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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (micro)
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O objetivo desta cache é apenas dar a conhecer uma das aldeias consideradas já como dormitório do Fundão.
Situada no grande e fértil vale da Cova da Beira, Aldeia de Joanes é uma das mais antigas e a mais próxima freguesia da cidade do Fundão. Os seus limites, a sul, traçam-se já em plena serra da Gardunha. Esta freguesia ocupa uma área de 7,99 quilómetros quadrados onde a construção antiga se entrelaça com modernos apartamentos. No seu parque habitacional ressaltam algumas notáveis casas quinhentistas com interessantes pormenores arquitetónicos e decorativos da época. Nos últimos anos, Aldeia de Joanes tem alargado a sua malha urbana aproximando-se cada vez mais da sede do concelho.Os seus terrenos são de grande fertilidade e deles se extraem produtos de grande qualidade: vinho, frutos, azeite e hortícolas. Nos últimos anos foram dados grandes passos a nível industrial e com isso também o comércio lucrou. No sector da Assistência, regista-se a existência de um Centro de Dia, e no do Desporto, um magnífico parque polivalente. O povoamento do seu território deve ascender a épocas pré-romanas, mas pelos inícios da Nacionalidade era, por certo, muito reduzido. Terá sido a ação povoadora de D. Sancho I a trazer para aqui novas populações, com proprietários vilãos, foreiros à coroa e à Covilhã, a cujo termo o local pertencia. A povoação deve remontar ao século XIII, nascida de uma vasta propriedade agrária, isto é, aldeia, que terá sido pertença de um indivíduo de nome Joane, a forma arcaica do atual nome João. Se ele era vilão ou fidalgo, é difícil ou até impossível sabê-lo, mas não surpreenderia que a povoação de Aldeia de Joane tivesse nascido do casal que, junto ao Fundão, possuía um tal Martim Calvo e o vendeu em tempo de D. Sancho II ao cavaleiro-fidalgo João Esteves. Este fidalgo deixou de fazer foro, ou seja, honrou o local; mas D. Dinis ordenou a devassa. Outra possibilidade que já foi apontada para os inícios da povoação, anda ligada a S. João. De acordo com ela, o local chamava-se Aldeia de São Joane, topónimo que teve uma evolução particular, sobre a qual não valerá a pena discorrer. Da freguesia inicial de Aldeia de (San) Joane(s), fazia parte o lugar de Aldeia Nova do Cabo (hoje também freguesia), e esta parece ser a Aldeia Nova de Sam Joane do século XIII, situada no “cabo” ocidental da paróquia primitiva. A razão por que de Sam Joane apenas ficou neste caso o nome Joane, é, entre outras, a de que o culto de S. João deixou de ser exercido. Nesse tempo deve ter sido fundada a igreja de S. Pedro e daí data a paróquia, que aparece posteriormente vigairaria do padroado real. A freguesia de Aldeia de Joanes foi sempre do termo da Covilhã, até à ereção do concelho do Fundão no século XIX. A igreja matriz, de traça românica, sofreu várias reconstruções. É um edifício de reconhecido valor arquitetónico e artístico, com vários séculos de existência. Embora o estilo do templo seja românico, notam-se alguns vestígios de arte goda. Conserva altares de talha dourada, pinturas no teto e imagens dignos de nota. Destas realcem-se um S. José com a alcofa da ferramenta debaixo do braço, uma Nossa Senhora da Conceição com uma coroa de prata e um Menino Jesus de Praga com coroa também de prata. Das numerosas relíquias que aqui se guardam, apontam-se: missais romanos; castiçais seiscentistas; cálices em prata; uma concha e uma caldeirinha, ambas em estanho; do mesmo metal, uma naveta de incenso trabalhada à mão, um turíbulo e os vasos do óleo; duas credências de pé de galo; duas caixas de esmolas, de madeira, muito antigas; um documento encaixilhado, em português arcaico, dos tenebrosos tempos da Inquisição; e as duas grandes preciosidades da paróquia: uma casula e uma custódia. A cache não tem material de escrita, apenas logbook.
Additional Hints
(Decrypt)
Qrfpnafne gnzoéz é obz...