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A Lenda Do Lobisomem - Caminha Letterbox Hybrid

Hidden : 6/11/2013
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Translation

A lenda do Lobisomem - Caminha

Para aceder ao container final deve estar atento ao horário que se encontra na descrição da cache.


O tio António saiu naquele dia chuvoso para a junqueira, próximo da ponte sobre o rio Coura. A necessidade de roçar um pouco de junco obrigava-o a manejar com força e destreza o gadanho que levara junto com a foucinha.


Fazia-o como sempre o fizera, mas naquele malfadado dia um cão teimoso rondava continuamente e tirava-lhe a paciência.

— Sai cão!

 Ameaçava com o gadanho levantado.

Em vão! De olhos fixos no pobre do tio António, ora ameaçava um pouco, avançando, ora recolhia mais ao largo. Isto sem nunca tirar os olhos do homem que o ameaçava.

— Sai! Olha que te corto uma perna, seu filho da mãe! Ou foges ou não sei o que te faça!

Nada! Aquilo estava a desesperar o trabalho. O que teria o raio do cão — pensava Tio António — para não temer o gadanho ou a foucinha, e para o fixar com tanta raiva? Agora era o pobre do homem que estava a ficar receoso. Não vira ele tantos cães a fugir diante de uma pequena vara, quanto mais do gadanho! Aquilo já lhe estava a passar o entendimento e, num ato de puro desespero, lançou o foucinho ao maldito cão, fugindo logo de seguida sem olhar para trás.

Ainda ouviu um latido dorido, mas, assustado, nem se importou em largar tudo naquele lugar, correu ao longo do arvoredo, passou por dois peregrinos que procuravam onde pernoitar, tendo parado para descansar por perto.

Chegado a casa a mulher estranhou-lhe o comportamento, mas tio António não estava para conversas. Tão cedo não voltaria à junqueira!

 Os dias passaram e outras necessidades se apresentaram. Precisava de uns vitelos para substituir os que há alguns anos o serviam. Um dia por ocasião da feira de Caminha, resolveu ir até lá para os comprar. Vestiu roupa a condizer e partiu, montes fora, na graça de Deus.

 Caminhava ele resoluto pelas margens do Minho, não sem um pouco de receio pelo que se dizia dos meliantes daqueles lugares, quando lhe apareceu um senhor muito bem vestido no mesmo trajecto.

— Muito bom dia! Então o senhor o que é que anda a fazer por estas veredas? Questionou o estranho.


— Venho comprar uns vitelos a Caminha.


— Uns vitelos? Porque é que não compra uma junta de bois grande, pronta a trabalhar?


 A conversa parecia querer ir longe! Tio António, cauteloso, lá foi respondendo:

 — Não, que não tenho lá muito dinheiro! Com o tempo eu vou-os ensinando!

— Não! O senhor vai comprar, mas vai comprar uns bem fortes e grandes!

Mas quem era aquele para lhe mandar fazer seja o que for? Quem é que sabia da sua vida? Aquilo não estava a parecer-lhe muito correto. E menos correto lhe pareceu quando o desconhecido o convidou para entrar em sua casa, que ficava por ali perto, para comer!

— Ai isso é que não vou!

— Vai sim senhor! Vá, não tenha medo, pois faço muito gosto em tê-lo à minha mesa!

Ao ver a bela, grande e direita casa apontada pelo desconhecido, e vendo os criados que lhe vinham ao caminho, o tio António, apesar de um certo medo por não o conhecer de lado algum, aceitou entrar.


Entrados na casa, o misterioso homem levou-o à adega, e disse-lhe:

— O senhor conhece aquilo que está ali pendurado na trave?

 Com cara de espanto, o pobre do tio António só balbuciou:

— Conheço! Aquilo é meu! É o meu ancinho. Como é que veio aqui parar?


— O senhor não se lembra? Então eu vou-lhe contar, O senhor não andava um dia a roçar junco na junqueira, e não lhe apareceu um cão?

— Apareceu, apareceu! E eu atirei-lhe com o foucinho, mas deixei-o, pois tive medo que ele me fizesse mal!


— Pois então, meu caro amigo, esse cão era eu! O senhor acabou com o meu mal, libertando-me de tal fada de lobisomem. E agora não vai comprar uns vitelos...


- Vai comigo à feira e sou eu que compro os melhores bois!


Os dois seguiram em frente e foram até um largo perto da  Matriz de Caminha, onde o homem lhe marcou os melhores bois que havia na feira.

Depois ainda o acompanhou no caminho, pararam para aos animais a sede matar, e sentaram-se junto á casa do Lobisomem a contar todas as suas peripécias, enquanto o Tio António apreciava a mesma.

Chegado a casa, contou tudo o que lhe passou, e todo o mundo ficou admirado.

Tal como o Lobisomem, o tio António ficou eternamente agradecido, ficaram grandes amigos e frequentemente o Tio António visitava seu nobre amigo.

 

Texto adaptado de: CAMPELO, Álvaro, 2002 —Lendas do Vale do Minho. Valença: Associação de Municípios do Vale do Minho, pp.41-43



A cache dá-vos a conhecer a vila Caminha e uma das lendas locais, a Lenda do Lobisomem.

Só passando por todo o percurso, é que irão passar por uma rua cujo nome vem desta lenda, poderás ter acesso á majestosa casa.

 

O acesso a cache pode ser feito a qualquer hora do dia, no entanto o Lobisomem só te abrirá a porta de casa no seguinte horário e assim terás acesso ao container final e ao logbook, seguindo a tradição terás também direito ao teu boi, deves manter a porta sempre fechada para que a maldição não volte a fustigar a vila.

 

 

Horário de acesso á cache final.

 

segunda a sábado:

09:00h às 13:00h   –   14:00h às 17:30h

domingo

Fechado

 

Do inicio ao fim desta cache fará um percurso de menos de 1,5 km. O container final foi realizado pelo artesão Francisco Rocha - Meadela e pintado por J. Marrocos - Atelier de Art - Caminha a quem agradecemos pelo excelente trabalho. Esta cache é uma LetterBox porque não há acesso a coordenadas do container final. É uma cache para ser feita por toda a família.

 

Esta cache é patrocinada pela Câmara Municipal de Caminha a quem queremos desde já agradecer. Em nome dos Owners, de Caminha e do GeoCaching um muito obrigado.

 


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Additional Hints (Decrypt)

Pbzrçneáf ab ybpny baqr b Gvb Nagóavb rfgnin n genonyune. Npnoneáf rz pnfn qb Ybovfbzrz. Sneáf gbqb b frh crephefb, r rz nythz dhr bhgeb cbagb rapbagenf n punir dhr gr qá nprffb à pnpur TP99QPE frterqbf qn freen

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)