A Quinta Condes da Lousã é de grande importância para a história da Damaia, e foi habitada entre outros pelos Condes de Conculim, pelos Condes da Lousã e pelo inventor Padre Himalaya, que mais tarde teve o seu nome atribuído a uma das artérias da Freguesia.
Situado numa colina da antiga aldeia da Damaia, o palácio foi construído no primeiro terço do Século XVIII e era a casa principal da Quinta Grande da Damaia, que ocupava uma vasta área da freguesia. Era uma casa de campo tipicamente Lisboeta, com o reboco cor de rosa, pilastros de pedra e múltiplos telhados de curvatura tipicamente portuguesa.
De planta rectangular, a casa é composta por grandes divisões de tectos em masseira e onde os únicos painéis de azulejo são uns vasos floridos de 1730, colocados no átrio que antecede o hall. Por esta razão é considerado surpreendente o terraço que constitui a fachada sul, flanqueada por dois avançados onde o reboco quase desapareceu substituído por painéis de azulejo.
As figuras, em tamanho pouco maior que o real, representam as 4 Estações (legendadas por ESTIO, OVTONO, EMVER NO e PRIMA VERA).
A fachada é ainda enobrecida com figuras alegóricas em painéis de azulejo recortados a imitar estátuas em alto relevo, representando “O Triunfo das Virtudes sobre os Sete Pecados Capitais”, acompanhados por uma inscrição, que parece ilustrar o sermão de um orador de época que se insurge contra um século libertino e que sonha com um mundo ideal nos tempos conturbados dos meados do séc. XVIII.
Na quinta existia uma capela particular cujo orago era a N. Sra. da Conceição. Aqui estava sediava uma confraria que organizava uma grande festa em honra do orago para os residentes e vizinhos. O proprietário apenas cedia a capela e pagava ao capelão, enquanto os mordomos, escolhidos pelo povo, tratavam de tudo e responsabilizavam-se pelas despesas.