Piratas da Barbária
Piratas da Barbária, Piratas da Berbéria ou corsários otomanos, foi a designação dada aos piratas que até meados do século XIX operaram no mar Mediterrâneo ocidental e no Oceano Atlântico nordeste a partir de portos sitos na costa da Berbéria, ou seja na região litoral do Norte de África correspondente hoje às costas da Argélia, da Tunísia, da Líbia e a alguns portos de Marrocos. A sua principal base era em Argel, mas as cidades de Tunes, Tripoli e Salé eram também importantes centros da pirataria barbaresca.
As suas principais presas eram embarcações pertencentes aos povos cristãos da bacia do Mediterrâneo, mas também pilhavam no Atlântico nordeste, incluindo navios de longo curso provenientes da Ásia, de África e das Américas.
Para além dos ataques sobre a navegação, também organizavam incursões às povoações costeiras da Europa, incluindo os Arquipélagos dos Açores e Madeira. Estas incursões eram destinadas à aquisição de saque e a capturar reféns, que os corsários procuravam geralmente cobrar os resgates no momento da captura, evitando o transporte dos cativos. Para isso mantinham-se nos locais de aprisionamento durante alguns dias, promovendo o pagamento dos resgates por familiares. Os reféns levados para o Norte de Africa, tinham sorte diferente, os mais ricos eram muitas vezes salvos após alguns anos de cativeiro, muitas vezes pelos chamados alfaque-ques, profissionais do resgate de prisioneiros. As mulheres jovens eram rapidamente vendidas para os haréns. Quanto aos mais pobres, acabavam invariavelmente vendidos no Norte de África, na Turquia e no mundo muçulmano para trabalhos forçados ou para as galés como remadores, onde o tempo de sobrevivência era muito reduzido.
Pirates of Barbary
Barbary pirates or Ottomans corsairs, was the name given to the pirates until the mid-nineteenth century, that operated in the western Mediterranean Sea and in the Northeast Atlantic Ocean, from ports nestled in the Barbary Coast, or in the region of the North Africa correspondent today on the coasts of Algeria, Tunisia, Libya and some ports of Morocco. Its main base was in Algiers, but the cities of Tunis, Tripoli and Salé were also important centers of barbaric piracy.
Their main prey were vessels belonging to the Christian peoples of the Mediterranean basin, but also plundered the Northeast Atlantic, including sea-going vessels from Asia, Africa and the Americas.
In addition to the attacks on shipping, also organized raids on European coastal towns, and on the archipelagos of the Azores and Madeira Islands. The aim of these attacks were looting and hostage taking , the Corsairs tried to receive the payment of ransoms
for their prisoners usually shortly after their capture, avoiding transporting the captives. For it had remained in the local lockup for a few days, promoting the payment of ransoms by relatives. The hostages taken to North Africa, had different sort, the wealthiest prisoners were often saved, after years of captivity, by rescue professionals, often called “alfaqueques”. The young womens were quickly sold to harems. As for the poor, invariably ended up sold in North Africa, Turkey and the Muslim world for forced labor or as oarsmen for the galleys, where the survival time was greatly reduced