e manutenção, e chegar em condições satisfatórias ao local de destino.
Categorias de classificação das Pêras:
Categoria Extra - a pêra deve ser de qualidade superior, apresentando a forma, o desenvolvimento e a coloração típicos da variedade e estar provida do pedúnculo intacto. Devem estar isentas de defeitos, com excepção de alterações muito ligeiras da epiderme, desde que estas não prejudiquem a qualidade, o aspecto geral do produto e ou a apresentação da embalagem. As pêras não devem apresentar concreções na polpa.
Categoria I - a pêra deve ser de Boa Qualidade, apresentando as características típicas da variedade.
Pode admitir-se uma ligeira deformação, um ligeiro defeito de desenvolvimento, um ligeiro defeito de coloração. O pedúnculo pode apresentar-se danificado. A polpa deve estar isenta de qualquer deterioração.
No entanto, são admitidos para cada fruto os defeitos de epiderme, que não sejam susceptíveis de prejudicar o aspecto geral e a conservação dentro dos seguintes limites:
os defeitos de forma alongada são limitados a 2 cm de comprimento;
para outros defeitos, a superfície total, não deve exceder 1 cm 2 , excepto para o pedrado que não deve apresentar uma superfície superior a 1/4 cm 2. As pêras não devem apresentar concreções na polpa.
Categoria II - inclui as pêras que não possam ser classificadas nas categorias superiores, mas que correspondam às características mínimas anteriormente definidas. Os defeitos de forma, de desenvolvimento e de coloração são admitidos, em cada fruto, defeitos de epiderme dentro dos seguintes limites:
defeitos de forma alongada - máximo 4 cm de comprimento;
relativamente aos outros defeitos, a superfície é limitada a 2, 5 cm 2, excepto para o pedrado, que não pode apresentar uma superfície superior a 1 cm 2.
O conteúdo de cada embalagem deve apresentar homogeneidade, os materiais utilizados no interior da embalagem devem ser novos, limpos e de uma natureza tal que não possam causar aos produtos alterações externas ou internas. Cada embalagem deve ser devidamente identificada, com indicação das características comerciais (categoria, calibre), rotulada nos termos da legislação em vigor. Rotulagem - sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, o nome da variedade, categoria e calibre, bem como as menções " Pêra Rocha do Oeste - D enominação de O rigem P rotegida ( DOP )" e a marca de C ertificação aposta pelo respectivo O rganismo P rivado de C ontrolo e C ertificação - OPC , logotipo da comunidade.
Área Geográfica - a área geográfica de produção e acondicionamento está circunscrita aos concelhos de : Sintra, Mafra, Arruda dos Vinhos, Sobral de Monte Agraço, Alenquer, Vila Franca de Xira, Azambuja, Torres Vedras, Cartaxo, Lourinhã, Bombarral, Cadaval, Santarém, Rio Maior, Peniche, Óbidos, Caldas da Raínha, Torres Novas, Alcanena, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Batalha, Tomar, Ferreira do Zêzere, Vila Nova de Ourém, Leiria, Marinha Grande e Pombal.
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Projecto GeoCadaval "Cadaval - A Flôr do Oeste"