A zona onde atualmente se encontra o Vale de Santarém, em tempos idos era conhecido simplesmente por “Venda” ou “Vendas do Valle”, o que poderá sugerir uma evolução a partir de um qualquer estabelecimento comercial posicionado na importante via de comunicação que liga Lisboa a Santarém.

     No século XIV este surge referenciado como “Valle de Sueiro”, “Valle de Sueiro Môr”, "Valle de Soeiro Pisão" ou "Valle do Soeiro Tição", denominação que encontramos ainda no século XVIII. Estes nomes evoluíram para o nome atual já em medos do século XIX.

     As suas gentes desde sempre se dedicaram à agricultura. Nos férteis campos inundados de fertilidade pelo Tejo faziam a sua vida. Diz-se hoje como se dizia antes que "O Vale é verde".

     Almeida Garrett na obra “Viagens na Minha Terra”, não esqueceu o Vale de Santarém, descrevendo como ninguém as suas belezas naturais e imaginada uma Joaninha de olhos verdes, que não passava de D. Maria Rita, senhora muito formosa, pertencente a uma das mais importantes famílias da terra.

     Aqui viveu um dos maiores românticos portugueses, Luís Augusto Rebelo da Silva, numa quinta afamada, Quinta do Desembargador ou Quinta das “Rebelas”, visitada por Almeida Garrett e Alexandre Herculano.

     O Vale de Santarém é uma freguesia essencialmente agrícola, mas onde a indústria e o comércio desempenham um papel fundamental para a economia da região.

     Situada na margem direita do rio Tejo, na transição da zona da “Lezíria” para a zona do “Bairro”, a sudoeste da cidade de Santarém, a freguesia do Vale de Santarém (antiga paróquia de Nossa Senhora da Expectação) dista 7 km da sede do Concelho.



Área: 10,525 km².

Nº de habitantes: 2920. Densidade: 287,7 hab/km².

Distância à sede do Concelho: 7 km.

Atividades Económicas: A agricultura é dominante.


O Vale de Santarém ascendeu à categoria de Vila em 1995.

 

    De dimensões ciclópicas, o "Pinheiro das Areias" é um simbolo da freguesia, no brasão da freguesia encontra-se representado ao centro.
 

   A esta maravilha da natureza são-lhe atribuídos cerca de 250 anos, diz-se que vem do séc. XVIII.
   O terreno em volta foi sendo usado para extracção de areia para construção civil, o que, se pensarmos na dimensão das raízes de uma planta de tal idade, lhe provocou sérios danos. A subsequente erosão do solo faz pensar o pior, isto é, que o Pinheiro perca o seu apoio e tombe. Outros problemas são as intempéries, como o vento, que faz partir grandes ramos aos quais falta sustentação.
   O IPPAR considerou esta árvore como "Patimónio Nacional" desde 21 de Maio de 1992, espera-se que se lhe dê o merecido respeito e conservação, que tarda em chegar!

 

   Sendo esta árvore um simbolo da terra e o pinheiro manso com o maior perimetro de base em Portugal, como tal não podia deixar de colocar uma cache para que pudessem apreciar esta árvore magnifica!

Nota: Não passem muito para lá do Pinheiro, pois os vizinhos podem não gostar!