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Viajar no Tempo - Catarina Eufémia Traditional Geocache

Hidden : 5/3/2013
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Catarina Eufémia

Ceifeira alentejana, Catarina Efigénia Sabino Eufémia, nasceu em 1928, na aldeia de Baleizão, concelho e distrito de Beja.
Era uma assalariada rural pobre e analfabeta, como tantas outras mulheres do seu Alentejo natal. Casou ainda nova, em 1946, tendo depois três filhos. A sua vida teria sido anónima e esquecida como a de tantos outros alentejanos da sua condição se não tivesse acabado em circunstâncias tenebrosas, guindando-a a símbolo da resistência e contestação ao regime salazarista.
O Alentejo, naqueles tempos árduos, era uma região de latifúndios e de emprego sazonal, onde as condições de vida dos camponeses sem terras e assalariados eram extremamente difíceis. Esta situação sócio-económica e laboral penosa e dura agitou as massas camponesas da região a partir de meados dos anos 40, vindo-se a agudizar nas duas décadas seguintes, gerando-se um permanente clima de agitação social no campesinato.

Entre outras pretensões, reivindicava-se para as mulheres um aumento no pagamento da jorna. Catarina fora escolhida pelas suas colegas para apresentar as suas reivindicações. Ela e mais outras ceifeiras e ceifeiros foram reclamar com o feitor da propriedade onde trabalhavam, o aumento de 2$00. Este temeroso, chama o proprietario e a guarda.

Catarina estava com o filho de oito meses ao colo... pedia o que julgava ser justo...


A GNR aparece, como tantas outras vezes, acaba por intervir duramente. Para além dos tiros para o ar, de intimidação para dispersar a concentração de camponeses, houve quem tivesse um destino mais cruel e sangrento.
A uma pergunta do tenente da guarda, Catarina terá respondido que só queriam "trabalho e pão". Como resposta teve uma bofetada que a enviou ao chão. Ao levantar-se, terá dito: "Já agora mate-me.

De facto, o tenente Carrajola, da GNR, no caminho do grupo de assalariados para a casa do patrão, mata Catarina Eufémia com vários tiros.

...Uma rajada de metralhadora derrubou Catarina
com o filho ao colo, tinha apenas 26 anos...




 
"O Sr. Oficial tentou persuadir as amotinadas a dispersarem e nesse momento, devido ao automatismo da arma, esta disparou-se sem qualquer interferência do dito oficial..." é o que consta do relatório da GNR.




Este assassinato a sangue-frio causou uma revolta surda e contida entre as massas rurais alentejanas.  Catarina tornou-se, depois da sua morte trágica, como um símbolo, como um modelo de mulher, mãe e trabalhadora que era.
No imaginário popular e oposicionista, o assassinato de Catarina Eufémia era a demonstração clara da crueldade e brutalidade dos métodos e formas de resposta por parte do regime às desigualdades e injustiças que apoiava e mantinha.



Additional Hints (Decrypt)

An onfr qb cbfgr qb bhgeb ynqb qn rfgenqn.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)